Ir para o conteúdo
Mostrar cesto Esconder cesto
Voltar a Blog
Tela cheia

O avanço da coerência

28 de Setembro de 2015, 20:09 , por Débora Nunes - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
Visualizado 75 vezes

Claro que não estou falando da coerência dos membros da elite política, se é que podemos utilizar o termo “elite” para tantas personalidades que estão entre a ralé moral da humanidade. Os políticos que se mantêm honestos consigo mesmos e com suas bases eleitorais certamente se questionam se vale a pena estarem ali, em meio a tanta incoerência e mentira. Bem, como somos nós que os elegemos, é bom nos perguntarmos se estamos sendo coerentes como eleitores e se nossos representantes estão à altura das nossas expectativas e de nossa moralidade. O mundo da política reflete o mundo em geral e pra ele evoluir em integridade, nós precisamos ser mais exigentes.

Mas quero falar da coerência enquanto conceito e prática da sociedade atual e de como vejo essa palavra tornar-se um divisor de águas. Duas frases que são expressões de sabedorias antigas sobre coerência, uma milenar e outra de quase um século, foram ressuscitadas insistentemente nos últimos anos. “Se queres mudar o mundo, primeiro dê três voltas em sua própria casa” (provérbio chinês) e Nós precisamos ser a mudança que queremos ver”(Mahatma Gandhi). É sintomático que o mundo ocidental, que inventou o consumismo e a democracia representativa, encontre em um provérbio oriental e em um pensamento de Gandhi inspiração recorrente para a busca de coerência nos dias atuais.

O fato de que começamos a ouvir e ler estas expressões em ambientes acadêmicos, de engajamento político, empresariais, religiosos, etc., mostra o prestígio que a coerência começa a ter na atualidade. Não que ela já tenha se tornado uma prática tão difundida, pois o “jeitinho” brasileiro, por exemplo, tem mais prestígio e abre portas para corrupções cotidianas. Até a maravilhosa frase de São Francisco, “É dando que se recebe” tem deturpações no mundo político brasileiro que desonram sua origem de serviço desinteressado ao mundo humano e de relação com o divino. Apesar dos tropeços, o avanço da consciência humana é inexorável, e a vida com coerência é melhor de ser vivida. Mais uma vez Gandhi tem uma frase lapidar: “felicidade é quando o que você pensa, faz e diz estão em harmonia”.

Fiz uma tentativa de explicação sobre o avanço do nexo entre pensar- fazer- dizer no postJuventude e coerência”, mas hoje gostaria de mostrar provas sobre esse avanço através de experiências concretas e links que levam a elas. Vejam o caso dos jovens que reflorestam desertos no projeto Sadhana Forest, na India; ou de pessoas que resolvem compartilhar carros elétricos em Recife e no Canadá; ou de comunidades que vivem de modo sustentável em Simões Filho/Brasil e Auroville/India; ou da experiência Songhai, onde a África levanta a cabeça, e produz riqueza limpa e cooperativa; ou de movimentos que funcionam a partir de voluntariado e liderança compartilhada, como Brechó EcoSolidário e a rede internacional Diálogos em humanidade.

Se você tiver tido a curiosidade de entrar em alguns desses links você terá visto que um mundo mais coerente é um mundo melhor... e que ele existe!. Ajude-o a crescer fazendo a sua parte.


Categorias

Agroecologia, Consumo ético e solidário, Juventude

0sem comentários ainda

    Enviar um comentário

    Os campos são obrigatórios.

    Se você é um usuário registrado, pode se identificar e ser reconhecido automaticamente.

    Cancelar