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Cidadãos comuns governam capital da India!

3 de Março de 2015, 1:29 , por Débora Nunes - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Traduzi um breve texto de Siddhartha, jornalista indiano e fundador do movimento Diálogos em humanidade na India, falando da vitória de um novo partido nada convencional, formado por cidadãos sem envolvimento com a política tradicional e que abrem um nova era na governança das cidades.

Sobre o significado da vitória do  Partido do Homem Comum

Siddhartha

A vitória esmagadora do Partido Aadmi Aam (AAP) nas eleições em Nova Delhi foi manchete nos jornais da Índia e em outras partes do mundo. Pela primeira vez por aqui um partido político capturou o imaginário das pessoas pela sua integridade e pela grande determinação em fazer mudanças.

O AAP tem como líder Arvind Kejriwal, o novo governador de Delhi, homem  carismático e honesto, ex-funcionário federal do imposto de renda. O AAP foi capaz de ganhar de forma tão convincente por causa de sua determinação em acabar com a corrupção no funcionalismo público, na polícia e na classe política. O AAP também mostrou aos pobres que as taxas de água e eletricidade estão inflados e que é possível fazer uma redução drástica de preço. Mais importante ainda, o AAP propõe inaugurar uma governança participativa e transparente em Delhi, como um conselho de cidadãos controlando as contas públicas.

Os resultados das eleições de fevereiro mostraram que um grande número de pessoas pobres e de classe média baixa votaram no AAP. Em menor número, setores das classes média e alta também apoiaram o AAP. O Partido do Congresso, que governou a Índia durante largo período, foi completamente dizimado. O BJP, um partido de centro-direita, que governa o país no momento, também se saiu tristemente nas eleições. Enquanto AAP obteve 67 assentos no parlamento, o BJP venceu apenas 3 e o Partido do Congresso não conseguiu nenhum.  

Pela primeira vez na história da India o pertencimento a uma religião, casta, língua e até mesmo a uma classe parece não importar na hora do voto. Os problemas reais que as pessoas enfrentam tomou foi o centro das atenções. Isto traz grande esperança de que outras partes do país também possam seguir o mesmo caminho, especialmente nas grandes cidades. Será preciso esperar um pouco mais, entretanto, para que o eleitorado rural indiano, de imaginário semifeudal e ainda orientado por uma lógica de castas, seja incorporado ao processo renovador da política indiana.

 


Categorias

Relações internacionais, Política, Articulações internacionais

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