Ir para o conteúdo
Mostrar cesto Esconder cesto

Projeto Nacional de Comercialização Solidária

Voltar a Blog
Tela cheia Sugerir um artigo

Balanço demonstra avanços do Comércio Justo no Brasil

26 de Janeiro de 2010, 22:00 , por Desconhecido - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
Visualizado 916 vezes

Alguns relatos apontaram neste sentido durante o seminário “Perspectivas de Construção de Comércio Justo no Brasil: propostas estratégicas”, atividade realizada dentro do seminário nacional “Comércio Justo e Solidário nos Mercados Nacionais”, que aconteceu durante a 1ª Feira Mundial e 1º Fórum Social Economia Solidária, em Santa Maria-RS.

Experiências concretas de apoio à comercialização nos empreendimentos foram apresentadas por representantes de entidades como a Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários (Unisol), a União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes) e a Plataforma de Articulação do Comércio Justo e Solidário (Faces do Brasil). O Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES) e as secretarias Nacional de Economia Solidária (Senaes / Ministério do Trabalho e Emprego) e de Desenvolvimento Territorial (SDT / Ministério do Desenvolvimento Agrário) também participaram do painel.

Idalina Maria Boni (Unisol) destacou a promoção de redes e cadeias produtivas, citando dez cadeias atualmente priorizadas pela entidade – confecção, artesanato, fruticultura, reciclagem, mel (a rede mais forte), metalurgia, agricultura familiar, cooperativas sociais, alimentação e construção civil.  Há o esforço de articular a cadeia das sementes na região Norte, cujo lançamento deve acontecer em março ou abril deste ano. Ela destacou as relações internacionais que têm aberto oportunidades para cadeias produtivas, a exemplo da cadeia de confecções em algodão orgânico, que terá 20 dias de divulgação em Barcelona no mês de fevereiro próximo.

Com 1.100 cooperativas filiadas em todo o país, a Unicafes investiu em ações de fortalecimento dos empreendimentos inserindo o tema do comércio justo de maneira transversal em todos os estados do país. O representante Maik Arruda fez menção em especial à Caravana Nacional do Cooperativismo Solidário, criada no intuito de percorrer vários estados após ser iniciada no Rio Grande do Sul.

A Unicafes também realiza um mapeamento para conhecer a capacidade de comercialização das cooperativas associadas. A idéia é criar um sistema de informação que sirva de base para novas estratégias de comercialização no futuro, onde constem, por exemplo, dados sobre o acesso ao mercado institucional das compras governamentais, ampliado com a lei da merenda escolar (exige que prefeituras comprem no mínimo 30% dos alimentos consumidos nas escolas da agricultura familiar). Outro foco da entidade é a rede interna de comercialização e consumo, para que grupos de agricultores que beneficiam matérias-primas comprem de outros produtores familiares.

Fabiola Zerbini, secretária executiva do Faces do Brasil (rede de entidades que representam grupos produtivos e ONG’s que promovem formação e assistências técnica), assegura o grande esforço para politizar o tema da comercialização, com objetivo de promover desenvolvimento sustentável. Uma das metas da entidade é construir estratégias articuladas e integradas que experimentem essa reflexão política, para inovar na prática da comercialização.

Daniel Tygel, do FBES, propôs de ações para fortalecer o comércio justo que estão sendo apoiadas politicamente pelo Fórum Brasileiro. Destacou:

  • uma campanha com a sociedade sobre consumo responsável;
  • promoção da troca de informações entre empreendimentos;
  • ações junto a parlamentares para aprovação da Lei da Economia Solidária;
  • fortalecimento dos empreendimentos para o abastecimento da merenda escolar;
  • implementação de um sistema participativo de garantia de produtos e empreendimentos;
  • criação de um rede de comercialização, estoque e logística; e
  • viabilização do Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidário (SNCJS).

Os representantes da SDT, Vital Flores e Arturo Palma Torrer, e da Senaes, Haroldo Mendonça, destacaram ações governamentais que têm promovido o desenvolvimento do comércio justo e solidário, com destaque para o Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidário que está sendo implementado.


Fonte: http://www.ims.org.br/?p=624

0sem comentários ainda

    Enviar um comentário

    Os campos são obrigatórios.

    Se você é um usuário registrado, pode se identificar e ser reconhecido automaticamente.

    Cancelar