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Rede Guandu no Sesc Sorocaba

9 de Outubro de 2013, 17:05 , por Rede Guandu - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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No mês de agosto aconteceu em Sorocaba uma mesa redonda entre grupos de consumo responsável, no quadro do programa “Alimento, alimento meu” proposto pelo Sesc Sorocaba e a Empório Produções (saiba mais aqui). Este programa visava trazer ao público questionamentos sobre a origem dos alimentos que chegam nas nossas mesas e sobre como são produzidos. Um primeira mesa redonda, à qual fomos convidados, discutiu o consumo responsável e uma segunda teve foco na comercialização de alimentos saudáveis, com a participação de cooperativas de produtores agrícolas.

Participaram da discussão alguns representantes locais dos grupos Garfos (Grupo da Articulação Regional da Feira de Orgânicos de Sorocaba), do movimento Slow Food e da Rede Guandu. A ideia foi expor as experiências de cada iniciativa e discutir a questão do acesso à alimentação saudável.

Logo no início da conversa, chegamos à um cenário comum: a alimentação tornou-se algo impessoal que, salvo ocasiões festivas e de encontros entre amigos, não têm tido a importância que deveria ter em nossas vidas. Não se sabe quem produz, da onde veio, se o preço é justo, se somos manipulados com tantas “holdings” de empresas que buscam um lucro máximo inalcançável e perdemos até a noção do que realmente compramos:   comida ou tempo?

Leandro Carmo, representando o Slow Food aqui em Piracicaba, explicou que a iniciativa “Slow” busca justamente contrapor essa inversão de valor  presente quando compramos um alimento num supermercado, quando comemos num fast-food. O que estamos comprando é na verdade o tempo que não temos para escolher nossos alimentos, para preparar nossa refeição. Através dos conceitos de alimento bom e limpo, e de preços justos (ou seja, remuneradores para quem vende e acessíveis para quem compra) o Slow Food vem resgatando sabores nativos esquecidos na memória popular, com auxílio de gastrônomos, acadêmicos, produtores e convívios que possibilitam a troca de experiências. Um exemplo prático da preservação dos sabores é a chamada “Arca dos Gostos”. É um catálogo que localiza, descreve e divulga alimentos e produtos com risco de extinção. Já ouviu falar de cambuci? Arroz vermelho, licuri, mangaba, umbu? Esses são algumas dos alimentos catalogados.

O Grupo Garfos é uma coletivo em Sorocaba que vem se articulando para organizar as Feiras Orgânicas em um só lugar, com uma gestão horizontal que busca a disseminação dos conhecimentos e práticas da produção local através do diálogo e das trocas. A concepção do Garfos partiu da demanda existente na cidade de pessoas em busca de alimentos orgânicos e da demanda dos próprios produtores para viabilizar o comércio. Atualmente o grupo têm feito reuniões abertas para todos aqueles que queiram contribuir com a iniciativa e já tem parceiros da região como o Instituto Physis, o grupo Semeando Encanto e facilitadores do Fórum Social de Sorocaba.

Na discussão sobre a Rede Guandu, um grupo de consumo e produção responsável sediada pelo Instituto Terra Mater, após um breve histórico desta iniciativa surgida da parceria pioneira com a Cooperacra (Cooperativa da Agricultura Familiar e agroecológica de Americana, saiba mais aqui), o foco foi na atuação presente da Guandu. O grupo conta hoje com aproximadamente 30 consumidores por semana (sendo no total mais de 300 consumidores cadastrados) e mais de 15 produtores e é coordenado por uma equipe gestora de voluntários e estagiários da ESALQ-USP. A Rede Guandu propõe, através da entrega de alimentos orgânicos e artesanais, um espaço de educação do paladar e de conscientização do ato alimentício.

Complementando a forma mais tradicional de contato direto entre produtor e consumidor que ainda é a feira, a Rede Guandu constitui uma alternativa de comercialização, pois sabemos que para o agricultor o trabalho na feira é grande, desgastante e exige tempo para que se forme a freguesia. Observamos que apesar de haver grande oferta desses produtores agrícolas, ocorreu um aumento na oferta dos produtos artesanais nos últimos tempos. Observamos também o comportamento dos consumidores no decorrer do tempo e estamos procurando saber o porque das flutuações dos consumidores que participam e compram na Rede Guandu.

Em breve, compartilharemos os porquês dessas e tantas outras perguntas que permeiam a rotina dos Grupos de Consumo Responsável. Adiante!

crédito fotos: Empório Produções


Fonte: http://terramater.org.br/guandu/?p=693

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