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Dialogando em Lyon/França 2014

July 16, 2014 12:59 , by Débora Nunes - 0no comments yet | No one following this article yet.
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Mais uma vez uma multidão de pessoas e de organizações estiveram discutindo e experimentando, em Lyon/França, o mundo de amanhã, nos dias 4/5 e 6 de julho 2014. Na lógica de Gandhi "seja você o mundo que quer ver", os Diálogos estão mostrando, além de Lyon, em Bangalore/India, Salvador/Brasil e em cidades de todos os continentes, que é possível ser otimista.

Este Movimento Diálogos em humanidades quer agora, em parceria com outras redes de ativistas do mundo, construir uma carta de governança cívica para o planeta. Em outras palavras, identificar tudo aquilo que pode unificar ambientalistas, movimento da economia solidária, cultura livre, entre outros muitos, com metas mínimas de dignidade humana para uma nova governança global.

Segue abaixo um primeiro esboço como ponto de partida que é obra coletiva da rede Diálogos nos últimos anos.

"Prioridades:

  • Renda Mínima Universal de Dignidade Humana;
  • Alfabetização para todos, funcionando como impulso também à "conscientização" proposta por Paulo Freire;
  • Cuidados básicos de saúde com ênfase na prevenção (utilização de ervas medicinais e tecnologias de saneamento ecológico – biorremediação);
  • Plantio de árvores para reflorestamento e estímulo àprodução de alimentos baseados em agroflorestais e técnicas agroecológicas em áreas públicas e privadas);
  • Novas formas de apropriação coletiva da terra rural e urbana;
  • Direito à água limpa para todas a sociedade, investindo em tecnologias livres;
  •  Apoio à cultura das populações mais fragilizadas;

Critérios de governança:

  • Autogestão; 
  • Participação popular;
  • Maioria de mulheres, idosos e jovens no comitê de governança;
  • Justiça (aos mais frágeis, maior apoio)
  • Justeza (ação adequada a cada contexto) 
  • Ouvir as crianças 
  • Tomada de decisão deve considerar os impactos sócio-ambientais até a 3ª geração.

Fontes de recursos:

  • Taxa Tobin (espécie de CPMF que taxaria todas as transações do mercado financeiro mundial)
  • Imposto sobre grandes forturas
  • Recursos inesgotáveis da energia amorosa humana e da mãe natureza...
  • Viver a abundância preferencialmente com arte
  • Políticas e ações de anticorrupção local e global
  • Capacidade de cuidar o espaço humano 

O documento final, que será co-construído e será propriedade coletiva, tem por objetivo ser divulgado amplamente nas redes sociais e apresentado na Conferência do Clima de Paris em dezembro de 2015.

Dentro deste quadro, fica a pergunta: Porque foi tão difícil construir até aqui consensos sobre coisas tão politicamente unânimes entre aqueles/as que querem construir um outro mundo? 


This article's tags: governança economia solidária autogestão cidadania planetária dialogues en humanité diálogos em humanidade

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