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Multidões nas ruas...qual sinal dos tempos?

17 de Março de 2015, 2:20 , por Débora Nunes - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Essa década tem sido provavelmente a que mostra o maior número de pessoas manifestando-se nas ruas em todo a história: a Primavera Árabe, que começou na Tunísia, passou pelo Egito e se espalhou pelo mundo muçulmano; os americanos do Occupy Wall Street que ocuparam na verdade praças em todo o país e não só em Nova York; os jovens espanhóis, franceses e outros europeus do movimento “Los indignados” contra a decadência que lhes rouba o futuro; os brasileiros das jornadas de junho de 2013 por um melhor serviço público e  contra os desmandos na política; os indianos do movimento contra a corrupção que acabou por formar o AAP Party, “Partido do Homem Comum”; os jovens acampados por meses em Hong Kong lutando pela democracia ...isso só para falar de alguns. Agora, de novo, os brasileiros tomaram as ruas.

Para além das explorações partidárias conjunturais desses movimentos, como se faz no Brasil hoje, vê-se uma tendência exponencial de engajamentos políticos da cidadania planetária por uma nova política. O descontentamento com a política pode ser identificado em qualquer conversa com cidadãos comuns de qualquer parte do mundo. A indignação com a condução da política no sistema de democracia representativa (ou de ditaduras remanescentes) é geral e evidencia a busca de novos sistemas. As populações ao redor do planeta estão cada vez mais educadas, informadas e têm meios de mobilização autônomos, através das redes sociais, para denunciar a estreiteza de uma organização política baseada no dinheiro.

Os rumos que esses movimentos têm tomado são muito diferenciados e refletem seu estágio inicial. Há os que foram parcialmente ou totalmente derrotados (por enquanto), como em Hong Kong, no Egito e em outros países do mundo árabe; os que aparentemente se desmobilizaram (por enquanto), como o Occupy e os Indignados; há os que ganharam eleições com propostas de uma política mais participativa, como em Nova Delhi, capital da India e os que ainda estão por demais misturados com a política comezinha e contextual, como no Brasil, para mostrarem toda sua força transformadora. Tudo isso que se vê, olhando no largo movimento da história, conduzirá, com muito trabalho, a uma política melhor, com mais democracia, mais controle social e mais limitações na influência do poder econômico sobre os governos dos povos. Mais promissor ainda: estamos construindo um movimento planetário, que ainda não se dá conta da sua internacionalização, mas isso é uma questão de tempo. Os povos da terra, unidos, jamais serão vencidos!


Categorias

Relações internacionais, Política, Articulações internacionais

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