Fórum Goiano de Economia Solidária se posiciona sobre PL 865

Fonte: Fórum Goiano de Economia Solidária

Permanecermos na luta pelo ministério da economia solidária

Aos vinte dias do mês de abril de dois mil e onze, reuniram-se integrantes do Fórum Goiano de Economia Solidaria para analisar a conjuntura referente ao PL 865, encaminhado pelo governo ao Congresso Nacional e que inclui a Senaes no Projeto que cria a Secretaria Nacional da Micro e Pequena Empresa, com estatus de Ministério.

Após os informes apresentados pela companheira Joana os presentes semanifestaram reafirmando um documento preliminar enviado ao FBES no qual Goiás se posiciona pela rejeição de integrar o PL 865, considerando os seguintes motivos:

A Economia Solidária é um modelo de desenvolvimento fundamentado nos princípios da cooperação e da sustentabilidade em todos os níveis, o que se opõe a lógica da competitividade e da qualidade total.

Dia do índio é todo dia: nossa vida não é mercadoria

Por Daniel Tygel Fonte: www.cirandas.net/dtygel/blog/dia-do-indio-e-todo-dia-a-nossa-vida-nao-e-mercadoria

Hoje é o chamado "dia do índio". Mas sabemos que a resistência indígena acontece todo dia, o ano inteiro. Mesmo com toda a chamada "civilização" (termo bastante questionável) tentando eliminá-los, durante 500 anos, muitos destes povos continuam sua resistência. Mesmo sem política, programa, ação, sem apoio de deputados, governadores, prefeitos, eles continuam. Pois a maioria deles têm convicção de serem o que são. E pagam um preço alto por isso.

Os ataques continuam, como Jirau, Belo Monte, estradas cortando suas terras, os grandes fazendeiros, caçadores e pescadores depredando suas matas. Apesar disso, há muitas conquistas no movimento indígena, e, mais que o "movimento indígena" oficial, continuam as práticas nas suas terras, lutas por demarcação e por seus direitos, autonomia e diversidade cultural.

Acredito que a Economia Solidária tenha muito o que aprender com estes movimentos de resistência e formas diversas de viver e encarar a vida. Para além de palavras, a Economia Solidária tem a ambição de se basear nas práticas. Cada empreendimento autogestionário de economia solidária é ao mesmo tempo um núcleo de resistência e alternativa. É uma forma de viver e de dizer um NÃO a este maldito modelo de desenvolvimento que mata, destrói a vida na terra, gera acúmulo para uns poucos, e uma desigualdade crescente. Um modelo baseado no consumo desenfreado, na angústia de querer sempre consumir mais para tentar tapar o vazio da alma numa sociedade cada vez mais seca, competitiva e estúpida.