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января 12, 2009 22:00 , by Unknown - | 1 person following this article.

“Os novos coletivos cidadãos” na internet e lançamento acadêmico

ноября 24, 2014 13:54, by Débora Nunes - 22 comments

 

Data: 27/11/2014, às 20h, durante a Semana de Análise Regional e Urbana, SARU. Local: Unifacs Paralela, Auditório da Torre Norte, no Imbuí.

Este livro fala de novos modos de organização cidadã, que estão renovando, no mundo todo, o sentido da palavra “política”. Para descrevê-lo, nada melhor que a fala do seu prefaciador, Ordep Serra:

 “Este livro de Débora Nunes e Ivan Malchef se dirige a outro tipo de gente: a quem não se conforma, a quem sabe indignar-se, a quem quer construir novos arranjos sociais em bases de justiça, apelando ao cabedal de saberes humanos de todas as fontes; a quem deseja abrir-se de forma sincera à comunhão do multiverso; a quem procura uma igualdade rica de belas diferenças; a quem se interessa pelos pósteros e deseja garantir seus direitos a um mundo habitável com alegria; a quem procura o convívio pacífico e criativo; a quem valoriza a solidariedade  e  quer dar-lhe o máximo alcance; a quem sonha com vida digna para todos e quer fazer democracia verdadeira, mas ao mesmo tempo percebe as dificuldades da tarefa. Ela exige não só a participação de muitos colaboradores – das mais diversas origens –, como também novos procedimentos, métodos ainda insólitos ou por criar”.

Quero acrescentar apenas uma frase da conclusão do livro, fruto de uma profunda amizade intelectual e espiritual entre Ivan Malcheff, francês, membro do movimento internacional “Diálogos em humanidade” e eu mesma, na nossa busca de impulsionar os novos coletivos cidadãos: “Um mundo diferente existe dentro de nossas mentes e de nossos corações, nossa missão é manifestá-lo juntos”.  

É com alegria que disponibilizamos o texto gratuitamente aqui. Para acesso do livro em papel, veja o site da Editora Kalango.

 



Juventude e coerência

ноября 19, 2014 22:45, by Débora Nunes - 0no comments yet

Nas manifestações de junho 2013, um fato encantou alguns e irritou outros: a insistência dos jovens em não designar líderes para as discussões com os governos. Quando havia alguma “comissão” para estas entrevistas, os representantes reiteravam que não eram líderes e sim “um manifestante como outros”. Para a geração anterior isto parecia um contrassenso: “se há reivindicações, há de haver líderes para serem porta-vozes do coletivo”, ou “se não há com quem negociar, como iremos avançar”?

Quem olha com esperança este comportamento pode encontrar aí uma semente para a política participativa de amanhã. Muitos jovens identificam com agudeza a incoerência de muitos líderes que “representam” o povo e que, na prática, defendem principalmente seus interesses pessoais, de grupos, de corporações, de partidos. Carregam a frustração de seus pais de verem tantos sonhos de ética na política esvair-se no ralo da vida real da “governabilidade”. Querem outra política na qual todos/as participem e os que são “porta-vozes” o sejam por um momento e voltem ao estatuto de cidadão comum quando a tarefa de servir ao coletivo tiver acabado. Muitos pensam e agem assim. De onde vem tanta coerência?

Esta é a primeira geração na qual uma parte significativa dos jovens tem liberdade de dizer em casa o que pensa, o que quer e o que faz. Defende seu ponto de vista face ao ponto de vista de pais menos autoritários; escolhe a profissão que quer seguir, mesmo que seja arte ou filosofia; diz que vai viajar com o namorado/a e não “com uma prima” e em muitos casos pode assumir em casa sua opção sexual, se ela não é a tradicional. Pessoas que não precisam mentir são menos tolerantes com a mentira alheia. Para estas, coerência não é virtude, é o normal, e se indignam ainda mais que seus pais com a vocação para a enganação de muitos políticos.  Para estas pessoas, comportamento privado e comportamento público não são distantes, como em gerações anteriores.

E há uma coisa mais nesta geração que os faz querer agir em grupo, de forma horizontal: o modelo das redes sociais. Com todas as fragilidades e os excessos desta forma de comunicação que se tornou tão presente na sociedade hoje, nela há muito mais igualdade de oportunidade de influir na vida social e política. Uma voz, ou um texto, quando faz sentido, pode provocar uma rede imensa de pessoas. Hoje é a opinião de um/a que mobiliza o grupo. Amanhã é a de outro/a. A rede é plana e cheia de nós nos quais cada pessoa é uma conexão que conta. Nada de estruturas verticais, piramidais, com um líder sobre os demais. Caminhamos para lideranças compartilhadas e sociedades mais participativas? As opções de muitos jovens hoje e as famosas manifestações de junho parecem indicar.



Experimentando novos cotidianos

ноября 10, 2014 15:34, by Débora Nunes - 0no comments yet

As experiências das ecovilas - pequenas comunidades vivendo de modo sustentável e praticando valores diferentes dos da sociedade convencional – vêm se aprofundando, se espalhando pelo mundo e trazendo exemplos inspiradores para quem quer viver de outra forma. Longe da corrida contra o tempo, do consumo irrefletido e da competição, estas comunidades buscam tranquilidade, sonhos e trabalho partilhado e uma vida mais simples.  Auroville, na India, Findhorn, na Escócia, Damanhur, na Itália, Longo Mai, na França, Cristal Waters, na Austrália, estão entre os exemplos que se destacam no mundo. Há uma rede mundial, a Global Network Ecovillage, que congrega muitas dessas experiências que significam projetos pilotos para uma sociedade diferente. 

A 25 quilômetros de Salvador, a Terramirim é uma comunidade intencional com experiência de mais de 20 anos, que recebe gente do mundo todo e mantém profundo enraizamento local, cuidando dos rios e da Natureza do entorno. Ali se vive um cotidiano de trabalho colaborativo, alimentação vegetariana e engajamento socioambiental. Fundada pela xamã e escritora Alba Maria, Terramirim propõe espaços dedicados aos elementos da Natureza - Terra, Água, Ar e Fogo como veículo de cura e conexão profunda com a Mãe Terra. A Bahia tem várias comunidades em desenvolvimento e todas recebem visitantes. Experimentar o cotidiano de uma dessas iniciativas pode abrir caminhos para revoluções tranquilas que se fazem no íntimo de cada um e constroem mudanças de impacto global.

 



Revoluções tranquilas: Jovens que plantam árvores

ноября 4, 2014 11:50, by Débora Nunes - 0no comments yet

A visão da terra desolada das proximidades de Auroville, no sul da India, que havia sido destruída pela erosão, não desanimou Aviran Rozin e sua mulher Yorit. Eles adotaram os 30 hectares que hoje abrigam o projeto Sadhana Forest e convidaram pessoas de boa vontade a ajudá-los a reflorestar. Em 10 anos, com a ajuda de milhares de jovens e com um processo de retenção de água no solo e plantio de árvores, essa área está se reverdecendo. O abastecimento do lençol freático se dá com pequenas barragens, diques e buracos nos quais se plantam as árvores. Essas crescem alimentadas por folhas e adubo que vem da compostagem dos resíduos da cozinha que alimenta os voluntários. Quase 20 mil árvores de 150 espécies locais verdejam o horizonte, seguindo a lógica da permacultura.

A proposta do Sadhana Forest é que os jovens que se associam ao projeto se tornem pessoas melhores em sua estadia, cultivando hábitos simples, trabalho cooperativo com a Natureza e muita alegria. O slogan do projeto é "Mais florestas para cultivar mais pessoas”. Este convite de Aviran e Yorit é respondido por jovens do mundo todo que recebem alimentação vegana preparada por eles mesmos, além de alojamento em troca de quatro horas de trabalho por dia. Ao longo dos anos os voluntários/as já construíram vários alojamentos sustentáveis, cultivaram hortas e árvores frutíferas, cada um contribuindo com aqueles que virão, num processo de colaboração baseado na sobriedade feliz.

Aviran Rozin esteve em Salvador durante o Brechó Eco Solidário 2014. O projeto Sadhana Forest está implantado também em áreas desoladas no Quênia e no Haiti. Porque não no Brasil? Os interessados conectem-se com Aviram, no site do Sadhana.

 

 



Programe-se para curtir o Brechó: dias 24 e 25/10 no Parque da Cidade

октября 17, 2014 15:33, by Débora Nunes - 0no comments yet

brecho2014-programacao-a3.pdf



Só é seu aquilo que você dá

октября 12, 2014 6:33, by Débora Nunes - 0no comments yet

Reinterpretando sabedorias ancestrais, Alexandre Leão, cantor e compositor baiano, criou a música Pop Zen, que diz “Tudo que você tem não é seu, tudo o que você guardar pertence ao tempo, que tudo transformará. Só é seu aquilo que você dá”.

Este convite ao desapego é o hino do evento Brechó Eco Solidário que acontece todo ano no final de outubro no Parque da Cidade, em Salvador. Este ano será nos dias 24 e 25 e vale a pena ir lá pra saber o que isto quer dizer, tanto no mercado de trocas de bens usados, quanto nas oficinas gratuitas de educação ambiental e autoconhecimento, nos shows de artistas que cantam e dançam de graça para o público, ou nos Diálogos sobre questões humanas. È encantador ver a capacidade de doação de centenas de pessoas vestidas de verde, no geral jovens, que trabalham por amor à causa ambiental e social do Brechó. O mundo é isto também: gente generosa que se doa em ações coletivas e não só a violência e corrupção que a mídia mostra.

Cada um pode fazer de memória um inventário das alegrias que sentiu dando algo - coisas, palavras e gestos - a conhecidos e desconhecidos. É sua aquela roupa ou ornamento que sua amiga/o usa e diz “ah, isto foi você que me deu! É seu aquele prazer de ouvir que alguém se olhou de outro jeito quando ouviu aquele seu elogio, ou aquela crítica construtiva que lhe fez crescer. Muito do carinho que se angaria ao longo da vida vêm dos momentos de atenção e cuidado para com as pessoas: um ouvido atento, um toque solidário, um sorriso cúmplice, ou uma lágrima compartilhada parece trazer tanto bem para quem doa quanto para quem recebe. 

Se é tão enriquecedor o gesto de oferecer, apenas histórias pessoais complicadas, circunstâncias vividas que trazem o medo de perder, de ser passado para trás, de algo vir a faltar no futuro, faz com que as pessoas se fechem. A consequência é que essas pessoas tendem a dizer não, mais do que sim, a não se doar com palavras, valorizando pouco os outros e têm comportamentos mesquinhos. Talvez valha a pena tentar convencê-las, como diz a música Pop Zen; o investimento é certo: para prover a você mesmo mais amor, mais sorte, e até mais bens, o caminho é dar mais de si, do que se tem, do que se é. Lute contra a tendência a guardar. Só é seu aquilo que você dá.



Dilma de novo, porém, com reforma política!

октября 6, 2014 13:50, by Débora Nunes - 0no comments yet

Quem luta contra a desigualdade no Brasil reconhece os saltos históricos que o país deu na era Lula/Dilma. O aumento do salário mínimo, o aumento do emprego, a construção de casas populares e o bolsa família fizeram do Brasil, em pouco mais de uma década, um país no qual a miséria não é mais a vergonha nacional, a fome é residual e a inclusão social é um fato do cotidiano. Isto incomoda alguns, mas o povo brasileiro apoia massivamente esta mudança profunda do país. O voto em Dilma representa este apoio, mas não só ele. Todos os candidatos e candidatas tiveram votos de pessoas que aprovam estas mudanças, mas que querem também avanços na política.

Os jovens sobretudo! o acesso dos mais pobres, dos negros e dos mestiços à Universidade - outra mudança promovida por Lula e Dilma - tem e terá repercussão cada vez maior no futuro do país. No governo do PSDB do professor Fernando Henrique, isto não esteve em pauta. Hoje há arquitetos/urbanistas originários de bairros pobres e que por eles trabalham; advogados que sofreram preconceitos e usam a lei para bani-los; médicos que viveram em favelas e atuam por melhorias nas condições de vida do povo; artistas que trazem a cultura popular para enriquecer o ambiente erudito... O Brasil real, da maioria, chega cada vez mais a posições de responsabilidade e de decisão e assim as mudanças avançam e se enraízam nas instituições, no serviço público, nas empresas, em todo lugar. E por isto mesmo esta juventude, assim como adultos e idosos, querem que a forma de fazer política também avance.

A corrupção como forma de conseguir hegemonia política, a força do poder econômicos no funcionamento do Congresso, Assembleias e Câmaras municipais... quase nada mudou desde a redemocratização. Muitos políticos de esquerda simplesmente aderiram ao status quo em nome da "governabilidade". O povo está muito mais educado e informado, a comunicação se descentralizou com as redes sociais, mas o universo da política profissional continua a ser um feudo de poucos. Surdos, infelizmente, em sua maioria, ao clamor popular por ética, pela melhoria dos serviços públicos, pelo planejamento de longo prazo do estado brasileiro, conduzidos por funcionários com carreira pública... Pede-se uma democracia cada vez mais direta na qual o/a cidadão/ã comum passe a ser mais consultado/a sobre decisões de caráter público. A proposição, por Dilma, da Política Nacional de Participação Social é um dos avanços possíveis. A reforma política e o controle social do exercício do poder são hoje imperativos democráticos.

Dilma e os partidos de sua base precisam assumi-los, pois Aécio não tem história para fazê-los e representa, nesta eleição, um retrocesso.

Avança Brasil!



Esperança nas ruas: de Nova York a Hong Kong, a cidadania se move por um mundo melhor

сентября 30, 2014 18:03, by Débora Nunes - 0no comments yet

Nesse início de primavera aconteceram eventos nos dois extremos do globo motivados por temas mobilizadores de cidadãos e cidadãs do planeta. Enquanto jovens chineses de Hong Kong manifestam-se por democracia e podem estar construindo a primavera asiática, milhares de pessoas foram às ruas no domingo 21 de setembro de 2014 para exigir que os governos tomem medidas drásticas para diminuir as emissões de gases de efeito estufa. A manifestação em Nova York mobilizou cerca de 300 mil pessoas e contou com a presença de Ban Ki Moon, secretário geral da ONU. Cerca de duas mil manifestações aconteceram por todo o planeta e trazem esperança para aqueles que há anos se envolvem na sensibilização da cidadania em torno das mudanças climáticas.

Os últimos dados sobre o degelo no ártico e a emissão de metano que pode acelerar rapidamente o aquecimento global não são alarmantes, pois os dados anteriores já o eram. Eles são simplesmente desnorteantes, na medida em que afirmam que o mundo em que vivemos já não será o mesmo nos anos vindouros. Encontrar um norte significa preparar-se para a transição. Não será possível reduzir as emissões sem mudar os modos de vida e de consumo das pessoas. Isto não é simples, mas será inevitável em um planeta em que a relativa estabilidade do clima, do fornecimento de água, do preço dos alimentos, etc. não seja mais garantida. Assumir o desperdício como um delito, passar a atentar para o modo como cada produto que consumimos é produzido, exigir durabilidade e renunciar às novidades que surgem a cada dia, entre tantos gestos necessários... Se o mundo é resultado daquilo que fazemos todos os dias, mudar o modo de vida é mudar o sistema econômico e social, é questionar o capitalismo e sua lógica destrutiva

Por outro lado, pensar na responsabilidade de cada pessoa para com o destino da humanidade significa também avançar no controle social dos governos em todos os níveis. Avanços democráticos precisam acontecer onde eles não existem, como na China. Nos países democráticos é a própria democracia representativa que é questionada, buscando-se avançar para uma democracia participativa. Mudanças tão drásticas podem trazer medos, porém, provavelmente, não haverá outro caminho do que a transição para um mundo mais sustentável e democrático. Esta é a ótima notícia que vem das ruas. Uma vida mais simples, mais sóbria, mais engajada nas questões coletivas, mais cooperativa, já é a opção de muitas pessoas que se manifestam e oferecem assim caminhos que precisam ser melhor conhecidos. Algumas pistas podem ser dadas seguindo as diferentes ações da economia solidária, do consumo consciente, das ecovilas e cidades em transição, das medicinas alternativas, da permacultura, etc.

 

Boa transição a todos e a todas! 

 



Permacultura: prática do futuro emergente

сентября 15, 2014 18:05, by Débora Nunes - 0no comments yet

 

Num mundo no qual o rápido, o fugaz e o superficial ainda são majoritários, não é estranho que alguém tenha pensado na cultura do que permanece.  Toda a história humana se fez assim: enquanto a maioria está em um estágio, há os que já pensam e vivem como o tempo que virá. Bill Mollison e David Holmgren fazem parte destes construtores de futuro e não é à toa que o conceito de Permacultura, criado por eles na Austrália no final dos anos 70, seja hoje tão importante no mundo todo.  

Envolvendo práticas agrícolas tradicionais e descobertas científicas contemporâneas, a permacultura significa criar ambientes sustentáveis, favoráveis à vida. Seja no campo ou na cidade, a integração de plantas, animais e humanos de forma mais próxima aos ecossistemas naturais significa perenidade, como só a Natureza sabe fazer. Quando a observamos e integramos seus princípios e significados, podemos planejar e intervir de forma permanente e contribuir para a abundância de alimentos, a conservação do solo e das espécies e o bem estar humano.

A Permacultura está na base da agricultura orgânica, da agroecologia, das agroflorestas, das ecovilas e de tantas outras iniciativas que vão se tornando cada vez mais conhecidas e respeitadas. Ela significa a busca de uma vida mais próxima e harmônica com a Natureza, encontrando seu próprio lugar e entendendo o lugar de cada outro elemento da grande Teia da Vida. Pra se iniciar no tema, o vídeo Como os lobos mudam rios, mostra, em emocionantes quatro minutos, toda a interconexão e interdependência que existe na Natureza e que a permacultura busca respeitar. Pra saber um pouco mais acesse o resumo do livro Os Fundamentos da Permacultura de David Holmgren e busque conhecer iniciativas de destaque como o Instituto de Permacultura da Bahia ou o Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado .

 

Conheça a bela síntese " A flor da permacultura"

https://www.permacultureprinciples.com/pt/pc_flower_poster_pt.pdf

 



A sociedade civil mundial avança: boa notícia para o mundo

сентября 7, 2014 10:38, by Débora Nunes - 0no comments yet

O novo milênio trouxe boas notícias com a articulação cada vez mais consistente de movimentos cidadãos em escala internacional. A primeira notícia alvissareira foi a organização do Fórum Social Mundial em Porto Alegre em 2001, com o slogan Outro mundo é possível. Desde aí o FSM só vem crescendo e articulando movimentos sociais em escala planetária, renovando um importante impulsionador da história humana que é a união dos que desejam mudanças. As conferências governamentais, particularmente sobre o clima, como a Rio+20, têm sido outro momento formidável de mobilização mundial.  Em 2012, no Rio de Janeiro, cerca de 300 mil pessoas mostraram alternativas para outro desenvolvimento do mundo, mais justo, sustentável e solidário.

Uma das redes internacionais presentes neste evento, a rede Diálogos em humanidade, tem presença destacada aqui em Salvador e está instalada em quatro continentes, se propondo a ser um “fórum global sobre a questão humana”. O evento baiano da rede é o Brechó Eco-solidário, que trabalha com troca de bens usados e moeda social e é inteiramente construído de maneira autogestionária, por voluntários/as. Os demais eventos da rede Diálogos em humanidade também trazem exemplos de “práticas do futuro emergente” para a construção de um mundo melhor.

Nos eventos  da rede Diálogos ocorrem rodas de discussão entre cidadãos comuns que focam os desafios da humanidade para além das discussões sobre o papel das classes sociais, dos governos, dos espaços geográficos. Pergunta-se nestes diálogos: o que em nós humanos constrói os resultados concretos que vemos no mundo em termos sociais, econômicos e políticos? Como os sentimentos genuinamente humanos – o medo e o amor, a raiva e a compaixão, o egoísmo e a generosidade, entre outros – conformam o estar no mundo da humanidade? Quando esta dimensão dos problemas humanos é tratada, fica mais fácil entender a máxima de Gandhi: “nós precisamos ser a mudança que queremos ver” e fica mais fácil engajar-se com profundidade.