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Blog "vida quer viver!"

January 12, 2009 22:00 , par Daniel Tygel - | 1 person following this article.

Lagartas sempre são lagartas
Mas não serão lagartas para sempre...


10 Fatos Chocantes Sobre os EUA

June 25, 2012 21:00, par Daniel Tygel - 0Pas de commentaire

Fonte: http://e.eita.org.br/t

Estados Unidos - Diário Liberdade - [António Santos] Maior população prisional do mundo, pobreza infantil acima dos 22%, nenhum subsídio de maternidade, graves carências no acesso à saúde... bem-vindos ao "paraíso americano".


Artigo muito elucidativo de António Santos, colaborador do Diário Liberdade nos Estados Unidos.


10 Factos Chocantes Sobre os EUA

  1. Os Estados Unidos têm a maior população prisional do mundo, compondo menos de 5% da humanidade e mais de 25% da humanidade presa. Em cada 100 americanos 1 está preso1.

A subir em flecha desde os os anos 80, a surreal taxa de encarceramento dos EUA é um negócio e um instrumento de controlo social: À medida que o negócio das prisões privadas alastra como gangrena, uma nova categoria de milionários consolida o seu poder político. Os donos destes cárceres são também na prática donos de escravos, que trabalham nas fábricas no interior prisão por salários inferiores a 50 cêntimos por hora. Este trabalho escravo é tão competitivo, que muitos municípios hoje sobrevivem financeiramente graças às suas próprias prisões camarárias, aprovando simultaneamente leis que vulgarizam sentenças de até 15 anos de prisão por crimes menores como roubar pastilha elástica. O alvo destas leis draconianas são os mais pobres mas sobretudo os negros, que representando apenas 13% da população americana, compõem 40% da população prisional do país.

  1. 22% das crianças americanas vive abaixo do limiar da pobreza2.

Calcula-se que cerca de 16 milhões de crianças americanas vivam sem “segurança alimentar”, ou seja, em famílias sem capacidade económica de satisfazer os requisitos nutricionais mínimos de uma dieta saudável. As estatísticas provam que estas crianças têm piores resultados escolares, aceitam piores empregos, não vão à universidade e têm uma maior probabilidade de, quando adultos, serem presos.

  1. Entre 1890 e 2012 os EUA invadiram ou bombardearam 149 países3.

São mais os países do mundo em que os EUA intervieram militarmente do que aqueles em que ainda não o fizeram. Números conservadores apontam para mais de 8 milhões de mortes causadas pelos EUA só no século XX. E por detrás desta lista escondem-se centenas de outras operações secretas, golpes de Estado e patrocínio de ditadores e grupos terroristas. Segundo Obama, recipiente do Nobel da Paz, os EUA têm neste momento a decorrer mais de 70 operações militares secretas em vários países do mundo. O mesmo presidente, criou o maior orçamento militar norte-americano desde a Segunda Guerra Mundial, batendo de longe George W. Bush.

  1. Os EUA são o único país da OCDE que não oferece qualquer tipo de subsídio de maternidade4.

Embora estes números variem de acordo com o Estado e dependam dos contratos redigidos pela empresa, é prática corrente que as mulheres americanas não tenham direito a nenhum dia pago antes nem depois de dar à luz. Em muitos casos, não existe sequer a possibilidade de tirar baixa sem vencimento. Quase todos os países do mundo oferecem entre 12 e 50 semanas pagas em licença de maternidade. Neste aspecto, os Estados Unidos fazem companhia à Papua Nova Guiné e à Suazilândia com 0 semanas.

140612 grafico

  1. 125 americanos morrem todos os dias por não poderem pagar qualquer tipo de acesso à saúde5.

Se não tiver seguro de saúde (como 50 milhões de americanos não têm), então, tem boas razões para recear mais a ambulância e os cuidados de saúde que lhe vão prestar, que esse inocente ataquezinho cardíaco. Com as viagens de ambulância a custarem em média 500€, a estadia num hospital público mais de 200€ por noite, e a maioria das operações cirúrgicas situadas nas dezenas de milhar, é bom que possa pagar um seguro de saúde privado. Caso contrário, a América é a terra das oportunidades e como o nome indicam, terá a oportunidade de se endividar até às orelhas e também a oportunidade de ficar em casa, fazer figas e esperar não morrer desta.

  1. Os EUA foram fundados sobre o genocídio de 10 milhões de nativos. Só entre 1940 e 1980, 40% de todas as mulheres em reservas índias, foram esterilizadas contra sua vontade pelo governo americano6.

Esqueçam a história do Dia de Acção de Graças, com índios e colonos a partilhar placidamente o mesmo peru à volta da mesma mesa. A História dos Estados Unidos começa no programa de erradicação dos índios. Tendo em conta as restrições actuais à imigração ilegal, ninguém diria que os fundadores deste país foram eles mesmo imigrantes ilegais, que vieram sem o consentimento dos que já viviam na América. Durante dois séculos, os índios foram perseguidos e assassinados, despojados de tudo e empurrados para minúsculas reservas de terras inférteis, em lixeiras nucleares e sobre solos contaminados. Em pleno século XX, os EUA puseram em marcha um plano de esterilização forçada de mulheres índias, pedindo-lhes para colocar uma cruz num formulário escrito num língua que não compreendiam, ameaçando-as com o corte de subsídios caso não consentissem ou, simplesmente, recusando-lhes acesso a maternidades e hospitais. Mas que ninguém se espante, os EUA foram o primeiro país do mundo a levar a cabo esterilizações forçadas ao abrigo de um programa de eugenia, inicialmente contra pessoas portadoras de deficiência e mais tarde contra negros e índios.

  1. Todos os imigrantes são obrigados a jurar não ser comunistas para poder viver nos EUA7.

Para além de ter que jurar que não é um agente secreto nem um criminoso de guerra nazi, vão-lhe perguntar se é, ou alguma vez foi membro do “Partido Comunista”, se tem simpatias anarquista ou se defende intelectualmente alguma organização considerada “terrorista”. Se responder que sim a qualquer destas perguntas, ser-lhe-á automaticamente negado o direito de viver e trabalhar nos EUA por “prova de fraco carácter moral”.

  1. O preço médio de uma licenciatura numa universidade pública é 80 000 dólares8.

O ensino superior é uma autêntica mina de ouro para os banqueiros. Virtualmente todos os estudantes têm dívidas astronómicas, que acrescidas de juros, levarão em média 15 anos a pagar. Durante esse período os alunos tornam-se servos dos bancos e das suas dívidas, sendo muitas vezes forçados a contrair novos empréstimos para pagar os antigos e ainda assim sobreviver. O sistema de servidão completa-se com a liberdade dos bancos de vender e comprar as dívidas dos alunos a seu bel-prazer, sem o consentimento ou sequer a informação do devedor. Num dia deve-se dinheiro a um banco com uma taxa de juro e no dia seguinte, pode-se dever dinheiro a um banco diferente com nova e mais elevada taxa de juro. Entre 1999 e 2012, a dívida total dos estudantes americanos ascendeu a 1.5 triliões de dólares, subindo uns assustadores 500%.

  1. Os EUA são o país do mundo com mais armas: para cada 10 americanos, há 9 armas de fogo9.

Não é de espantar que os EUA levem o primeiro lugar na lista dos países com a maior colecção de armas. O que surpreende é a comparação com o resto do mundo: No resto do planeta, há 1 arma para cada 10 pessoas. Nos Estados Unidos, 9 para cada 10. Nos EUA podemos encontrar 5% de todas as pessoas do mundo e 30% de todas as armas, qualquer coisa como 275 milhões. E esta estatística tende a se extremar, já que os americanos compram mais de metade de todas as armas fabricadas no mundo.

  1. São mais os americanos que acreditam no Diabo que os que acreditam em Darwin.10

A maioria dos americanos são cépticos; pelo menos no que toca à teoria da evolução, em que apenas 40% dos norte-americanos acredita. Já a existência de Satanás e do inferno, soa perfeitamente plausível a mais de 60% dos americanos. Esta radicalidade religiosa explica as “conversas diárias” do ex-presidente Bush com Deus e mesmo os comentários do ex-candidato Rick Santorum, que acusou os académicos americanos de serem controlados por Satã.



Motivaciones para trabajar como gerente operativo de RIPESS

June 3, 2012 21:00, par Daniel Tygel - 33 commentaires

[Clique aqui para ler em português]
[Click here for English version]

A partir de junio 2012 empezé a trabajar, en tiempo parcial, como gerente operativo de RIPESS (Red Intercontinental de Promoción de Economía Social y Solidaria). Abajo sigue la carta que expresa las motivaciones en asumir esa tarea. Ella fué enviada al Consejo de Administración de Ripess como parte del proceso selectivo, en abril de este año.


Carta de motivaciones

abril de 2012

Estamos viviendo una época turbulenta en la historia. Un momento de múltiples crisis: ambiental, económica, política, social y cultural. Una crisis civilizatoria. Ella ha engendrado por un lado manifestaciones populares (un ejempo son los movimientos de indignadas/os y occupy) y, por otro lado, la reacción cada vez más dura de los representantes del gran capital. La idea de que "algo está mal" está empezando a llegar al/a la ciudadano/na comun. Ello implica una ventana de apertura para proponer alternativas al modelo actual de sociedad y de desarrollo.

No es de extrañar que el Premio Nobel de Economía en 2010 fue para una mujer que dijo que la gestión colectiva de los bienes comunes es más eficiente que la gestión privada. Estamos en un impasse paradigmático que permite la afirmación de la Economía Social y Solidaria como una estrategia más eficaz para hacer frente a las crisis que "más de lo mismo". Por supuesto las denuncias a los dueños del poder que no van a querer dejarlo deben continuar, pero creo que la novedad es que ampliemos la acción en el campo simbólico, el sentido de realización personal, la felicidad, la manera de ver el mundo, la calidad de la vida y el vivir bien.

Mi primera motivación al cargo de gerente operativo de RIPESS es la oportunidad de estar conectado vívidamente a esta esfera de acontecimientos internacionales y de contribuir en la construcción de alternativas concretas frente a estas crisis, desde las prácticas, reflexiones e iniciativas de la Economía Social y Solidaria.

Veo la Economía Social y Solidaria como un movimiento social que tiene mucho para ofrecer al mundo en el contexto histórico actual. Creo que la RIPESS tiene un papel sumamente importante en el avance de la consolidación y la expresión de este movimiento de democratización de la economía desde las redes y las luchas de los países y regiones.

Dado su carácter de movimiento social, entiendo como esencial que la Economía Social y Solidaria aumente cada vez más su articulación con otros movimientos sociales, especialmente los de mujeres, de indígenas, de agroecología, de reforma agraria, de la soberanía alimentaria y nutricional, sindical, del medio ambiente, del consumo responsable, tanto local como nacional e internacional. Una crisis sistémica exige una mayor convergencia y coordinación entre los movimientos sociales, y considero que RIPESS, a través de sus redes y realidades nacionales y regionales, necesita contribuir y estar conectado a estos procesos. Tengo un gran interés de participar en esta construcción de convergencias entre los movimientos sociales, desde las luchas y experiencias concretas en los territorios.

Además, es necesario evolucionar la forma de hacer política. Creo que hay una necesidad de tratar de manera inseparable la crítica al modelo actual, la resistencia en curso de los diversos sectores de la sociedad, y la construcción de alternativas. No se puede sólo hablar de alternativas, pues implica perder la noción de la coyuntura estructural y política de la sociedad y de los actores involucrados. Tampoco basta quedarse en la crítica al modelo, sin presentar propuestas concretas y viables para tomar otros caminos de desarrollo. Por último, no podemos quedarnos en la resistencia, porque el aislamiento y la fragilidad tienen consecuencias muy grandes en términos de violencia y abuso por parte de los poderes económicos u oligarquías locales. Me siento impulsado a buscar avanzar en procesos de organización del movimiento de Economía Social y Solidaria que mantengan la inseparabilidad de estas tres dimensiones: la crítica política, la resistencia y la propuesta de alternativas.

Otra motivación que tengo es la disponibilización, de manera creativa y dinámica, de informaciones sobre las iniciativas de Economía Social y Solidaria en el mundo como una forma de establecer un diálogo cercano y cada vez más manifiesto con la sociedad, así como animar a las y los actores locales para apropiarse de las experiencias y acontecimientos en otras partes del mundo y así puedan multiplicar y promover dichas alternativas en su territorio. Se trata de informes, mapas y estándares o protocolos de intercomunicación entre sistemas de información de las diferentes redes de Economía Social y Solidaria. Estoy interesado en contribuir para que la Economía Social y Solidaria sea cada vez más visible en su diversidad y pluralidad, y superar el reto de su reducido conocimiento por la sociedad.

Estos elementos han sido parte de mi trabajo en los últimos años en la Secretaría Ejecutiva del Foro Brasileño de Economía Solidaria (FBES) y en el proyecto ESSglobal. Me entregué totalmente a contribuir a la construcción y organización del movimiento de Economía Solidaria en Brasil, en que participan decenas de miles de emprendimientos solidarios, organizaciones de apoyo y gestores públicos locales.

En 2011, decidí dejar el cargo de secretario ejecutivo del FBES, un proceso que se consolidó entre mayo y diciembre anterior. La razón principal es el cierre de un ciclo de siete años de fuertes aprendizajes, y el sentimiento de nuevas motivaciones y retos que me estimulan en la actualidad. Desde hace años tengo el sueño de volver a vivir en una pequeña ciudad en Brasil, contribuyendo a las luchas locales, así como de participar directamente en un emprendimiento de Economía Social y Solidaria.

Es por eso que hoy estoy de vuelta en Caldas, un pueblo de menos de 20 000 habitantes en el interior de Minas Gerais, Brasil. Y es por eso que estoy construyendo, con otras personas, la EITA (Educación, Información y Tecnología para Autogestión), una cooperativa autogestionaria de desarrollo de tecnologías libres de la información (y de metodologías para su uso), destinadas a apoyar las luchas de los movimientos sociales.

En este sentido, me interesó mucho el puesto de Gerente Operativo de RIPESS, ante la oportunidad de trabajar medio tiempo vía Internet en RIPESS y participar otro medio tiempo de las luchas en mi territorio y la construcción y trabajos de EITA. Es decir, tener un pie en los procesos globales de articulación y organización del movimiento de Economía Social y Solidaria, participando y contribuyendo a los retos de este momento histórico que estamos viviendo, y un pie en las luchas locales y en la consolidación de un espacio profesional en una iniciativa concreta de Economía Solidaria. Es muy importante para mí no separar estos dos ámbitos de la vida.

Siento que tengo un perfil muy en sintonía con el trabajo de gerente operativo de RIPESS. Debo enfatizar que con el fin de tener éxito, es vital contar con un entorno de gran confianza política, institucional y ética entre el Consejo de Administración, el Coordinador Ejecutivo y el Gerente Operativo. Además de la confianza, es necesario un trabajo muy dinámico y fluido, de forma colegiada, del Consejo de Administración, sobre todo en las manifestaciones políticas y las representaciones de RIPESS en los espacios de gobierno y de los movimientos sociales. Es esencial que RIPESS se pueda representar, siempre que sea posible, por las/los miembros del Consejo de Administración del continente donde tendrán lugar las actividades o seminarios, o por el Coordinador Ejecutivo. El papel de Gerente Operativo debe ser el de realizar contribuciones a estas representaciones, sin la necesidad de implicar viajes en todo momento, excepto cuando sea necesario y las posiciones a ser tomadas sean construidas a partir del diálogo en el Consejo de Administración.

Una palabra acerca de mi perfil que tal vez no se pueda ver a través de mi hoja de vida es que no tengo buenas habilidades en la gestión administrativa y financiera. Esta limitación es muy fuerte y espero que este tipo de tareas no recaigan sobre mi trabajo, en el caso de ser seleccionado.

Tengo un compromiso muy profundo y apasionado con las luchas por la transformación de la sociedad y con la defensa de la vida en todas sus dimensiones. Este compromiso orienta mi vida. Es a estas luchas por una sociedad justa y solidaria que dedico mis esfuerzos activistas y profesionales, con una fuerte base en mis raíces locales. Esta es la motivación que me hizo decidir el postularme para este trabajo y sobre la cual no tengo intención de perder el enfoque.

 

la vida quiere vivir

por una economía en las manos de los 99%



Encontro de Lampião com Eike Batista

June 2, 2012 21:00, par Daniel Tygel - 33 commentaires

Genial esta música (vídeo abaixo).

Simplesmente genial. Valeu Aline pela indicação!

Eike, se tu gosta de "X", então Xispa o pé daqui!!!

Fora capitalismo tosco!!!
Pelo fim da riqueza extrema, assine aqui

(sugestão: assista com legenda ativada)



Contribua para a realização da Cúpula dos Povos!

June 2, 2012 21:00, par Daniel Tygel - 0Pas de commentaire

Oi amigas e amigos,

Já fiz minha "inscrição". Contribua também!

Vejam abaixo mais explicações sobre a Cúpula e como contribuir com 10 reais ou mais:

 

O que é a Cúpula dos Povos?

Há 20 anos, a Eco 92 marcou a atenção dos governos ao meio ambiente. Em 2012, a ONU realizará a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. O encontro, apelidado de Rio+20, tem como objetivo assegurar um comprometimento político renovado para o desenvolvimento sustentável.

Mas nem todo mundo acredita na capacidade de os governos chegarem a acordos efetivos para as pessoas ou para o meio ambiente. Por isso, de 15 a 23 de junho, de forma paralela à conferência oficial da ONU, o Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, será ocupado pela sociedade civil organizada, durante a Cúpula dos Povos na Rio+20 por Justiça Social e Ambiental.

Organizações não-governamentais, movimentos sociais e coletivos de todo o mundo querem ser um contraponto crítico à Rio+20 oficial, que, a nosso ver, não fará nada além de reforçar o poder do setor privado e uma visão financeira sobre a natureza.

Com o planeta em crise – econômica, ambiental e social –, a Cúpula dos Povos tem uma mensagem clara: as soluções para os problemas que vivemos hoje já existem, e elas são praticadas por povos de todo o mundo. Em vez de palavras vazias na boca de empresas e do governo, estamos tentando construir, no Aterro do Flamengo, um espaço livre de corporações. No lugar de discussões que não levarão a acordos legalmente vinculantes, demonstrações de experiências que já acontecem em diversas partes do planeta que respeitam o meio ambiente e os direitos humanos.

A ideia da Cúpula dos Povos é mostrar que há desenvolvimento sustentável no cotidiano de populações comumente negligenciadas pelos governos e decisões oficiais: quilombolas, indígenas, camponeses, jovens, mulheres, negros e muitos outros.

Para que estamos reunindo fundos?
Cerca de 10 mil ativistas e militantes de movimentos e organizações sociais virão para o Rio de Janeiro para mostrar suas práticas, discutir ideias, construir convergências, denunciar falsas soluções para as crises, mostrar as soluções dos povos e construir uma agenda de ações comuns para os próximos períodos.

Você pode contribuir para que a Cúpula aconteça!
Estamos abrindo inscrições individuais que são, na verdade, uma forma de apoio à Cúpula.

O apoio financeiro servirá para trazer ativistas e militantes de todo o país. Eles virão de ônibus e ficarão alojados no Rio. O apoio também será importante apoio para reforçar a alimentação dos grupos.

Seu apoio ajuda a construir uma Cúpula dos Povos onde muitos povos estejam presentes – inclusive aqueles que não podem arcar com a viagem ao Rio.

Por que fazer inscrições?
Transformamos a inscrição em um processo de crowdfunding porque entendemos que, com isso, poderemos ampliar os apoios à Cúpula dos Povos e também circular informações sobre a atividade.

A inscrição não é requisito para acompanhar as atividades da Cúpula nem para circular pelo Aterro, mas é uma forma importante de apoio para a realização do
evento.

As pessoas que quiserem ou precisarem de certificados deverão inscrever-se.

De grão em grão… A Cúpula acontece!
Como o dinheiro das inscrições será utilizado principalmente para o aluguel dos ônibus que trarão participantes que não podem bancar seu próprio transporte para a Cúpula, estimamos um valor mínimo de R$ 12.000 — o que equivale a um ônibus.

O ideal é conseguirmos R$ 300.000, ou seja: 25 ônibus que trarão pessoas para a Cúpula e farão com que o evento seja mesmo “dos povos”.


Conheça nossa página na internet: http://cupuladospovos.org.br
Curta também a Cúpula dos Povos no Facebook: http://facebook.com/cupuladospovos
Siga a Cúpula no Twitter: http://twitter.com/cupuladospovos


A Cúpula dos Povos tem outras fontes de financiamento que permitem que ela seja estruturada. O crowdfunding é uma fonte importante de recursos que nos possibilitarão aumentar o número de ônibus e a alimentação dos grupos presentes.



Palestra de Helena sobre seu quintal agroflorestal

June 1, 2012 21:00, par Daniel Tygel - 0Pas de commentaire

Eita que delícia de quintal!



"Primavera Árabe" no Quebec

May 26, 2012 21:00, par Daniel Tygel - 0Pas de commentaire

Como a mídia, pra variar, não está contando nada sobre o que está se passando no Quebec, decidi partilhar aqui algumas informações.

Está ocorrendo o maior processo de mobilizações dos últimos 50 anos no Quebec. E esta mobilização está sendo protagonizada por estudantes. Desde fevereiro de 2012 está havendo uma greve estudantil contra o aumento de 75% dos custos para cursar universidade pública no Quebec.

Trata-se da maior e mais longa greve estudantil da história do Quebec.

Estão havendo marchas e manifestações com 200 a 400 mil pessoas! Isso, num país pequeno (O quebec tem apenas 8 milhões de habitantes) é uma explosão de gente. Para comparar: se a mesma porcentagem da população do Quebec fizesse uma manifestação destas no Brasil, isso seria uma manifestação com 7 milhões de estudantes no Brasil!!! Imaginem isso!

Em dado momento das negociações, o primeiro ministro disse que só recebia as federações estudantis que não estavam promovendo manifestações, e aconteceu algo importante: as demais federações, aceitas pelo governo para sentar na mesa, se recusaram a ir sem que fossem todas, desde as mais radicais às mais moderadas.

O governo diz também que só negocia se estiver totalmente fora de pauta o assunto do direito ao ensino gratuito (no Quebec, como em todo o Canadá, o ensino público universitário é pago).

A greve continua, com imenso apoio dos sindicatos de professores e setores de esquerda em geral, levando o país a uma crise. Em nome desta crise, para "acalmar" o país, o governo aprovou na câmara a "LEI 78", que prevê punições de todo o tipo para manifestações públicas no país... é quase uma "lei de guerrilha civil" contra a própria população. Uma loucura!

E mais uma vez, os setores empresariais aplaudiram a iniciativa, pois as manifestações estavam reduzindo o consumo nas lojas e criando o terror no comércio. Mais uma prova importante de que capitalismo não anda junto com democracia e expressão popular.

Contra esta lei, houve no dia 22 de maio uma marcha com 300 a 400 mil pessoas nas ruas (pensem: No Brasil isso corresponderia a quase 10 milhões de pessoas!). Esta marcha desrespeitou frontalmente a Lei 78. Ontem houve outro ato, o panelaço (como os da Argentina no ano 2001). Abaixo uma imagem do protesto do dia 22 de maio:

É um fato histórico em andamento nesta província do Canadá, mais um elemento de "primavera árabe" neste agitado 2012, que parece estar na linha do que o calendário maia anuncia para este ano.

Vejam abaixo este vídeo com cenas do panelaço que aconteceu em Montreal ontem, dia 26 de maio:



Animação sobre o dia primeiro de maio

April 30, 2012 21:00, par Daniel Tygel - 0Pas de commentaire

Feita com Software Livre e em um processo coletivo, a animação "Maio Nosso Maio" apresenta de forma leve e compromissada uma leitura histórica que resgata o sentido original do Dia dos Trabalhadores.



O que boicotar

April 24, 2012 21:00, par Daniel Tygel - 0Pas de commentaire

(passe o mouse em cima, e clique na faixa cinza para ampliar a imagem)



Apresentação sobre "Outra Economia" em Nova Iorque está disponível

April 19, 2012 21:00, par Daniel Tygel - 33 commentaires

Nos dias 20 a 22 de abril, o teatro "The Foundry", de Nova York, organizou um diálogo sobre coisas diferentes sendo construídas na busca de transformação do mundo. Os eixos são "Outra segurança", "Outra mídia", "Outra política", e "Outra economia".

A minha fala foi sobre "outra economia", no dia 22 de abril. O vídeo encontra-se em:

http://www.livestream.com/newplay/video?clipId=pla_f88d6711-42fd-429b-87b2-10ec0727687a

A minha apresentação começa aos 32 minutos e 55 segundos deste vídeo e dura 34 minutos.

A apresentação projetada está aqui:

http://essglobal.org/arqs/dtygel_presentation_3.svg

Para vê-la, você precisa clicar neste link com o botão direito do mouse e pedir "abrir em nova aba". Aí você vai navegar na apresentação usando as setas do teclado: a direita avança, e a esquerda volta.

É a primeira vez que utilizei este tipo de apresentação que "navega" por um grande mapa do conteúdo... gostei muito!

Bom proveito!



Chuvas serenas na lua nova

April 16, 2012 21:00, par Daniel Tygel - 1Un commentaire

chuvas de dentro e de fora... moinhos em movimento... moinho, roda d'água...



Turma do Chaves apresenta "Oração"

April 16, 2012 21:00, par Daniel Tygel - 1Un commentaire



A Economia Solidária e a Rio +20: Por uma economia nas mãos dos 99%

April 11, 2012 21:00, par Daniel Tygel - 1Un commentaire

por daniel tygel para a revista Rio Ecosol - núm. 3, jan/fev de 2012

A diabetes é uma doença crônica exigente. Trata-se da incapacidade do corpo processar a glicose, que pode então existir em excesso e com isso gerar graves problemas para a saúde, desde a cegueira à morte. As causas são normalmente uma predisposição genética, mas ela se manifesta no caso de uma alimentação inadequada (excesso de carboidratos e açúcar) e vida sedentária. Quando o nível de glicose aumenta demais, é necessário injetar insulina no corpo, uma proteína que consegue processar a glicose, mas que tem também seus efeitos colaterais se utilizada em excesso. Resumindo, quem tem diabetes precisa alterar totalmente o seu modelo de alimentação e de vida: reduzir o consumo de açúcar, modificar seus hábitos alimentares, praticar exercícios físicos. A insulina é um pacote emergencial que não resolve efetivamente a situação, mas alivia uma crise.

O que isso tem a ver com a Economia Solidária e a Rio +20? Bem, imaginemos um médico que diga a um paciente de diabetes que encontrou uma solução mágica. Um novo alimento, delicioso, que não exige que se mude nada da sua alimentação, nem do seu modelo de vida. Vamos supor que este alimento é produzido da glicose, que por sua vez é a base do açúcar. É possível uma solução proposta a partir da própria glicose resolver a diabetes, e com isso livrar o paciente de ter que mudar seu estilo de vida? Esta solução é a Economia Verde. A doença de diabetes é a atual crise da humanidade. A insulina são os pacotes estatais de ajuda de bilhões de dólares para salvar bancos e grandes empresas. A glicose é o poder das grandes corporações e a financeirização e mercantilização da vida. A Economia Verde nada mais é que uma tentativa de solucionar a crise com os mesmos elementos que a geraram. E a alimentação e modo de vida é o modelo de desenvolvimento. Se não atacamos a raiz dos problemas, o resto é invencionice para tentar manter tudo do jeito que está. E é isso que os “médicos” do capitalismo querem oferecer como solução mágica na Rio +20, sob a égide do bonito nome “Economia Verde”. Uma falácia.

Esta falácia se torna crime contra a humanidade quando constatamos que há alternativas à crise. Alternativas que mexem nas estruturas de poder, no modelo de desenvolvimento e produção agrícola e industrial. Que mexem na forma como se faz a economia. O caminho se encontra nos territórios, nas pessoas, numa economia centrada na vida e nas mãos dos 99% da população, como dizem os indignados em centenas de ocupações pelo mundo.

A Economia Solidária traz contribuições para uma efetiva cura desta doença civilizatória que estamos vivendo.

Para começar, o fato de não diferenciar entre quem é dono do empreendimento e quem é trabalhador faz com que as reações da Economia Solidária a momentos difíceis não gere desemprego. O “corte de mão de obra” não é uma via possível na Economia Solidária: como todas e todos são sócios, arcam com a responsabilidade e buscam outras formas de lidar com a situação. Já nas empresas convencionais, a primeira coisa que se faz num momento de baixo crescimento é a demissão em massa, descartando seres humanos de seus lugares de trabalho, de modo a manter os lucros e ganhos dos acionistas acima de tudo.

A Economia Solidária se baseia na autogestão, ou seja, no exercício da democracia nas relações econômicas e de produção dentro de um empreendimento. E todos sabemos que a democracia é uma das grandes conquistas da humanidade: onde não há democracia, há o poder indiscriminado e os abusos, como é o caso da ciranda financeira e do controle das economias por poucos agentes econômicos poderosos. A Economia Solidária contribui com uma democratização da economia. É uma economia nas mãos das pessoas.

A base prática da Economia Solidária é a cooperação, a solidariedade, a territorialização e a equidade de gênero, raça e etnia. Isso é um antídoto aos principais malefícios advindos da competição desenfreada, da desterritorialização dos espaços a partir dos mercados globais que destróem o jeito de ser de cada comunidade e os vínculos comunitários e de reciprocidade, e da hegemonização da propaganda de um modo único de ser no mundo: um jeito consumista, individualista e desconectado da vida.
Mas um tipo de economia nas mãos das pessoas é viável para atender às necessidades de todas e todos?

Para responder a esta pergunta, é importante apontar uma outra falácia vendida para nós: a de que as empresas e corporações capitalistas são eficientes e não dependem de apoio do governo. É o exato contrário: elas recebem subsídios, isenções tributárias; financiamento abundante e barato (só em 2010 o BNDES efetuou mais de 190 bilhões de reais em empréstimos, praticamente tudo para grandes empresas e corporações, a juros irrisórios e quase sem condicionantes); obras de infra-estrutura (portos, desvios de rios, mega hidroelétricas, estradas, ferrovias) construídas por empresas privadas com recurso público e destinadas à logística empresarial privada; fomento na forma de acesso das empresas a universidades públicas para pesquisas, entre outros benefícios. As empresas privadas vivem do governo, por isso financiam campanhas eleitorais e têm em suas mãos o congresso nacional e câmaras municipais e estaduais.

Já a Economia Solidária não tem tido nenhum tipo de apoio direto. Um empreendimento solidário tem que se virar em ambientes extremamente adversos, sem capital, sem assessoria técnica, com uma carga tributária pesadíssima. E ainda sim, temos mais de 20 mil empreendimentos solidários no Brasil (não se sabe a quantidade exata, pois os mapeamentos não atingiram todo o país). Isso é prova de viabilidade em condições precárias. Imagine se a Economia Solidária tivesse a mesma quantidade de benefícios, isenções e apoios públicos que é oferecida às empresas capitalistas? Quem é mais viável neste caso, ou seja, quem dá mais felicidade às pessoas, mais proteção ambiental, responde mais aos anseios e necessidades de cada comunidade, bairro e cidade? Quem trabalha num empreendimento solidário é um/a cidadã/o ativa/o, que vê sentido no que faz, o que é bem diferente de um operário de uma empresa mundial que é explorado dia e noite por algum proprietário e acionistas que moram em São Paulo ou Nova Yorque, e que não se interessam pela comunidade em que este operário está nem por seu futuro.

Estamos nos aproximando da Rio +20, em junho de 2012. Este grande encontro internacional só terá sentido se o próprio modelo de desenvolvimento e as estruturas que o mantém forem questionados. Dourar a pílula criando novos mecanismos de mercado, os mesmos que geraram toda a crise e concentração de renda e poder que temos hoje será uma grande derrota para a humanidade. Se a Economia Verde sair vitoriosa, simbolizará este fracasso.

Com o objetivo de ampliar o olhar sobre as questões ambientais para além da ótica do poder das grandes corporações, ocorrerá, paralelamente ao evento oficial, a Cúpula dos Povos Rio +20. Nela estão envolvidas várias organizações, redes e movimentos populares, para discutir soluções efetivas para a crise que estamos vivendo. O movimento de Economia Solidária está contribuindo com esta atividade através da Rede Intercontinental de Promoção da Economia Social e Solidária (RIPESS), e aqui no Brasil pelo Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES).

As propostas do movimento de Economia Solidária para a Cúpula dos Povos Rio +20 ainda estão em construção. Um marco importante neste processo será o Fórum Social Temático em Porto Alegre, no final de janeiro de 2012, em que um dos temas será “Finanças e economia justa, sustentável e solidária”. Outro momento desta construção será o V Encontro Latinoamericano de Economia Solidária, organizado pela RIPESS-Latino América e Caribe, a ocorrer nos dias anteriores à Rio +20.

Mesmo sem estarem definidas, aponto abaixo, em linhas gerais, algumas possíveis propostas da Economia Solidária para a Rio +20:

  • Alteração dos fundamentos e pressupostos do modelo de desenvolvimento: Alteração de indicadores – submeter a economia à vida, e não o contrário; fim de agrotóxicos e transgênicos; reformas rural e urbana; mobilidade humana; energia descentralizada e de fontes limpas; redução drástica do consumo individual, produtivo e institucional e do uso de automóveis individuais; desenvolvimento a partir das populações e iniciativas econômicas nos territórios, de forma democrática direta; produção agroecológica, e não do agronegócio, etc.
  • Fomento e apoio a uma Economia Solidária: a garantia efetiva do direito ao trabalho associado, sem patrões nem empregados, e à organização colaborativa em redes solidárias, através de formação e assessoria técnica com base na educação popular, do acesso a crédito e tributação diferenciada, e em programas de priorização de empreendimentos e redes solidários em compras e contratações públicas, etc.
  • Por um Sistema de Finanças Solidárias: valorização da economia real ao invés da economia financeira especulativa; fomento aos instrumentos populares e democráticos de financiamento, como bancos comunitários, fundos rotativos e cooperativas de crédito, ao invés de sustentar os grandes bancos cuja finalidade maior é o lucro de seus proprietários e acionistas; criação de fundos geridos com a participação de movimentos sociais e governos com o objetivo de fomentar e apoiar iniciativas de economia solidária; orientação das linhas de crédito dos Bancos Nacionais de Desenvolvimento e outros fundos públicos para os empreendimentos de Economia Solidária, através de indicadores e critérios de democracia interna, autogestão, preservação ambiental, equidade de gênero, raça e etnia e enraizamento comunitário.
  • Por um Comércio Justo e Solidário: alta tributação e divulgação ampla, através de selos e marcas, dos produtos que exploram trabalhadores e geram danos ambientais e sociais; fomento a relações comerciais justas ao longo da cadeia, de forma que os produtores, consumidores e comerciantes possam cooperar de maneira transparente e democrática, como nos sistemas participativos de garantia, no fomento às feiras e comércios locais, nas redes e cadeias de produção, comercialização e consumo solidários, na organização do consumo responsável e coletivo, nas compras e contratações públicas, etc.
  • Por maior transparência e democracia real nos Estados: proibição do apoio de empresas a campanhas eleitorais, realização de consultas populares e plebiscitos sobre questões estratégicas nos países, construção de mecanismos de participação e controle social sobre os governos e empresas, tanto na elaboração como na implementação de programas e ações, etc.

Além de levar propostas, é fundamental que a Economia Solidária esteja articulada com os demais movimentos sociais envolvidos e as demais pautas. É momento de união na diversidade, de cooperação, inovação e fortalecimento mútuo das organizações do campo popular. Iniciativas neste sentido já vêm ocorrendo, como o Encontro de Diálogos e Convergências em setembro de 2011.

Quando um médico insiste em oferecer como cura da diabetes os mesmos remédios baseados na glicose dos lucros desenfreados e mercantilização da vida, com a roupagem atraente de “Economia Verde”, prometendo que tudo se resolverá sem necessidade de mudança do modelo de desenvolvimento, começamos a desconfiar: será que este médico aí não está sendo patrocinado pelas grandes corporações para defender a sua sobrevida?

É hora de trocar de médico.

Está na hora de trilhar novos caminhos.



Trabalhadora próxima à líder escoltada é assassinada em Rondônia

April 6, 2012 21:00, par Daniel Tygel - 0Pas de commentaire

Fonte: http://apublica.org/2012/04/trabalhadora-proxima-a-lider-escoltada-pela-forca-nacional-e-assassinada-em-rondonia/

Dinhana Nink deu entrevista sobre a quadrilha dois meses antes de sua morte. Ameaçadas, outras famílias próximas à líder que tem proteção da Força Nacional já tiveram que fugir

Dois meses depois de dar entrevista à Pública, Dinhana Nink, 27 anos, foi assassinada em Rondônia. Seguindo a líder rural Nilcilene Miguel de Lima, que tem escolta da Força Nacional por denunciar os madeireiros, a reportagem colheu diversos relatos sobre os pistoleiros da região que saqueiam, agridem e matam os lavradores locais. Dinhana foi uma das poucas entrevistadas que denunciou a quadrilha sem medo de mostrar o rosto:

“Bote meu nome aí, eu vou falar sim. Eles mandaram calar a boca, mas eu não calo. Vou ter a coragem da Nilce e denunciar quem me ameaça”, disse.

Em resposta à sua coragem, Dinhana foi assassinada com uma bala no peito na madrugada da última sexta, dia 30. O crime aconteceu na frente de seu filho de 6 anos, Tiago. O pai de Dinhana, primeiro a chegar depois do crime, encontrou Tiago limpando o sangue do rosto da mãe. Dinhana deixou mais dois filhos, um de sete e outro de dez anos.

Apesar da cara de valente, sua condição já era frágil na época da entrevista, em janeiro. Tiago brincava ao lado da mãe, no chão da sala. Eles estavam morando de favor em vila Nova Califórnia (Rondônia) desde que sua casa foi queimada em um incêndio criminoso em novembro. Por precaução, a reportagem não usou o nome e a foto de Dinhana. Essa é a primeira vez que sua história é publicada.

Na entrevista, Dinhana falou sobre ameaças que recebia desde que desafiou um homem ligado à quadrilha de pistoleiros que toma conta da região. Ela morava no assentamento Gedeão, município de Lábrea, sul do Amazonas. Sem nenhuma estrutura de policiamento, o lugar é destino de madeireiros ilegais, que contratam pistoleiros para garantir que ninguém impeça o roubo de madeira.

Leia mais: Nilcilene, com escolta e colete à prova de balas: “eles vão me matar”

Desde que a líder Nilcilene ganhou escolta da Força Nacional, diversas famílias próximas a ela estão sendo ameaçadas de morte. Algumas tiveram que fugir para não ter o mesmo destino de Dinhana. É uma forma de deixar a líder isolada.

Dinhana não tinha envolvimento com a associação. Queria apenas tocar a vida e proteger seu negócio, um pequeno bar e mercearia dentro do assentamento.

Mas ela sabia demais. Enquanto trabalhava, ouvia conversas sobre as atividades das madeireiras. “O povo bebia e falava”, ela disse à Pública. “Tem muita gente lá que vive de madeira. Serra de dia, e tira de noite. Eles dizem que tem que ter cuidado na hora de entrar com o caminhão de noite. Se a polícia pega, não pode prejudicar os donos. Se pegar, não pode de jeito nenhum falar quem era o dono da madeira”.

Sua morte está relacionada à força do crime organizado que se formou na região, graças ao comércio ilegal de madeira combinado com a ausência do Estado. Dinhana se meteu com a pessoa errada e decidiu denunciar as agressões, em um local onde a polícia não age. Pagou com a vida.

Tudo começou em novembro, quando um de seus clientes no bar, Jheferson Arraia Silva, bebeu demais e começou a provocar briga. Ela pediu que fosse embora, ele ficou agressivo. Dinhana não era mulher de ficar calada. Apanhou, mas também bateu. Depois registrou tudo na polícia.

“Eles não gostaram que eu fui na polícia e, na semana seguinte, a mãe dele começou a mandar recado”, Dinhana disse. Suzy Arraia Silva, mãe de Jheferson, é citada em diversos relatos dos pequenos produtores rurais da região pela proximidade com a quadrilha. “Ela dizia que não ia ficar em branco, que ia queimar minha casa, que ia ter vingança”.

Assustada, Dinhana decidiu mudar para Nova Califórnia, a vila mais próxima, já no estado de Rondônia. Mas, enquanto procurava lugar para ficar, sua casa e bar no assentamento foram queimados, com tudo dentro. “Ficou tudo no chão, preto, queimado. O freezer ficou miudinho. Minha dor maior foi ver os meninos revirando as cinzas. Eles foram catando coisas para levar embora. Mas eu não deixei, tava tudo queimado”.

 

Dinhana procurou a Força Nacional. “Eles disseram que só podem proteger a Nilce, me indicaram a polícia. Fui no posto da PM de Nova Califórnia, eles disseram que não podem fazer nada porque são de Rondônia e lá é Amazonas”.

No Boletim de Ocorrência registrado na Polícia Civil de Rondônia, ela fala das ameaças. Segundo o documento, Suzy “teria dito que iria eliminar três pessoas da localidade”. Dinhana era uma delas. Mas a polícia nada fez sobre o caso.

Em entrevista, o sargento Fábio Cabral de Lima, do posto de Nova Califórnia, disse ter recebido mais de 20 registros de ameaças de morte da área do assentamento Gedeão só no último ano. “Nós estamos de mãos atadas em relação a tudo que acontece lá porque não é jurisdição de Rondônia”, disse.

“Esse grupo manda na região. Eles cometem crimes, perseguem e difamam quem os denuncia”, diz Neide Lourenço, coordenadora da Comissão Pastoral da Terra do Amazonas. “Enquanto o Estado não se fizer presente e colocar um posto policial, o crime vai continuar ditando a ordem”.

A CPT se preocupa ainda com o fim da escolta para Nilcilene. No final de abril, a Força Nacional deve se retirar do local e deixar de escoltar a líder. Como nada foi feito para levar policiamento ao local, se o contrato da escolta não for renovado, Nilcilene vai ter que fugir. “Se a Força  sair, eu e o meu marido temos que sair primeiro. Se nós ficar, antes de morrer, ainda vamos ser torturados”, diz.

 

Nilcilene fala sobre perseguição a famílias próximas:



Mantra (Nando Reis)

April 3, 2012 21:00, par Daniel Tygel - 22 commentaires

dançar.... sentir....



This is How We Do It - NYC

March 16, 2012 21:00, par Daniel Tygel - 0Pas de commentaire

THIS IS HOW WE DO IT

Cooper Union
New York City, NY


Friday April 20 - Sunday April 22

A FESTIVAL OF DIALOGUES

ABOUT ANOTHER WORLD ///  
  /// UNDER CONSTRUCTION



The Foundry Theatre is bringing people to NYC from all over the world - people who are living and working within alternative practices of economics, safety, media/ communications, politics and more.

Join us for a kind of 'there-are-other-ways-to-do-things' show & tell featuring these remarkable local, national and international innovators.  
 

SCHEDULE*

Opening Plenary:  Friday April 20 at 7pm
in Cooper Union's Great Hall

featuring:
Grace Lee Boggs:  One of the great philosophers and political visionaries of our time.  Boggs has been a part of almost every major movement in the United States over the last 75 years; she's 96, intellectually ageless and still going strong.

joined by:  
Nelson Johnson: Executive Director of the Beloved Community Center of Greensboro, North Carolina and a leader of the Greensboro Truth & Community Reconciliation Project, the first of its kind in the US.
&
Andrea Smith: Longtime anti-violence and Native American activist and scholar, Smith is a proponent and innovator of new political practices. She currently teaches in media and cultural studies at UC, Riverside.  


Breakout Sessions:  Saturday & Sunday afternoons
in Cooper Union's Rose Auditorium

Sat Apr 21 @ noon:  ANOTHER POLITICS
featuring
Mzwakhe Mdlalose: President of the South African Shackdwellers' Movement (Abahlali baseMjondolo)
&
A delegate from Brazil's Landless Workers' Movement (Movimento Sem Terra)

Sat Apr 21 @ 3pm:  ANOTHER MEDIA
featuring
Claudia Acuña: Investigative journalist and founding member of the communications cooperative "La Vaca" in Buenos Aires, Argentina
&
Diana Nucera: Program Director of Allied Media Projects in Detroit, Michigan

Sun Apr 22 @ noon:  ANOTHER SAFETY
featuring
Mimi Kim: Founder of Creative Interventions in Oakland, California
&
Nelson and Joyce Johnson presenting on the Greensboro Truth & Community Reconciliation Project

Sun Apr 22 @ 3pm:    ANOTHER ECONOMY
featuring
Daniel Tygel: former Executive Secretary of the Brazilian Forum for Solidarity Economy
&
Michael Peck: US representative for the Mondragon federation of worker cooperatives in the Basque Country
                                                     
* As of March 9th  
Note:  This schedule will be regularly updated as add'l presenters, local respondents and moderators are confirmed