Ir para o conteúdo
Mostrar cesto Esconder cesto
Tela cheia Sugerir um artigo

Notícias da Economia Solidária na região

12 de Janeiro de 2009, 22:00 , por Desconhecido - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
Fonte: site do FBES (www.fbes.org.br)

Histórico do capitalismo levantou importantes reflexões no quarto dia da Oficina

4 de Agosto de 2011, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Por Secretaria Executiva do FBES

Image
Foto: Tide

No quarto dia (04/08) da Oficina Nacional o tema do histórico do capitalismo e das lutas sociais foram os foco dos debates, facilitado pelo educador da Escola Nacional Florestan Fernandes Francisco de Pádua.

A atividade se iniciou com sua apresentação: "O capitalismo inicia com a expulsão dos camponeses do campo, concentração nas cidades, mas encerra seu próprio fim, porque conecta as pessoas. Um homem não faz a revolução sozinho, atos unidos é que podem mudar com a consciência de classe."

"No capitalismo temos a liberdade perante a lei, sensação de ser livre quanto mais somos dependentes da mercadoria. O estado tem um papel regulador nisso, enquanto máquina de manuteção e reprodução da desigualdade, com a justiça legitimando a moral capitalista, e a desigualdade social." Neste sentido, colocou-se a questão, até onde podemos ir junto ao estado?

O MST compreende a emancipação como é uma forma de organização social aonde não hajam desigualdades, e a luta imediata não diminui a desigualdade, mostra o conhecimento da desigualdade, os melhorias imediatas não podem se sobrepor a luta maior de mudança da sociedade para o socialismo.

O amor real é de classe

Quem ama luta

Quem luta ama

Os debates sobre o tema ocorreram em grupos, com questões fundamentais para serem refletidas pelo movimento de economia solidária:

1.O conflito ou a luta de classe que acontece atualmente tem sido uma luta aberta ou dissimulada?

2.Qual a alternativa para a classe trabalhadora hoje?

3.O que temos feito até hoje tem dado alternativa para a classe trabalhadora ou são apenas formas paliativas que não alteram a estrutura do capitalismo?

4.Aonde temos que gastar as energias revolucionárias da classe?

Nas reflexões os debates levantaram uma diversidade e complexidade de questões, dentre elas: a falsa sensação de bem estar com o consumo, o crédito, os benefícios sociais que mascaram o conflito social e de classes e dentro disso, não se deixar cooptar por políticas públicas temporárias que freiam a luta; os conflitos entre a teoria que não representam a prática cotidiana; a necessidade de manter sentimento de indignação, denúncia e resistência para continuar na luta; o desafio da autonomia política do movimento e do FBES; dificuldade de participação do mundo rural; se unir enquanto classe trabalhadora e unificar o projeto através da articulação dos movimentos populares nacionais e internacionais; a ecosol não pode ser cooptada pelo capitalismo, tem que ser alternativa e não complementação, e para isso precisa intensificar a formação política de base.

Outras questões foram levantadas, como: quais mecanismos de participação para fortalecer o FBES? Qual nosso método para formar nossos militantes? que cultura cultivar? Há perspectiva junto aos partidos? O EES estão conscientes de que são os protagonistas para transformar o sistema?

Nas contribuições do MST foram colocadas o conceito de movimento social como aquele com um projeto que olha para frente, com projeto político, que tenha organização, que se reconheça e organize sua luta. A análise sobre o estado tem que se manter crítica, assim como a mudanças dentro da perspectiva dos partidos políticos, que hoje se focam mais na disputa eleitoral, sem expressar um projeto político.

Ao final do dia, um simbólico casamento entre o MST e a economia solidária foi momento de descontração e representação da união de forças.

Nos momentos culturais, o cordelista presente Edigar contribuiu com um cordel sobre o dia anterior da Oficina:

Vo fala in pureza Puxando pela inspiração Dizendo o que qui aconteceu Onte numa reunião Cum tanta muié bunita Falando pro povão

Bicho besta é o matuto Eu tava no mei daquele povo sabido Vendo eles falar Um negócio bem cumprido Eu como num sabia nada Fiquei só de ovido

Uma tá de políiia púbrica Muitos começaro discusar Tinha uma pessoá lá do sítio Otos era da capitá Uns intendia alguma coisa Otos num quisero falar

Uma muié falava pro medonho Ota começava cantá Uma falava de rede Eu pensava que era de deita Oto falava de conomia E eu só fazia iscutá

Vei uns home importante Muito bem studado Falava umas estranha Eu nunca tinha escutado Vi quando uma moça se spoletô Parecendo um leão infezado

Eita muierada braba As que vi onte aqui Uma tá de pimenta Parecia um boi no giqui Quando tá muito brabo Queremos se scapulir

Uma tá de Catarine Viro uma fera valente Spoleto-se também Katiucia pula lá na frente Das Alagoa grito Neno Assanhado que só um jumento

Jaqueline mostrava um pape Com alguma coisa escrita Rosana botava a mão na cara Tatiana baixa a vista Lidia oiava prum lado e outro E os home baixando a crista

Dizem que japonês Tem os oi apertado Mas onte vi uma tá de Keiko Com os zoi arregaldado E Tide no canto da parede Ficava bem de bico fechado

Ontem o povo tava brabo Com o qui foi falado Os homi sabido Ficaro mei maguado Mai o povo resistiu Pro num ter concordado

Querendo apaziguá Penha aparece sem demora Pedindo disculpa aos homi Mai o povo sem demora Asseguro sua fala E os cara foro imbora

Gente peço desculpa a todos Por está brincando É uma forma de discontrair E continuarmos caminhando Fazendo essa economia Que aos poucos esta chegando Pois é através dos debates Que vamos nos apropriando E fortalecendo este movimento Que um grande espaço esta conquistando

(Edigar, o abençoado)



Terceiro dia da Oficina Nacional debate concepções de economia solidária

3 de Agosto de 2011, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Por Secretaria Executiva

Image
Foto: Tide

Começando o dia (03/08) com a música popular da educadora Lídia Vasconcelos de Roraima, o terceiro dia de formação da Oficina Nacional de Formação Política na escola do MST em São Paulo, aprofundou as concepções de economia solidária a partir do campo sindical, da igreja, da democracia socialista, da universidade e do MST.

A atividade foi iniciada com uma linha do tempo do movimento, que trouxe os principais momentos históricos e acumulativos da economia solidária no Brasil, e na sequência, inserindo a trajetória de cada educador/a presente sobre como e quando entrou na construção desta proposta de socialismo.

A apresentação das concepções ocorreu com convidados: Ademar Bertucci/ Cáritas, Dione Manetti/Democracia Socialista do PT, Geraldo/MST, e pelo campo sindical infelizmente não pode participar a representação da Unisol. Algumas questões geradoras foram colocadas para a reflexão e o debate: Qual a compreensão de sociedade? Qual foco de ação? Qual papel da educação na economia solidária? Quais limites e desafios?

O dia trouxe o desafio de entender algumas das diversas concepções que se tem sobre a cooperação, sobre a estratégia de conquista do socialismo, sobre a proposta da economia solidária. E trouxe o desafio sobre a necessidade do estudo, da leitura, da reflexão entre teoria e prática, da adaptação frente aos conflitos e as contradições, e principalmente, o aprendizado com um movimento social já constituído e com aprendizados de luta.

A cada dia da formação os núcleos de base, organizados entre os educadores no primeiro dia, realizam as atividades de manutenção do espaço: distribuição da alimentação, limpeza e organização. Uma forma de confrontar a teoria com a prática, o exercício de uma nova cultura, da partilha e da construção coletiva.

Enquanto leitura preparatória para a Oficina, os textos estão disponíveis em: www.cirandas.net/cfes-nacional



Como fazer análise de conjuntura foi tema do segundo dia da Oficina Nacional de formação política

1 de Agosto de 2011, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Por Secretaria Executiva

Image
Foto: Tide

O segundo dia (02/08) da Oficina Nacional de Formação Política e Economia Solidária em Guararema, na Escola Nacional Florestan Fernandes, iniciou com um momento de mística, com gritos de ordem do MST e da Economia Solidária ao lado das bandeiras do MST e da Via Campesina.

O tema central foi Como fazer análise de conjuntura, facilitado pelo membro da Secretaria Geral do MST, Daniel Pereira.

Daniel trouxe ferramentas e elementos para ajudar a trabalhar a análise de conjuntura com as bases, partindo de uma visão marxista.

"Na Grécia o destino da pessoa estava marcado, não tinha como mudar, escrito pelos deuses. Hoje também há pessoas que acham que as coisas são imutáveis, assim foi, assim será. Já Marx colocava algo diferente, a possibilidade de mudarmos a realidade, e para mudá-la temos que conhecê-la", iniciou Daniel.

A análise de conjuntura busca organizar o contexto, montar um grande quebra-cabeça destas peças, dar uma organicidade neste conjunto e mostrar suas relações. Por exemplo, cada jornal de circulação apresenta as notícias de uma forma, faz seus destaques e recortes, tem suas colunas, isso com um motivo, uma intencionalidade.

A partir do momento em que se define a identidade e aonde se quer chegar, define-se o caminho, partindo de uma análise de conjuntura para desenhar estes caminhos e estratégias.

Os elementos apresentados por Daniel para fazer a análise de conjuntura foram os seguintes:

Acontecimentos: diferenciando o que são fatos e ocorrências, do que são acontecimentos de maior importância, além de colocá-los em ordem de importância e hierarquia. Os acontecimentos são analisados a partir da posição e da classe, ou seja, da subjetividade do sujeito que faz a análise

Cenários: o espaço aonde ocorrem os acontecimentos, cenário tanto como local físico, quanto como clima social

Atores: papéis que são desempenhados no contexto, de pessoas físicas e/ou jurídicas, de classe e de grupos sociais que são ativos no processo

A ausência e omissão de atores também muda o cenário, mudando correlação de forças.

Relação de forças: seja de confronto, coexistência, cooperação que estarão sempre revelando uma relação de domínio, de igualdade ou subordinação, não sendo algo imutável, sofrendo mudanças constantemente.

Articulação entre "estrutura" e "conjuntura": foi trazida a partir de uma análise marxista da sociedade, da estrutura econômica e da superestrutura política.

Corte conjuntural: na análise de conjuntura tem que ser percebido o tempo passado e futuro, ou seja, para refletir sobre certo contexto há necessidade de elementos temporais mínimos e perceber a relação entre as coisas, o movimento e o ritmo dos acontecimentos.

O MST, por exemplo, antes apenas ocupava terras improdutivas, e a partir da análise de conjuntura, passaram a ter um confronto mais forte, mostrado pelas mulheres. Mesmo sabendo que a correlação de forças é desfavorável passaram a ocupar grandes produções, enquanto forma de luta e enfrentamento em uma conjuntura mais difícil.

Nos debates, foram trazidos exemplos de experiência de conjuntura na economia solidária, por exemplo com o pl 865 em que o governo construiu um contexto e depois o movimento somou forças para buscar reverter o quadro, somando-se ao Grito da Terra e realizando as audiências públicas e mobilizações nacionais.

Além disso, foi visto a importância da análise de conjuntura para os EES, que na maior parte do tempo ficam limitados as questões econômicas e de sobrevivência, sem uma iserção política mais clara e forte. As proposições levantadas foram de que os empreendimentos precisam se empoderar desta luta, fortalecer o projeto de sociedade que queremos com a economia solidária. Isso se relaciona a forma como até então a economia solidária está organizada, qual o peso dos atores e contra quem se faz a sua luta e quem são os aliados.



Oficina Nacional de Formação Política e Economia Solidária se inicia na Escola Florestan Fernandes

31 de Julho de 2011, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Por Secretaria Executiva

Image
Foto: Tide

Começou hoje (01/08) o primeiro dia da Oficina Nacional de Formação Política e Economia Solidária na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), com cerca de 45 pessoas representantes de fóruns locais de economia solidária e participantes dos Cfes, de todo o país.

A ENFF foi construída entre 2000 e 2005 por militantes do Movimento dos Sem Terra (MST), em mutirões, doações coletivas e solidárias. É uma referência internacional na formação da classe trabalhadora, servindo a atividades de formação de diversos movimentos, além do próprio MST. Tem diversos espaços, alojamento, biblioteca, auditório, horta, criação, espaços de lazer e cultura.

Segundo Enedina, educadora da ENFF, "este é um espaço para fortalecer o estudo e a solidariedade na construção e formação da classe trabalhadora, uma escola dos povos da América Latina". Cerca de 500 professores voluntários atuam na Escola, e a manutenção ocorre por doações dos assentamentos e militantes. Por opção política, a ENFF não recebe nenhuma ajuda do poder público.

A proposta pedagógica da escola tem como pilares:

Estudo e trabalho, sem separar a teoria da prática, com o trabalho visto também enquanto momento de formação, num movimento constante entre teoria e prática (práxis) e produção do conhecimento para transformação da realidade

Mística e cultura, para preservação da memória e interação

Organicidade, com a organização de núcleos de base e equipes de trabalho rotativas

Marxismo, retomando-o como método de formação e luta

Image
Foto: Tide

Há outros espaços físicos de formação pelo país, no nordeste, Eldorado-PA, Planaltina-DF e RJ, além de muitos trabalhos em campo e em parcerias com universidades e movimentos sociais.

O principal objetivo da Oficina Nacional de Formação atividade é fortalecer o movimento de economia solidária no país, com a experiência, parceria e o acúmulo da formação política do MST e a apresentação de concepções de economia solidária e o histórico do movimento no país, para o conhecimento e o empoderamento dos participantes para socialização nas bases.

Todos os participantes ficaram emocionados com a proposta e o local de realização da oficina, que segue até sexta-feira. A cada dia da Oficina, buscaremos socializar os pontos principais debatidos durante as atividades.

Saiba mais

Os objetivos centrais do MST se relacionam a terra, reforma agrária e socialismo, sendo que o modo de organização que ocorre nos acampamentos, ocorre na ENFF. A mudança do sistema socioeconomico ocorre com a mudança de ruptura, que requer outro jeito de organização, ou seja, organicidade, um modo para atingir seus objetivos. O MST se organiza em Núcleos de Base nos acampamentos, em diversos setores: saúde, educação, formação, produção, entre outros, com uma coordenação em cada um deles. Assim como na ENFF.

Site do MST: www.mst.org.br

Site da Associação dos Amigos da ENFF: http://amigosenff.org.br/

Poema de Bertold Becht lido hoje:

Nossos inimios dizem

Nossos inimigos dizem: a luta terminou

Mas nós dizemos: ela começou

Nosso inimigos dizem: a verdade está liquidada.

Mas nós dizemos: nós a sabemos ainda.

Nosso inimigos dizem: mesmo que ainda conheça a verdade.

Ela não pode mais ser divulgada.

Mas nós a divulgamos.

É a véspera da batalha.

É a preparação de nossos quadros.

É o estado do plano de luta.

É o dia antes da queda.

De nossos inimigos.



Oficina Nacional "Formação Política e Economia Solidária" começa hoje

31 de Julho de 2011, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Fonte: www.cirandas.net/cfes-nacional

Começa hoje, 01 de agosto, a Oficina Nacional sobre Formação Política e Economia Solidária. O evento acontecerá no espaço Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema/ SP, e se estenderá até o dia 05 de agosto.

O objetivo do evento, promovido pelo Centro Nacional de Formação em Economia Solidária, em parceria com a Escola Nacional Florestan Fernandes, é contribuir para a apropriação, pela base, das deliberações e organização do movimento de economia solidária, a partir de intercâmbios, leituras políticas da realidade e das práticas de ES.

A programação do evento está disponível em www.fbes.org.br/?option=com_docman&task=doc_details&Itemid=18&gid=1447

Outras informações sobre o evento e textos de apoio que subsidiarão a oficina disponíveis no site do Centro Nacional de Formação em www.cirandas.net/cfes-nacional



Categorias

Comunicação, Organização do movimento, Região Sudeste