XIII FEEPS
July 19, 2011 21:00 - no comments yetFEIRA ESTADUAL (Espaço em disputa) A Realização da 13ª edição da Feira Estadual da Economia Popular e solidária volta a ser palco de disputa. Com a Reforma do Largo Glênio Peres pelo Grupo VONPAR (Coca-cola). A Coordenação Estadual da XIII FEEPS reuniu-se nesta quarta 20/07 na sede da COOPSSOL para buscar formas de pressionar a administração Municipal a definir o espaço da Feira. A cada ano essa história vem se repetindo, pela realização de obras, as quais até o momento a que ocorreu foram a reforma/ampliação do Chalé e da praça contígua ao mesmo. As demais reformas foram cosméticas. Colocação de PIER em frente ao mercado e a construção de um anunciado chafariz que poucos sabem onde ficará. Todas estas alterações não trazem conflito com a realização de apenas 10 dias da Feira. O que mais chama a atenção é uma decisão de ‘liberar’ um estacionamento sobre o local com o argumento de favorecer o comércio e a ‘segurança’ do entorno. O que se discute é o uso do espaço público compartilhado por todas e todos que constróem essa cidade.
Wed, 20 Jul 2011 20:06:33 +0000
July 19, 2011 21:00 - no comments yetFEIRA ESTADUAL (Espaço em disputa) A Realização da 13ª edição da Feira Estadual da Economia Popular e solidária volta a ser palco de disputa. Com a Reforma do Largo Glênio Peres pelo Grupo VONPAR (Coca-cola)
Mon, 11 Jul 2011 13:21:53 +0000
July 10, 2011 21:00 - no comments yet
Orçamento do Estado para 2012 começa a ser debatido em todos os municípios gaúchos
A discussão participativa do Orçamento do Rio Grande do Sul para 2012 chega a todos os municípios gaúchos. Depois das debates nas 28 regiões dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes), a partir de agora todas as cidades vão discutir projetos prioritários, a partir das áreas estratégicas escolhidas durante as Audiências Públicas Regionais. O calendário está sendo organizado pelos coordenadores regionais da Participação Popular, junto aos Coredes. Em algumas regiões, os municípios serão agrupados em discussões conjuntas. Esta é a segunda fase de discussão do Orçamento Estadual 2012 através do Sistema de Participação Popular e Cidadã.
“Definimos um calendário que busca oferecer várias possibilidades de discussão à comunidade, e que é complementado pelos instrumentos virtuais. Esta mobilização vai ser fundamental para que consigamos chegar a projetos identificados com as características da retomada do desenvolvimento, com sustentabilidade, em cada região”, ressalta o secretário do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã, João Motta.
Depois da definição dos projetos de interesse dos municípios, serão realizados Fóruns Regionais que escolherão os projetos para inclusão na cédula da Votação de Prioridades, processo que acontece em todo o Estado no dia 10 de agosto. O calendário do Orçamento RS 2012 termina com a entrega do Orçamento à Assembleia Legislativa:
20/06 a 01/07 – Audiências Públicas Regionais (28 regiões de Coredes)
01/07 a 10/07 – Assembleias Municipais e Microrregionais
11/07 a 20/07 – Fóruns Regionais da Participação Popular e Cidadã
10/08 – Votação das Prioridades
20/08 a 30/08 – Fórum Estadual da Participação Popular e Cidadã
15/09 – Entrega da Proposta de Orçamento 2012 na Assembléia Legislativa
Orçamento Estadual
O Orçamento do Estado é elaborado pela Secretaria do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã, e deve ser encaminhado pelo governador à Assembléia Legislativa até o dia 15 de setembro de cada ano, na forma de proposta de orçamento (PLOA). Consta na proposta texto de mensagem do Chefe do Poder Executivo, onde são analisados os cenários macros e microeconômicos, as finanças estaduais, a regionalização das receitas e das despesas, os indicadores socioeconômicos e outros assuntos relevantes. Para a sanção da lei, o prazo encerra-se em 30 de novembro.
A promoção e organização dos debates regionalizados do Orçamento Estadual 2012 é da Secretaria do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã e dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes), com apoio do Gabinete do Vice-Governador, Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativas e Secretaria Executiva do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
Foto: Eduardo Seidl
Fonte: Governo do RS
Mon, 11 Jul 2011 02:44:26 +0000
July 9, 2011 21:00 - no comments yetOs intelectuais midiáticos, esses especialistas em mentira
Foi publicado na França este mês, mas poderia ter sido no Brasil. Os intelectuais farsantes – O triunfo midiático dos especialistas em mentira, do diretor do Instituto de Relações Internacionais e estratégicas e professor da Universidade de Paris VIII, Pascal Boniface, o livro retrata o tipo de “intelectual midiático” que prolifera pelo mundo afora e do qual nem a França, nem o Brasil ficaram excluídos.
A preocupação central dele não é com os que fazem análises equivocadas, mas com os que mentem deliberadamente para ganhar espaços midiáticos, a partir do qual se projetam como supostos “intelectuais” e ganham suposta “autoridade” para opinar sobre qualquer coisa. “São farsantes que fabricam a falsa moeda intelectual para garantir seu triunfo sobre o mercado da convicção”.
Como o fim justifica os meios, “a fronteira entre farsantes e mercenários não é clara”. Os que circulam pelas páginas econômicas articulam suas “verdades” com assessorias a setores empresariais. É um negocio redondo: publicam “preocupações” de empresas privadas – na verdade, seus “interesses” – depois de ter feito palestras e ouvido suas opiniões, de forma remunerada. Faz parte tácita do contrato, artigos defendendo os pontos de vista desses setores empresariais, como se fosse uma interpretação sobre os destinos e dilemas da economia do país.
Na primeira parte do livro, Boniface analisa o fenômeno e destaca alguns dos temas prioritários, como a defesa do Ocidente como defesa da democracia, Israel como ilha de civilização cercada de regimes totalitários que o querem destruir, o conceito de “islamofascismo”, o pânico do Islã.
Na segunda parte, ele analisa alguns personagens conspícuos, similares aos que temos no Brasil. O caso mais conhecido é o de Bernard-Henri Lévy: BHL (foto ao lado) é certamente o próprio modelo do farsante, o “mestre absoluto”, alguém que construiu sua carreira “manejando sem vergonha a mentira”.
Aqui nós conhecemos seus nomes ou pelo menos topamos em algum momento com suas caras, se zapeamos ao acaso pela televisão. Todos cabem na definição de Boniface, com suas carreiras perfeitamente enquadradas no conceito de “intelectual farsante”. (Um deles chegou até à Academia Brasileira de Letras.)
São exatamente o contrário do intelectual da esfera pública, aquele voltado para os grandes temas de interesse nacional e popular, oposto aos donos do poder, com abordagem alternativa e com linguagem acessível a todos.
Texto do professor Emir Sader, publicado no blog da editora Boitempo.
Por que não aceitei o prêmio do PNBE
July 5, 2011 21:00 - no comments yetNesta segunda, o Pensamento Nacional de Bases Empresariais (PNBE) vai entregar o prêmio “Brasileiros de Valor 2011″. O júri me escolheu, mas, depois de analisar um pouco, decidi recusar o prêmio.
Mandei essa carta aí embaixo para a organização, agradecendo e expondo os motivos pelos quais não iria receber a premiação. Minha luta é outra.
Espero que a carta sirva para debatermos a privatização do ensino e o papel de organizações e campanhas que se dizem “amigas da escola”.
Amanda
Natal, 02 de julho de 2011
Prezado júri do 19º Prêmio PNBE,
Recebi comunicado notificando que este júri decidiu conferir-me o prêmio de 2011 na categoria Educador de Valor, “pela relevante posição a favor da dignidade humana e o amor a educação”. A premiação é importante reconhecimento do movimento reivindicativo dos professores, de seu papel central no processo educativo e na vida de nosso país. A dramática situação na qual se encontra hoje a escola brasileira tem acarretado uma inédita desvalorização do trabalho docente. Os salários aviltantes, as péssimas condições de trabalho, as absurdas exigências por parte das secretarias e do Ministério da Educação fazem com que seja cada vez maior o número de professores talentosos que após um curto e angustiante período de exercício da docência exonera-se em busca de melhores condições de vida e trabalho.
Embora exista desde 1994 esta é a primeira vez que esse prêmio é destinado a uma professora comprometida com o movimento reivindicativo de sua categoria. Evidenciando suas prioridades, esse mesmo prêmio foi antes de mim destinado à Fundação Bradesco, à Fundação Victor Civita (editora Abril), ao Canal Futura (mantido pela Rede Globo) e a empresários da educação. Em categorias diferentes também foram agraciadas com ele corporações como Banco Itaú, Embraer, Natura Cosméticos, McDonald’s, Brasil Telecon e Casas Bahia, bem como a políticos tradicionais como Fernando Henrique Cardoso, Pedro Simon, Gabriel Chalita e Marina Silva.
A minha luta é muito diferente dessas instituições, empresas e personalidades. Minha luta é igual a de milhares de professores da rede pública. É um combate pelo ensino público, gratuito e de qualidade, pela valorização do trabalho docente e para que 10% do Produto Interno Bruto seja destinado imediatamente para a educação. Os pressupostos dessa luta são diametralmente diferentes daqueles que norteiam o PNBE. Entidade empresarial fundada no final da década de 1980, esta manteve sempre seu compromisso com a economia de mercado. Assim como o movimento dos professores sou contrária à mercantilização do ensino e ao modelo empreendedorista defendido pelo PNBE. A educação não é uma mercadoria, mas um direito inalienável de todo ser humano. Ela não é uma atividade que possa ser gerenciada por meio de um modelo empresarial, mas um bem público que deve ser administrado de modo eficiente e sem perder de vista sua finalidade.
Oponho-me à privatização da educação, às parcerias empresa-escola e às chamadas “organizações da sociedade civil de interesse público” (Oscips), utilizadas para desobrigar o Estado de seu dever para com o ensino público. Defendo que 10% do PIB seja destinado exclusivamente para instituições educacionais estatais e gratuitas. Não quero que nenhum centavo seja dirigido para organizações que se autodenominam amigas ou parceiras da escola, mas que encaram estas apenas como uma oportunidade de marketing ou, simplesmente, de negócios e desoneração fiscal.
Por essa razão, não posso aceitar esse Prêmio. Aceitá-lo significaria renunciar a tudo por que tenho lutado desde 2001, quando ingressei em uma Universidade pública, que era gradativamente privatizada, muito embora somente dez anos depois, por força da internet, a minha voz tenha sido ouvida, ecoando a voz de milhões de trabalhadores e estudantes do Brasil inteiro que hoje compartilham comigo suas angústias históricas. Prefiro, então, recusá-lo e ficar com meus ideais, ao lado de meus companheiros e longe dos empresários da educação.
Saudações,
Professora Amanda Gurgel