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Boletim da RIPESS – Rede Intercontinental para a Promoção da economia social e solidária

28 de Julho de 2011, 21:00 , por Desconhecido - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Boletim Internacional de Desenvolvimento Local Sustentável
Boletim Informativo nº 78 – 1 maio de 2011
Sumário
Mensagem da equipe editorial 1
Comunicado do RIPESS 3
FIESS – Programação e inscrição 4
Mensagem da equipe editorial

O encontro dos membros do Conselho de Administração da RIPESS (Rede Intercontinental para a Promoção da economia social e solidária) em Paris, de 28 a 31 de março de 2011, constitui a principal informação deste boletim n° 78. Era a primeira vez, desde 2008, que a quase totalidade de seus membros podiam se reunir por um período de tempo bastante longo, para ter o tempo de informar-se sobre a atividade de uns e outros e de debater a fundo, conceitos e desafios. Este encontro foi possível graças ao convite da Fundação para o Progresso do Homem em parceria com a coordenação da RIPESS; esta coordenação é assegurada por Nancy Neamtan do Chantier de l’Économie Sociale do Quebec. É um acontecimento, um ponto de chegada e um ponto de partida para o movimento da economia solidária. Os grandes temas foram reexaminados, o que levou a verificar que valores comuns são partilhados. Uma base consensual sobre o projeto coletivo dos dois próximos anos é assumida por uma equipe realmente internacional, que assumiu certas práticas e está presente em todos os continentes. Um processo de trabalho se inicia com um calendário comum, construindo a agenda internacional cidadã. O Comunicado de 6 de abril, que reproduzimos abaixo, define as primeiras metas.

Para os três, é um momento muito feliz já que nosso longo companheirismo nos permitiu partilhar intensamente durante a parte não estatutária do encontro. É também um encorajamento para continuar nosso trabalho de informação das iniciativas das comunidades e das localidades, mas também dos acontecimentos e da vida das redes com as quais estamos articulados em todo o mundo. A construção da reciprocidade e a prova pelo exemplo das práticas são engajadas, bem como a organização das solidariedades em novas escalas e novas formas. A abordagem integra melhor a perspectiva de interligar o global e o local para fundar de novo a economia, partindo de nossos territórios respectivos. De fato, o global se encontra no local. É concreto, mas não menos complexo para instalar democraticamente complementaridades e cooperações nas práticas locais, nas disposições gerais, nas regulações e nos comportamentos… Os desafios são imensos para transições pacíficas em direção a novos horizontes de desenvolvimento, para reduzir as desigualdades, estancar a pilhagem dos recursos naturais, sair do nuclear, fazer aceitar a noção de decrescimento em lugar da de crescimento. Como passar da situação atual àquela de um planeta viável para todos?

Dois pedidos, expressados durante o encontro, recorrem à dimensão alternativa revisitada estas últimas décadas pela economia solidária. Membros da RIPESS, cujos países de sua região conhecem atualmente revoltas populares contra as ditaduras, perguntam-se como fazer progredir a cultura democrática de suas sociedades. Aprendizagens coletivas existem em nossas redes, mas a declinação para esta escala está para ser inventada, o que se constitui em verdadeiro desafio para a cidadania e a paz mundial. Um pedido provém de nossos amigos japoneses que sofrem as consequências de decisões que eles não quiseram: pedem-nos para abrir o debate sobre a energia nuclear, cujas catástrofes são destruidoras da vida naquilo que ela tem de mais fundamental. Para a eficácia dos socorros, a organização das solidariedades, em um primeiro momento, é local, mas no meio e longo prazo, eles desejam que se abra o debate que poderá definir o mundo que queremos. Pensando em nossos descendentes. Sem um verdadeiro debate de fundo sobre o futuro que desejamos, como validar um consenso bastante sólido para ter sustentabilidade? Se não fizermos isto, com a experiência e os resultados já obtidos, quem o fará?

O Boletim quer contribuir para estas perspectivas conservando sua clara linha editorial: a autonomia, partir da base, a medida modesta de um engajamento voluntário, ao serviço da difusão das respostas concretas e das convergências coletivas para ganhar influência e capacidade de afirmação. Nós temos a convicção que as abordagens alternativas são hoje mais realistas e mais oportunas que a irresponsabilidade acelerada pelo seu próprio movimento que reina nas cúpulas e que nos levou ao desastre. Sempre demos uma grande importância, desde o início de nosso boletim em 2003, à construção das solidariedades, além das culturas e das línguas. É o motivo pelo qual publicamos este boletim em quatro línguas, pois há ainda muito poucos intercâmbios de conhecimentos e relações horizontais de ajuda mútua entre habitantes, lá onde eles vivem, com aqueles que, em outros países, outras línguas, em outras escalas, buscam construir e fazer conhecer novas formas de organização solidária, para sair do modelo atual de sociedade.

Por isso, como leitores assinantes, expressem seu ponto de vista sobre: a pertinência, os conteúdos e a alargamento do impacto do boletim… para que juntos possamos fazer progredir estes objetivos no difícil momento atual. E para comunicar relatos de experiências em suas respectivas regiões do mundo.
Equipe editorial
Judith Hitchman
Yvon Poirier
Martine Theveniaut
O Conselho de administração da RIPESS (Rede Intercontinental para a Promoção da economia social e solidária), reunido em Paris, de 28 a 31 de março de 2011, tomou nota dos avanços significativos do movimento da economia social e solidária em todos os continentes e confirmou sua determinação para continuar e reforçar seu trabalho de promoção da economia social e solidária como resposta à crise que nosso país atravessa!

A RIPESS, que se apoia antes de tudo sobre as dinâmicas de cinco redes continentais, agrupa milhares de organizações e de empresas de economia social e solidária. O Conselho tirou partido de um encontro de quatro dias em Paris para declarar que mais do que nunca a economia social e solidária (ESS) é uma alternativa necessária ao modelo dominante de desenvolvimento que continua a gerar pobreza e exclusão e que levou o nosso planeta a uma crise ambiental aguda.
Este encontro permitiu observar o fato de que as redes continentais se consolidam na África, na Europa, na América latina e no Caribe, na Ásia bem como na América do norte. O Conselho definiu uma estratégia para facilitar as comunicações e prosseguir o trabalho de construção de redes continentais sólidas.

Os representantes de diferentes continentes chamaram a atenção do Conselho para situações que exigem um apoio imediato e uma reflexão de maior alcance. As revoltas dos povos árabes levantam a questão do caminho a seguir e da estratégia econômica que deve prevalecer para responder às aspirações expressadas por estes levantes populares. Além da solidariedade imediata e concreta que devemos expressar a nossos irmãos e irmãs japoneses, como responder às questões levantadas por esta catástrofe nuclear se as relacionarmos com nosso modelo de desenvolvimento? Finalmente, a repressão em curso contra os movimentos populares no Honduras nos lembra que o desenvolvimento social e solidário deve caminhar de mãos dadas com o respeito aos direitos humanos e com o exercício da democracia.

Durante os próximos meses, o Conselho da RIPESS decidiu tirar proveito de vários eventos internacionais para prosseguir seu trabalho de promoção, concertação e de propostas para a economia social e solidária. O próximo encontro será o Fórum internacional da economia social e solidária (FIESS), que acontecerá em Montreal, Canadá, de 17 a 20 de outubro de 2011. Este encontro será uma oportunidade para refletir juntos, poderes públicos e sociedade civil, sobre as políticas necessárias para o desenvolvimento da economia social e solidária. O encontro Asian Solidarity Economy Forum, que acontecerá em novembro de 2011, em Kuala Lumpur, permitirá a representantes de vários países asiáticos adotarem uma estratégia comum para o desenvolvimento da economia social e solidária na Ásia. Em 2012, será na Tunísia que a Rede africana se encontrará para consolidar uma ESS com características africanas. Finalmente, convidado pela RIPESS da América latina e Caribe (RIPESS-LAC), a RIPESS marcou um encontro no Rio de Janeiro, no âmbito de Rio + 20, para ampliar a contribuição da economia social e solidária em um movimento mais largo para um desenvolvimento mais humano, mais sustentável e mais justo.

Em último lugar, o encontro da RIPESS em Paris permitiu constatar que, em que pese a realidades muito diversas, os atores da economia social e solidária em toda parte no planeta partilham uma visão e valores comuns. Eles entendem continuar a aprofundar as partilhas para melhor articular e, sobretudo, construir esta economia social e solidária que coloca o humano e o futuro de nosso planeta no cerne de suas preocupações.
Para mais informações:
Maude Brossard
Chantier de l’économie sociale –Canadá-América do Norte
[email protected]
FIESS – Programação e inscrição

Prezados (as) colegas, colaboradores (as), parceiros (as) e amigos (as),

É com muito prazer e entusiasmo que nós lhes anunciamos a apresentação em linha da Programação e a abertura das Inscrições para o Fórum Internacional da economia solidária (FIESS) que acontecerá em Montreal de 17 a 20 de outubro de 2011.

Todas as inscrições para este evento serão realizadas no site Internet www.fiess2011.org. No momento de sua inscrição, você poderá reservar um hotel para sua estadia e inscrever-se em uma das atividades organizadas em torno do FIESS, entre outras, visitas de campo em empresas de economia social.

No site, você encontrará também informação detalhada sobre as atividades e as apresentações programadas durante o FIESS, informações práticas sobre Montreal e o Palácio dos Congressos onde acontecerá o fórum e uma seção FAQ para responder a eventuais perguntas.

Será um grande prazer receber todos vocês em outubro!

Le Chantier de l’économie sociale
[email protected]


Fonte: http://www.coopssol.coop.br/?p=1897

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