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Homens e mulheres, diálogos em humanidade, COP 21

18 de Julho de 2015, 5:49 , por Débora Nunes - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Para um número cada vez maior de pessoas existe a percepção de que a paz no mundo, a justiça social e a solução dos problemas ambientais podem se tornar realidade pela construção do equilíbrio entre as forças Yang, da ação, e as forças Yin, da manutenção. Essas forças primordiais estão por toda a parte e são associadas ao princípio masculino e ao céu, o Yang, e ao princípio feminino e a Terra, o Yin. Acontece que na história humana, muito cedo, o Yang dominou o Yin, rompendo o equilíbrio da Natureza e construindo instituições, culturas e modos de vida nos quais conquistar, competir e mandar são mais presentes do que cuidar, cooperar e dividir tarefas igualmente.  Reequilibrar o masculino e o feminino é um desafio político, econômico e ambiental.   

A Rede Internacional Diálogos em humanidade, que articula movimentos cidadãos em vários países, percebeu, em seu recente encontro em Lyon, nesse mês de julho de 2015 (foto acima), que precisa avançar para uma estrutura que continue a reconhecer as tarefas ativas ditas "masculinas" (dos que estão à frente dos eventos e ações, por exemplo), mas também aquelas ditas "femininas" (que dão suporte e acolhimento para que os processos ativos tenham continuidade). Do mesmo modo, estruturas organizacionais que mantenham cooperação, fluidez e horizontalidade (Yin), como a dos Diálogos no mundo e a do Brechó Eco Solidário em Salvador, precisam ser capazes de vigorosa ação (Yang) coletiva em âmbito internacional. A intensidade das crises sistêmicas em que se encontra a humanidade se aprofunda e somos chamados/as a agir com urgência e sabedoria.

A Conferência do Clima da ONU, a COP 21, que acontecerá em dezembro de 2015 em Paris, será certamente um momento de mobilização da sociedade civil mundial. Muitas redes internacionais estão imaginando ações positivas, que mostrem o comprometimento cidadão com os desafios humanos e da Terra e que expressem nossa unidade na diversidade. Pode ser, por exemplo, o plantio de árvores em um dia preciso em vários cantos do planeta, para mostrar que enquanto os governos vacilam nos seus delírios capitalistas de crescimento econômico ilimitado, os cidadãos e cidadãs assumem responsabilidade duradoura de cuidar da Natureza, de manter a vida. Convido a todos e todas a conhecer esses movimentos cívicos que, de algum modo buscam equilibrar o masculino e o feminino em nós, como a rede Diálogos em humanidade, a rede Cidades em Transição, a rede Global de Ecovilas e muitas outras.


Categorias

Articulações internacionais, Meio-ambiente, Política

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