A política do café requentado
18 de Abril de 2011, 21:00 - sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.Por Luigi Verardo
Insistir no caminho próprio ou deixar para depois porque a conjuntura agora só permite estar no espaço da pequena e micro empresas é uma questão de vida ou morte para quem está construindo a Economia Solidária e autogestão.
Questão de natureza: somos de realidades distintas porque nossa relação não é de capital, mas de pessoas. Administrar o negócio e estar organizado sem relação de dominação (subalternidade, submissão) é radicalmente diferente da relação que se dá intermediada pelo capital, seja ele grande ou pequeno. É por conta disso que não queremos abrir mão de nossa identidade de princípio e de ação. Os fóruns estão dizendo isso na última plenária e nestas últimas consultas.
Questão de método: é pela fala e, principalmente, é pela ação que se constrói. É pela solidariedade autogestionária que se educa para autogestão. Por conta disso é que sempre buscamos garantir debates abertos, democráticos (nas plenárias e nos fóruns, por exemplo) e não entre quatro paredes com articulações ou negociações de uma cúpula minoritária que tudo decide. Assim, esta questão remete às formas de se fazer política. Por quê? Porque se pode fazer política com participação direta e não apenas através de representação. Isto é num modelo diferente do que se faz na política por representação sindical ou partidária. Não são as únicas formas. Felizmente! De forma semelhante, a questão de se estar ou não estar no governo; é importante a participação institucional, mas nã o indispensável ao ponto de se perder a identidade. Porque, aí, é fim de linha.
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