Ir para o conteúdo
Mostrar cesto Esconder cesto

Projeto Nacional de Comercialização Solidária

Voltar a Blog
Tela cheia Sugerir um artigo

Maristas participam da Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescente

10 de Dezembro de 2009, 22:00 , por Desconhecido - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
Visualizado 355 vezes
Thayene Nogueira (à esq.) participou de painel da Conferência

Thayene Nogueira (à esq.) participou de painel da Conferência

O Distrito Federal participou com 49 delegados(as), sendo 23 crianças e adolescentes. Quatro eram de unidades sociais Marista, dois do Projeto Acolher (moradores da comunidade da Fercal, em Sobradinho-DF) e dois do Centro Marista Circuito Jovem da Ceilândia-DF. Thayene Nogueira, do Circuito, compôs a mesa do painel sobre Participação de Crianças e Adolescentes em Espaços de Construção da Cidadania.

Durante a Conferência, delegados e delegadas debateram e aprovaram teses sobre Diretrizes da Política de Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente. Elas expressavam o resultado de um trabalho de construção coletiva do qual participaram milhares de pessoas em todo o Brasil, ao longo de sucessivos debates nas conferências municipais, regionais, estaduais e distrital dos Direitos da Criança e do Adolescente. O processo se estendeu por todo o ano de 2009.

As 67 teses deliberadas pelo Conanda, com base na sistematização das propostas apresentadas nacionalmente, estavam divididas nos eixos: Promoção e universalização dos direitos em um contexto de desigualdades; Proteção e defesa no enfrentamento das violações de direitos humanos de crianças e adolescentes; Fortalecimento do sistema de garantia de direitos; Participação de crianças e adolescentes nos espaços de construção da cidadania; e Gestão da política. A entrega do Plano Decenal está prevista para julho de 2010, mês em que o Brasil comemora 20 anos de vigência do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Pela primeira vez a organização dos eixos da Conferência Nacional expressa sua coerência com o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH). A consolidação do Sistema de Garantia de Direitos, a proteção e defesa de crianças e adolescentes com direitos ameaçados ou violados, o acesso universal a políticas sociais de qualidade, o combate às desigualdades, bem como o direito de opinião e participação de crianças e adolescentes receberam destaques nos eixos orientadores do PNDH III e na 8ª Conferência. Com efeito, as linhas estruturantes da 8ª Conferência já sinalizam para a concretização das metas estabelecidas no PNDH.

CIDADE DOS DIREITOS
Em paralelo à Conferência, ao lado do Centro de Ulysses Guimarães, funcionou a Cidade dos Direitos, uma instalação que reproduzia, de forma lúdica e didática, as principais instituições de uma cidade para sensibilizar e educar para a proteção dos direitos de meninos e meninas no país. A iniciativa foi da Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH), da Presidência da República.

Um dos espaços da Cidade, que funcionou durante Conferência

Um dos espaços da Cidade que funcionou durante Conferência

A Cidade tinha a estrutura de um espaço interativo, desenvolvida arquitetonicamente para promover a participação cidadã e proporcionar aprendizagem, conhecimento e vivência aos(às) visitantes. Foram estudantes de 30 escolas de ensino fundamental e médio, além de meninos e meninas de abrigos e de programas sociais do Distrito Federal. Todos eles participaram de atividades programadas nas visitas monitoradas e receberam kit pedagógico.

Visitantes eram recebidos e recebidas na casa falante, que apresentava a Cidade dos Direitos e explicava o funcionamento das instituições responsáveis pela promoção e defesa dos direitos de crianças e adolescentes. O público era informado, na prática, sobre o papel do Plenarinho, do Conselho Tutelar e de Direitos, do Ministério Público, da Delegacia e da Vara Especializada da Infância e da Juventude, da Prefeitura e da Defensoria Pública.

No Espaço Educomunicação foram realizadas oficinas de rádio e TV para garotos e garotas, contando com estúdio e equipamentos para registrar o evento. Existia ainda o Espaço Sustentabilidade, a Escola Cidadã, a Praça dos Direitos e o Espaço Cultura e Diversidade, onde foram apresentadas sessões intercaladas de cinema e teatro para mostrar a diversidade cultural brasileira.

PLENÁRIA FINAL
Na plenária final foi definido o texto final das propostas, recomendações e moções dos participantes. Entre as propostas formuladas, uma que mereceu destaque se refere ao currículo escolar: a lei 11.525/2007 exige o ensino do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) nas escolas do ensino fundamental. Aspectos jurídicos como o fortalecimento dos Conselhos Tutelares, o funcionamento adequado dos Conselhos das Crianças e Adolescentes e o aumento na criação de varas da infância e da juventude foram ressaltados.

Outros pontos do documento buscavam inserir cada vez mais as crianças nos espaços de discussão, como por exemplo, na proposta 48 de efetivar mecanismos para a garantia de participação de crianças e adolescentes em audiências públicas do Poder Legislativo nas esferas municipais, estaduais e federais. Garotos e garotas seriam convidados permanentes com direito a voz, inclusive em Comissões Temáticas e Grupos de Trabalho.

A partir destas propostas, o grupo de trabalho, que envolve nove ministérios e consultores do Conanda, fará a entrega do documento para o presidente Lula e outros candidatos a cargos políticos, com o objetivo de que eles assinem um termo de compromisso. Antes disso, haverá um encontro com os conselhos estaduais e municipais e também uma consulta pública, para que possam ser agregadas mais sugestões.

Durante toda conferência foi discutido o orçamento para que se efetuem tais políticas públicas e, para tanto, foram inseridos vários pontos como o de garantir a prioridade absoluta para a criança e o adolescente no ciclo orçamentário, tanto no Plano Plurianual, na Lei de Diretrizes Orçamentárias e na Lei Orçamentária Anual. A intenção é que se considere o princípio do co-financiamento das três esferas de governo, não havendo cortes orçamentários, contingenciamentos e remanejamentos para outras áreas que não sejam relacionadas à criança e ao adolescente. Formas de angariar mais recursos para os Fundos do Direito da Criança e do Adolescente também receberam atenção do documento.


Fonte: http://www.ims.org.br/?p=570

0sem comentários ainda

    Enviar um comentário

    Os campos são obrigatórios.

    Se você é um usuário registrado, pode se identificar e ser reconhecido automaticamente.

    Cancelar