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Carta de princípios

5 de Maio de 2008, 21:00 , por Hugo Scabello de Mello - 22 comentários | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Primeira Carta de Princípios – Núcleos de Cooperativismo de Consumo

 
  1. Adesão e Saída Livres.

    A adesão a uma sociedade cooperativa, assim como sua saída, são livres e devem estar ao alcance de todos os dispostos as responsabilidades inerentes a sua associação, sem nenhuma restrição ou discriminação social, política, econômica, racial ou religiosa. 

  1. Uma Voz, um Voto.

    Por ser uma associação de pessoas e não de capital, o processo de tomada de decisões dentro da sociedade cooperativa é democrático e assim sendo, cada associado tem um voto, independente do valor do capital que ele tenha investido na cooperativa ou do volume de suas operações com ela.

  1. A Associação entre Produtores e Consumidores.

    Quanto aos objetivos da associação, aos consumidores:

  •  
    • Cria o hábito de organização e economia nos gastos, em conseqüência da compra conjunta.
    • Atua como instrumento de garantia quanto à qualidade dos produtos comercializados e quanto a possíveis abusos por parte dos provedores convencionais.
    • Apresenta-se como alternativa às práticas de consumo generalizadas, não criteriosas e pactuantes com o atual modelo econômico.

    Quanto aos objetivos da associação, aos produtores:

  •  
    • Oferece possibilidades relacionadas ao planejamento do trabalho, relacionado à previsão de custos e ganhos.
    • Atua como instrumento de valorização do trabalho do produtor em detrimento a atuação de intermediários na comercialização.
    • Apresenta-se como alternativa a simples competição econômica entre produtores dentro das convenções da economia de mercado constituída.
 
  1. O consumo de Produtos Puros.

    A sociedade cooperativa reserva-se a comercialização de produtos puros, não adulterados, que estejam em acordo aos critérios que pautam os princípios vinculados a Economia Solidária e a Agroecologia. 

  1. A Equidade e a Distribuição das Sobras.

    Sendo o objetivo da sociedade cooperativa a prestação de serviços a seus associados, utilizando o capital como fator de produção arrendado, cabe a cada associado o contratado com a sociedade cooperativa e as sobras operacionais pertencem ao conjunto dos associados e podem ser destinadas a:

  •  
    • Investimentos para o desenvolvimento da sociedade cooperativa.
    • Pagamento de serviços comuns aos seus associados.
    • Distribuição a seus associados em proporção às suas operações com a sociedade cooperativa.
 
  1. O apoio ao desenvolvimento da Educação para a Cooperação.

    Assim como a democracia política exige a educação política, a democracia econômica exige a educação econômica de seus participantes como produtores e consumidores responsáveis, levando-se em consideração tanto a dimensão social quanto a ecológica envolvida em suas atividades econômicas. 

  1. O apoio para o desenvolvimento da Cooperação entre Cooperativas.

    Reconhecendo a prática da cooperação econômica e da associação entre consumidores e produtores como parte de uma proposta alternativa ao atual modelo de produção, comercialização e consumo, cabe a sociedade cooperativa o incetivo e a construção de parcerias com iniciativas semelhantes e/ou complementares.


22 comentários

  • 22eb382cc34b43e045e578d9763ca06e?only path=false&size=50&d=404nadine(usuário não autenticado)
    11 de Maio de 2008, 12:44

    produtos puros

    há alguma definição, algum conceito de "produto puro"?


  • 05ca9b899386f5190b2ce087886fa45d?only path=false&size=50&d=404mnm(usuário não autenticado)
    6 de Setembro de 2009, 2:19

    res: produtos puros

    produto = bem ou serviço; puro seria no sentido de direto? ou melhor, advindo do movimento social da economia popular solidária; seria no sentido de bens ou serviços que não são de origem industrial ou produzidas com a finalidade capital, contrária aos conceitos, orientações e princípios da economia solidária; no texto acima, também refere-se à produtos puros a agroecologia, resultado de um trabalho diferenciado como os de pequenos produtores que primam pela produção orgânica, alimentos estes que não contém transgênicos ou qualquer outro incentivo químico que venha a hostilizar (causar dano) o meioambiente (ecosistema como um todo, seres humanos, animais, solo, lençol freático); produto puro = resultado sem impurezas, é límpido, é qualificadamente puro, uma condição ou estado de pureza, ausência de qualquer coisa que contamine, polua ou suje, ausência de qualquer mistura ou modificação, produto resultante diretamente da economia solidária, sem atravessadores, é resultado da economia solidária pura advinda dos EES (ver princípios no link: www.​fbes​.org​.br/​inde​x.ph​p?op​tion​=com​_con​tent​&tas​k=vi​ew&i​d=63​&Ite​mid=​60);


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