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Notícias da Economia Solidária na região

12 de Janeiro de 2009, 22:00 , por Desconhecido - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
Fonte: site do FBES (www.fbes.org.br)

Bloquinho do Brincar: espaço que garante o direito do brincar e ser criança

8 de Janeiro de 2016, 12:55, por Fórum Brasileiro de Economia Solidária (Sudeste) - 0sem comentários ainda

Por: Léu Brito (texto e foto)

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Conheça o espaço que contribui para o desenvolvimento da criança através da brincadeira. Fica dentro da favela da Erundina, zona sul

Educação infantil é coisa séria no Bloco do Beco, associação cultural dentro do Jd. Ibirapuera, zona sul de São Paulo, que abriu suas portas em 2002. Tal preocupação com o desenvolvimento de crianças e adolescentes é a base do trabalho da ONG. Tanto que eles criaram um espaço exclusivo para o desenvolvimento da educação infantil dentro da favela da Erundina, numa casa que tinha uma garagem e dois cômodos, e se transformou num prédio de três andares para garantir um espaços de brincar para as crianças.

O sonho começou quando Arailda Carla Aguiar Vale, 42 anos, e seu marido Luiz Cláudio, gestor-fundador do Bloco, decidiram trabalhar com cultura e transformação social. "Na época, ele se dedicou fazendo cursos de terceiro setor. E fomos nos integrando às redes locais envolvidas com cultura, como a Rede Social Sul, a Brava Companhia no Sacolão, a Casa dos Meninos, Rainha da Paz entre outros coletivos", diz Carla.

Em busca da sede própria, o casal percorreu vários imóveis até se estabilizar próximo do ponto final do ônibus do Jd. Ibirapuera. Mas a dificuldade de achar outro lugar que abrigasse somente as atividades voltadas pras crianças era o desafio. "A dificuldade em manter nosso aluguel na primeira sede do Bloco do Beco, apertou. Eu comecei a sondar novas casas para alugar, até que uma amiga, agente de saúde, disse que uma tia estava alugando uma casa na favela da Erundina"; Sobre a conquista da casa Carla revela que "no imóvel tinha uma garage e dois cômodos. Alugamos, mas já deixamos indicado pra proprietária, que queríamos mesmo é comprá-lo. Após um ano e meio conseguimos juntar o valor para comprar. Para reformar tudo, recorremos ao financiamento coletivo da plataforma Catarse e outros eventos, assim conseguimos o valor e durante dois anos conseguimos subir 3 andares, deixando o prédio com mais ambientes", explica.

Assim nasce o "filhote", o Bloquinho do Brincar, uma brinquedoteca livre para toda e qualquer criança, mas sem a cara de ser uma escolinha ou creche padrão. "Quando os pais vêm fazer a inscrição, já deixamos claro que somos responsáveis pela integridade deles aqui dentro, mas se eles quiserem ir embora a qualquer momento tudo bem, não vamos proibir, pois aqui é um espaço livre com regras, mas não tem a função de regular a entrada e saída deles como uma creche ou escolinha", salienta Anabela Gonçalves, 34 anos, coordenadora pedagógica do espaço.

No meio da entrevista, Guilherme de cinco anos interrompe nossa entrevista, bravo com a irmã, pois segundo ele, ela teria "roubado" do seu banco de valores imaginário, ameaçando tacar uma brinquedo nela, caso ela não devolvesse o que "roubou". Ali estava explícito o que a Anabela me explicava sobre essa proposta do espaço de auxiliar no desenvolvimento de cada um que frequentar, através dessa pedagogia que criança tem mais é que brincar mesmo e assim aprender valores.

"Nosso pensamento com o bloquinho era oferecer um espaço que eles não tem em casa. Porque geralmente as casas são pequenas e não tem uma liberdade", completa Carla. E mais, cria um ambiente seguro para quem frequenta e trabalha no local. "Aqui nunca teve nenhuma tentativa de roubo ou invasão para levar qualquer objeto. Tanto que em 2009, nós ganhamos todo um conjunto de computadores, instrumentos musicais e equipamentos para o nosso maracatu e até hoje, mais de cinco anos, trabalho aqui neste local e nada foi roubado", cita isso com alivio e orgulho do respeito que os frequentadores do ambiente do tráfico nunca violaram o prédio com portas e janelas simples.

Vitória de 9 anos que estava junto de nós na mesma mesa desenhando, compartilhou conosco o que lhe motivou a passar as tardes do dia no Bloquinho. "Um amigo da minha sala que convidou pra brincar no campo aqui do lado. No outro ele disse se eu gostaria de conhecer um espaço legal pra brincar. Eu vim e estou gostando de ficar aqui até hoje. Depois convidei até minha prima, mas ela não vem mais, pois tem que ficar em casa cuidando do seu irmão menor". E pergunto onde ela estaria e fazendo o que se não houvesse um espaço como aquele, ela prontamente diz, "Em casa vendo televisão sozinha".

Fortalecidos na proposta que o futuro melhor se faz com crianças que se desenvolvem fase a fase de forma saudável e direcionada que o Bloquinho do Brincar mantem suas portas abertas na rua Acédio José Fontanete, 86 - Viela da Química - Favela da Erundina, Jd. Ibirapuera de segunda a sexta-feira das 9h às 17h a faixa etária do público é até 12 anos. Fica a dica do espaço cultural para manhãs ou tardes dos seus filhos.



Diálogos e Convergências em 2016

6 de Janeiro de 2016, 10:56, por Fórum Brasileiro de Economia Solidária (Sudeste) - 0sem comentários ainda

Por Secretaria-Executiva do FBES

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Uma articulação que nasceu com o objetivo de debater o tema da Agroecologia, Saúde e Justiça Ambiental, Soberania Alimentar, Economia Solidária e Feminismo. e se propor a relacionar estes temas para defesa e construção de outro modelo de desenvolvimento. Ela envolveu diversos movimentos sociais, inclusive o Fórum Brasileiro de Economia Solidária.

Em 18/12/2015, foi realizada a Caravana Territorial do Rio Doce, em Minas Gerais envolvendo diversas organizações e movimentos sociais. Em ata escrita:

"Encontro Diálogos e Convergências pela Articulação Nacional de Agroecologia coincidiu com a tragédia de Mariana. Nesse contexto surgiu a ideia de uma Caravana Territorial na região atingida, e foi realizada uma discussão sobre essa proposta nos dias 27 e 28 de novembro de 2015 durante o Seminário Estadual da Caravana Agroecológica e Cultural do Rio de Janeiro "Existe Agricultura no Rio de Janeiro: Existe, Resiste e Alimenta", promovido pelo Projeto Comboio Agroecológico do Sudeste. Na reunião diferentes organizações 1 reunidas em Casimiro de Abreu/RJ promoveram duas rodas de conversa para compartilhar experiências, olhares e discutir ações conjuntas em torno do crime/tragédia/desastre decorrente do rompimento das barragens de rejeitos de minério de ferro em Mariana/RJ, da Samarco-Vale-BHP. Foi então marcada a reunião de Belho Horizonte no dia 18/12 para dar continuidade à proposta."

Acesse a ata da reunião em: http://migre.me/sCFmj



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Comunicação, Organização do movimento, Região Sudeste