Por Maria Augusta

Após fazer mais uma das Oficina do CFES em Setembro último, em Finanças Solidárias, com a Cáritas, voltei apaixonada e entusiasmada pelo que é feito Brasil afora, pelos empreendimentos autogestionários, através dos Fundos Solidários de sementes, animais e recursos financeiros. O de animais me chamou muito a atenção, pois um empreendimento solicitou um matriz caprina e um bode. Após a gestação, foi devolvida aos Fundos Solidários, uma matriz e um bode, para que outra família pudesse fazer sua criação. Um espetáculo de ação comunitária!

Várias outras experiências exitosas, como a do coletivo de nosso companheiro Farnésio (integrante do CFES), do norte da Bahia, foram mostradas: pouco e variados recursos, mais muitíssimos impulsionadoras de novos produtos. Tudo através do coletivo Fundos Solidários. Sem juros, sem taxas extras, mas com muita solidariedade, resolvendo todas as dificuldades que eventualmente surgem.

Cheia de entusiamo, assim que cheguei ao Rio de Janeiro, socializei a ideia dos Fundos Solidários em nosso Fórum territorial da Baixada de Jacarepaguá, e então demos o nome correto a experiência que já começáramos a praticar a três meses anteriores: Fundos Solidários. Normatizamos a experiência após a oficina que foi realizada e estamos logrando êxito. Os companheiros dos EES administram o nosso Fundo, que apesar da contribuição mínima que eles mesmos, fixaram o valor em - R$ 2,00 -, já faz uma diferença significativa neste nosso Fórum.

Replicamos a ideia no Município de Nilópolis e lá, como o coletivo fixo tem cerca de sessenta pessoas, após a Oficina, orientamos que o valor poderia ser menor, pelo menos até um tempo onde se empoderem da prática financeira de entrada e saída dos ' recursos. Conclusão: sucesso absoluto! Os EES gerem maravilhosamente bem toda esta dinâmica de sustentabilidade! Cresce a confiança mútua, o empoderamento de saber fazer, do exercício da autonomia.

Agora pretendemos criar os Fundos Solidários dos Fóruns dos municípios do Rio de Janeiro e de São João de Meriti.

Conto estas experiências vividas e divido com vocês, para que se aprofundem nesta metodologia de desenvolvimento local, através do empoderamento dos empreendimentos coletivos, baseados na transparência e principalmente, na confiança mútua, que colabora muito para impulsionar, animar e promover a nossa Economia Solidária.

Já está dando certo !