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Líder indígena Almir Surui discursa na Assembléia Geral da ONU

21 de Setembro de 2011, 21:00 , por Andréa Mendes - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Chefes de Estado e de Governo dos 193 Países-Membros das Nações Unidas se reuniram na sede da Organização, em Nova York, durante o debate geral anual da Assembléia Geral da ONU desde dias 21 e 22 e setembro. Como é tradição desde a primeira Assembléia Geral, que aconteceu em 1946, o Brasil abriu o evento com a presidenta Dilma Roussef e este ano o tema foi “O papel da mediação na solução de disputas por meios pacíficos”.
Três reuniões de alto nível também aconteceram na Sede da ONU em Nova York para marcar o início da 66ª Sessão da Assembléia Geral que encerrada em 22 de setembro, com a presença dos Chefes de Estado e de Governo.
A primeira reunião de alto nível foi nos dois primeiros dias e tratou sobre a prevenção e o controle de doenças não transmissíveis em todo o mundo, especialmente dos desafios enfrentados pelos países em desenvolvimento.
A segunda reunião teve como foco a desertificação, a degradação do solo e a seca no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza, como preparação para a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), agendada para junho de 2012. Na ocasião o líder indígena Almir Suruí, falou sobre a pressão sobre as terras indígenas e os impactos da construção de hidrelétricas na Amazônia sobre os índios isolados. “Em Rondônia nós temos um exemplo desse impacto com a construção da Usina de Santo Antônio que atinge uma área onde temos registros de índios isolados”, destacou Almir Suruí durante a reunião na ONU.
A terceira reunião da Assembléia nesta quinta-feira, 22 de setembro, celebra o 10º aniversário da Declaração e do Programa de Ação de Durban – o projeto da comunidade internacional para ação na luta contra o racismo.“Sempre soubemos nos calar, respeitar a competência dos órgãos responsáveis que garantem a manutenção da educação, saúde e fiscalização nos territórios indígenas. Também soubemos no manifestar a nosso modo com respeito e responsabilidade. Mais uma vez lá vamos nós clamar por proteção de nosso território.
No ano de 2009, Quando sentimos nossa integridade ameaçada pelos invasores nos comunidade da linha 12 tomamos coragem e manifestamos e denunciamos a extração de madeiras no interior da terra indígena Sete Setembro município de Cacoal RO (na época na gestão de Valmir de Jesus, ADM substituto da FUNAI local). Isso resultou com que o povo Surui realizasse várias reuniões e Elaboramos vários documentos e ofícios para Órgãos competentes solicitando apoio e fiscalização na Terra indígena Sete Setembro.
De 2009 até o primeiro semestre de 2010 houve paralisação total da extração de madeiras no interior da Terra indígena. Barreiras montadas pela FUNAI nos pontos estratégicos (linha 7 e linha 14 aldeia placa). Fazem o monitoramento com intenção de impedir o acesso de invasores no interior da terra indígena. Parece que isso não tem sortido efeito. Até por que há existência de colonos meeiros e madeireiros no interior da terra indígena, sem que a FUNAI nada faça para retirá-los, embora tenha sido denunciado.
Acompanhe o discurso de Almir Narayamoga Surui
Os povos indígenas da Amazônia estão em perigo
 
Os povos indígenas da Amazônia e seus territórios tradicionais vivem sob uma ameaça constante.

O desmatamento ilegal, que realizam os  madeireiros, fazendeiros, grileiros, garimpeiros e intrusos nas terras indígenas, destroem as árvores da floresta, matam os pássaros ao destruir seus ninhos, matam os animais que vivem dos frutos que ali crescem e ameaçam os povos  indígenas que vivem e dependem da floresta.

Meu povo, os Paiter Surui é uma prova viva do que digo,  já que há tempos sofremos os atos ilegais dos industriais madeireiros, que roubam nossas florestas e ameaçam matar nossos líderes.

A ação destes invasores em territórios indígenas expulsam nosso  povo de suas terras e colocam nossa vida em perigo.

Todo líder indígena  se confronta com esse modelo, que beneficia unicamente aqueles que destroem  natureza, é ameaçado de morte, é discriminado, é caluniado e sofre todo tipo de ameaças.

Os territórios e os povos indígenas no Brasil estão ameaçados pelos projetos de desenvolvimento em grande escala realizados  pelo PAC – (Programa de Aceleramento do Crescimento, iniciativa do Governo Brasileiro).
 
 
As grandes hidrelétricas como a de Santo Antonio e Jirau, no Rio Madeira, no Estado de Rondônia e a Belo Monte no Rio Xingu, no Estado do Pará, ameaçam a vida dos indígenas que vivem em isolados de maneita voluntária.

O trabalho asfaltamento da BR 319 mesmo antes de iniciar, já esta atraindo para a região um grande número de pessoas que destroem as florestas e produzem um grande impactos nos territórios indígenas. Conflitos entre indígenas e invasores de suas terras provocam a morte de indivíduos indígenas e não indígenas.

Há que se tomar medidas urgentes que proporcionem uma garantia de vida e paz no Brasil.

 
Não podemos permanecer em silêncio  diante de tamanha destruição. Necessitamos que as Nações Unidas observem o que esta acontecendo e ajudem a proteger as vida dos povos indígenas do Brasil.

Venho aqui solicitar sua ajuda para  proteger os povos indígenas do Amazonas, em especial os que vivem isolados de maneira voluntário.


Read more: http://www.revistareciclarja.com/news/lider-indigena-almir-surui-discursa-na-assembleia-geral-da-onu/


Categorias

Desenvolvimento territorial, Meio-ambiente, Povos e Comunidades Tradicionais, Relações internacionais, Saúde popular

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