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NOTA PÚBLICA

8 de Abril de 2011, 21:00 , por Alex Fernandes Reis - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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O Fórum Brasileiro de Economia Solidária vem a público refirmar o compromisso da defesa incansável da implantação do Ministério da Economia Solidária. Esta defesa se fundamenta nas deliberações coletivas da IV Plenária do FBES e da II CONAES (Conferência Nacional de Economia Solidária) que teve a participação de mais de 20.000 cidadãs e cidadãos desde as conferências microrregionais e territoriais.

Esta defesa tem como fundamento a proposta política de colocar a economia solidária no centro do planejamento e, consequentemente, das políticas de desenvolvimento do Brasil.

A economia solidária não se expressa por uma determinada personalidade jurídica e não se restringe a inclusão produtiva, vai além, ao trazer à pauta um desenvolvimento territorial, justo e sustentável,
centrado em outro modelo de consumo, produção e comercialização, tanto no meio urbano, quanto no rural. Promove novos valores e traz outra referência para o dinheiro e para as finanças,
considerando o papel central do trabalho no desenvolvimento do ser humano e na valorização da vida. Tais iniciativas se expressam, por exemplo, em cooperativas populares de catadores de
materiais recicláveis, cooperativas de agricultura familiar e agroecologia, bancos comunitários, empreendimentos coletivos de prestação de serviços e grupos produtivos de povos e comunidades
tradicionais.

Não negamos a importância do empreendedorismo individual e da política de micro e pequenas empresas, formas de inclusão produtiva e geração de emprego e renda. No entanto, submetidas à
acumulação do capital e a um sistema precário e desigual.

Somos contra a proposta de levar o CNES (Conselho Nacional de Economia Solidária) e a Senaes (Secretaria Nacional de Economia Solidária) para uma Secretaria de Micro e Pequena Empresa,
conforme recém colocado no PL 865/2011 de 31 de março de 2011. Esta PL foi construída sem diálogo com qualquer ator de economia solidária do país, uma proposta unilateral, que não representa
a proposta de um governo democrático.

Desde novembro/2010 há insistência em dialogar com a excelentíssima presidenta Dilma sobre o avanço do espaço institucional da economia solidária em seu governo e até o momento, não houve
nenhuma sinalização para ouvir o movimento e para se construir um espaço de diálogo a respeito da política pública de economia solidária.

Além disso, o momento político atual coloca a erradicação da pobreza extrema no centro da agenda de governo e muitas ações são fundamentadas na economia solidária. Para articular e gerenciar
estas ações é premente a criação de um Ministério ou de uma Secretaria Especial de Economia Solidária, coordenando e avançando em ações transversais nos diversos ministérios existentes.

É importante destacar que neste ano o FBES solicitou audiências com diversos ministérios, além da presidência da república, com diálogos iniciados junto ao MDS, MMA, MTE e SEPM, sensibilizando-
os para a erradicação emancipatória da pobreza. Também houve sensibilização junto aos parlamentares com a refundação da Frente Parlamentar de Economia Solidária em conjunto com a sociedade civil.

A PL 865/2011 agora tramita no Congresso e faz-se necessário a criação de condições para um amplo debate junto as trabalhadoras e trabalhadores da economia solidária.

Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES)

01 de Abril de 2011.


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