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12 de Janeiro de 2009, 22:00 , por Desconhecido - | 1 pessoa seguindo este artigo.
Notícias publicadas no portal oficial da UFRB e clonadas nessa comunidade.

CPA busca maior participação na melhoria contínua dos serviços da UFRB

31 de Agosto de 2022, 17:48, por UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - 0sem comentários ainda

A Comissão Própria de Avaliação (CPA) prossegue com a sua função, em parceira com os Centros e Colegiados dos Cursos, de dar visibilidade e desdobramento aos dados coletados, compactados e analisados, dispostos no Relatório Parcial I e II do Quinto Ciclo Avaliativo 2021-2023 da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), já enviado para o INEP/MEC, bem como os dados da primeira da autoavaliação ocorrida entre junho e julho de 2022. A segunda etapa acontecerá no segundo semestre do corrente ano, finalizando mais um ciclo avaliativo.

Os Seminários das Devolutivas da avaliação estarão ocorrendo ao longo do segundo semestre deste ano, conjuntamente com as atividades de revisão do PDI da UFRB. Já foi realizado o Seminário de Devolutiva do CAHL e em breve estaremos nos demais Centros. A CPA também tem realizado reuniões com integrantes da Reitoria, Centros de Ensino, Pró-Reitorias e Superintendências da instituição explicando a importância da CPA, do envio de dados dos setores dentro do prazo e do relatório parcial.  A reunião com a Administração Central ocorreu recentemente na Sala dos Conselhos, Campus Cruz das Almas, contando com a presença do reitor, pró-reitores e superintendentes. 

A CPA tem entre suas atribuições a condução dos processos de avaliação internos da UFRB, bem como de sistematizar e prestar as informações solicitadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). O Relatório de Avaliação Institucional responde a uma necessidade legal expressa a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), e na Lei Nº 10.861, de 14 de abril de 2004, que instituiu o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES, além de contemplar a análise global das dimensões, estruturas, relações, compromisso social, atividades, finalidades e responsabilidades sociais da UFRB e de seus cursos. “Uma captação mais efetiva de dados institucionais, nos diversos setores da universidade, e um maior envolvimento da comunidade acadêmica no processo de Avaliação Institucional no tempo e na qualidade esperados, possibilita a produção de um relatório mais preciso e completo institucionalmente”, explica o coordenador da CPA, professor Lucas Santos Cerqueira, para quem houve um crescimento significativo no número de participantes nas respostas do questionário de autoavaliação, mesmo considerando o período de pandemia de Coronavírus - COVID-19. Contudo, ressalta que é preciso planejamento e organização para manter os dados institucionais atualizados, sistematizados e disponíveis para consolidação do relatório em conjunto com a consulta à comunidade.

Lucas Cerqueira explica que a maior a participação de todos os segmentos da comunidade universitária e da sociedade civil torna o diagnóstico da realidade da UFRB ainda mais relevante e desafiador. Já a comunicação das ações das unidades administrativas permite que a comunidade tenha a magnitude da sua contribuição para a manutenção exitosa do sistema universitário UFRB. Ao se reconhecer nas ações de melhorias implementadas administrativamente e pedagogicamente, a comunidade mantém ativa a vontade de contribuir com a universidade.

A CPA realça que as informações consolidadas e contidas no documento servem como alicerces importantes para monitorar a atuação da universidade e para subsidiar as suas ações em articulação aos objetivos e metas do PDI (2019-2030).  Segundo trecho do Relatório, planejar, monitorar, avaliar e avançar na direção de uma universidade plural, pública e de qualidade só é possível se todos os sujeitos das comunidades interna e externa tomarem o destino dessa instituição em suas mãos, influenciando as decisões e os caminhos de crescimento e desenvolvimento da UFRB. 

Para Lucas Cerqueira, a participação na Avaliação Institucional deve ser voluntária e estimulada, sem perspectiva obrigatória e punitiva, alinhando-se com uma abordagem contemporânea de avaliação que visa o aprimoramento contínuo, ainda mais pela responsabilidade inerente da prestação de um serviço essencial e transformador para a sociedade. Todos os atores conscientes do seu papel colaborativo com a gestão da UFRB, devem ser estimulados a se manifestar de modo adequado e assertivo na autoavaliação. Já os demais setores da instituição devem estar vigilantes e comprometidos com a disponibilização de informações atualizadas, consistentes, precisas e de qualidade, para que “relatório não apresente inconsistência por problema no fornecimento de dados ou no atraso nas informações solicitadas, dificultando análises substantivas, cruzamento de dados e informações e a construção do relatório, como produto final”. 

O processo de avaliação é contínuo e sistemático. A CPA reforça que os setores administrativos, os Centros Acadêmicos e o Núcleo Docente Estruturante (NDE) de cada curso na UFRB devem discutir os relatórios internamente, incorporando-os aos seus processos gerenciais e pedagógicos, projetando ações que possam mitigar pontos críticos apontados na avaliação, como reforçar os pontos de destaque, não perdendo do horizonte do cumprimento das metas e objetivos do PDI e da missão institucional da UFRB.  

A análise dos resultados da Avaliação Institucional, como também a análise dos relatórios de desempenho de outras avaliações e indicadores, como ENADE, IGC e de indicadores de governança da TCU, por exemplo, são importantes ferramentas de gestão na busca pela melhoria de desempenho acadêmico da universidade.

Segundo Lucas Cerqueira é importante fortalecer a cultura de avaliação e a incorporação dos resultados da avaliação como instrumento de gestão e de auto-organização, fortalecendo a autonomia e garantindo a responsabilidade histórica de todos os sujeitos partícipes do processo de permanência e de desenvolvimento da UFRB. 

Mais em ufrb.edu.br/cpa.

Conheça: Relatório de Autoavaliação Institucional.



Estudante da UFRB é premiado na 33ª Reunião Brasileira de Antropologia

31 de Agosto de 2022, 16:41, por UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - 0sem comentários ainda

O estudante da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Danrlei de Oliveira Moreira, recebeu o Prêmio Lélia Gonzalez de melhor artigo, durante a 33ª Reunião Brasileira de Antropologia, ocorrida de 28 de agosto a 3 de setembro.

O artigo intitulado "Cês acharam que eu ia morrer cedo? Narrativas e projetos de vida de jovens homens negros em Cachoeira-BA" discute "o que estou vivendo nesse momento: que são projetos de vida de jovens homens negros de Cachoeira. A partir da perda de amigos, e do sentimento de isolamento na faculdade, dos meus iguais. Procurei a partir de um viés antropológico e nativo, saber e compreender quais eram e como se estabeleceram projetos vitais de 3 jovens do bairro da Rua da Feira, um dos bairros com maior estigma social dentro da cidade de Cachoeira", explica Danrlei.  

Para o estudante, "Cachoeira esconde através de seus títulos históricos, uma série de necropolíticas aplicadas direta e indiretamente pelo Estado brasileiro. Nesse sentido busquei entender através das narrativas desses jovens e suas mães, qual efetividade subjetiva que esses jovens têm em suas trajetórias, e, como estão construindo vida em um cenário de morte engradado pelo Estado". 

Danrlei integra o grupo de pesquisa Patrimônio, Territorialidade e Violência, orientado e coordenado pelo professor Osmundo Pinho; tem 28 anos, é cachoeirano, MC, agitador cultural na cidade onde realiza oficinas de rap em escolas públicas e bairros periféricos com atuação no Recôncavo baiano. 

O artigo foi selecionado e premiado na categoria graduação por um Comitê de Antropólogos Negros da Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e visa estimular novas carreiras, dando visibilidade à produção original e de reconhecida qualidade acadêmica de pesquisas desenvolvidas na graduação e na pós-graduação, em universidades brasileiras, por estudantes negros.

Danrlei é estudante do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, Cultura, Desigualdade e Desenvolvimento (PPGCS), do Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL). Formou-se no bacharelado em Ciências Sociais pela UFRB defendendo a monografia “Cês acharam que eu ia morrer cedo? Narrativas e projetos de vida de jovens homens negros em contexto de antinegritude, uma análise no bairro rua da feira, em Cachoeira- BA". 

Prêmio Lélia Gonzalez  

O prêmio é um reconhecimento à contribuição do pensamento de Lélia Gonzalez à Antropologia brasileira e à luta contra o preconceito, a discriminação e o racismo. Lélia Gonzalez foi pioneira nos estudos sobre Cultura Negra no Brasil e cofundadora do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras do Rio de Janeiro (IPCN-RJ), do Movimento Negro Unificado (MNU) e do Olodum. 

O Concurso de âmbito nacional e tem por objeto a seleção de Melhor artigo de recém-graduado (Modalidade 1), com resultado de pesquisa antropológica desenvolvida na graduação entre os anos de 2020 e 2022, em universidades brasileiras; Melhor dissertação de mestrado (Modalidade 2); e Melhor tese de doutorado (Modalidade 3), defendidas entre os anos de 2020 e 2022, na área de antropologia social. 



UFRB inicia levantamento das necessidades de práticas esportivas na instituição

31 de Agosto de 2022, 13:43, por UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - 0sem comentários ainda

A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e a Federação de Boxe do Estado da Bahia (FBEB) divulgam a realização de levantamento de dados para diagnóstico esportivo da comunidade acadêmica da instituição.

Estudantes, docentes, técnicos e terceirizados podem participar por meio do questionário online. O tempo médio de resposta é de dois minutos.

O levantamento é parte das ações do Projeto de Desenvolvimento Territorial de Esporte e Lazer, termo de cooperação técnica UFRB/CCAAB/FBEB, iniciativa do Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas (CCAAB), para contribuir com políticas públicas para o desenvolvimento do esporte e lazer na UFRB e para a instalação do Centro de Referência Esportiva do Recôncavo Núcleo de Desenvolvimento do Esporte e Lazer (NUDESTEL).

A cooperação, com duração de cinco anos, tem como objetivo desenvolver ações de esporte e lazer para a comunidade acadêmica e de seu entorno.

Responda o questionário online.



Submissão de trabalhos para o Fórum 2022 na UFRB segue até 18 de setembro

30 de Agosto de 2022, 18:36, por UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - 0sem comentários ainda

A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) recebe trabalhos para a 16ª edição do Fórum Pró-Igualdade Racial e Inclusão Social do Recôncavo, o Fórum 2022, até o 18 de setembro. O evento celebra a importância histórica, política e pedagógica do Dia Nacional da Consciência Negra (20 de novembro) e ocorre de forma híbrida (atividades presenciais e virtuais) de 8 a 11 de novembro.

A submissão de trabalhos ocorre até o dia 18 de setembro, por meio de formulário on-line, nas modalidades de comunicação oral ou apresentação artístico-cultural. O Fórum 2022 visa fomentar produções acadêmicas, científicas e culturais, considerando o processo de adoção e implementação das políticas de ações afirmativas no Brasil. As apresentações de trabalhos ocorrerão durante as sessões temáticas de forma virtual ou presencial.

Confira o Edital de Submissão de Trabalhos.

Juventude Negra e Democracia: Viver, Esperançar e Transformar

Com o tema "Juventude Negra e Democracia: Viver, Esperançar e Transformar", o Fórum 2022 celebrará o protagonismo da juventude negra no processo de reconstrução do país por meio de apresentações artísticas, sessões temáticas, oficinas, minicursos e lançamento de livros.

Inscrições

As inscrições para o Fórum 2022 estão abertas até o dia 08 de novembro e podem ser realizadas no Sistema Integrado de Atividades Acadêmicas (SIGAA). Confira o tutorial em vídeo da inscrição em eventos no SIGAA.

Propostas de Minicursos e Oficinas

As submissões de minicursos e oficinas podem ser feita até 03 de outubro, por meio de formulário on-line. As atividades deverão ter 02 horas de duração e serão aceitos até três ministrantes por submissão.

Confira o Edital de Submissão de Minicursos e Oficinas.

Chamada para Lançamento de Livros

Autores que tiveram livros publicados entre 2020 e 2022 com temáticas voltadas às políticas de ações afirmativas, relações étnico-raciais, África e africanidades, literatura, juventudes, artes e culturas negras, democracia, inclusão social e afins podem realizar o lançamento das obras durante o Fórum 2022.

As submissões dos livros podem ser feitas até o dia 30 de setembro, por meio de formulário on-line. O lançamento dos livros ocorrerá nos dias 09 e 10 de novembro.

Confira o Edital de Lançamento de Livros.

Mais informações sobre o Fórum 2022 no site ufrb.edu.br/forum.



Pesquisa da UFRB recomenda adequação de armadilha para captura de siris

30 de Agosto de 2022, 12:05, por UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - 0sem comentários ainda

Exemplares de siris capturados em São Francisco do Paraguaçu, na Reserva Extrativista Marinha (RESEX-mar) da Baia do Iguape, município de Cachoeira, no Recôncavo Baiano e em outras áreas de pesca da Baía de Todos os Santos, na Bahia, por meio de armadilhas de pesca artesanais sinalizam a necessidade de adequação do tamanho da malha, a fim de evitar que os siris sejam capturados antes de atingir a maturidade sexual ideal.

Os siris são crustáceos semelhantes ao caranguejo, mas com carapaça achatada, e o último par de pernas torácicas em forma de nadadeira. O nome "siri" deriva da palavra “ceri”, que em língua guarani significa remo. As espécies de siri, particularmente do gênero Callinectes, são muito importantes economicamente para os pescadores artesanais no mundo, além de possuírem relevância ecológica nas regiões litorâneas. Aqui na região do Recôncavo, esses crustáceos são muito consumidos na forma de "catado". 

Em pesquisa conduzida pelo Laboratório de Macroinvertebrados Bentônicos e pelo Laboratório de Ecologia Aquática e Aquicultura, vinculados ao Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas (CCAAB) da Universidade Fedaral do Recôncavo da Bahia (UFRB), em parceria com a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), os siris das espécies Callinectes danae (siri-tinga) e Callinectes ornatus (siri-de-coroa), capturados mensalmente, entre os meses de agosto de 2013 a julho de 2014, com a ajuda de pescadores  de São Francisco do Paraguaçu e utilizando armadilhas do tipo gaiola (as mesmas usadas pelos pescadores locais).

Os pesquisadores e professores da UFRB Sérgio Schwarz da Rocha e Moacyr Serafim Júnior, em parceria com os pesquisadores Fabrício Lopes de Carvalho (UFSB), Edson dos Reis Souza, ex-aluno do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da UFRB e Robert Wagner dos Santos Cardim, ex-bolsista de Iniciação Científica da UFRB, descreveram os resultados da pesquisa no artigo científico “Maturidade sexual de Callinectes danae e C. ornatus no estuário do rio Paraguaçu, Bahia, Brasil” publicado no Boletim do Instituto de Pesca (2022). 

A análise dos dados permitiu aos pesquisadores estimar o tamanho da primeira maturação (L50) das duas espécies do ponto de vista morfológico, morfométrico e fisiológico. As estimativas de L50 em Callinectes danae foram: morfológica=55,80 mm, morfométrica=59,04 mm e fisiológica=60,41 mm para machos e morfológica=54,63 mm, morfométrica=55,33 mm e fisiológica=57,29 mm para fêmeas. Considerando Callinectes ornatus, as estimativas foram: morfológica=42,63 mm, morfométrica=50,81 mm e fisiológica=43,95 mm para machos e morfológica=42,33 mm, morfométrica=42,75 mm e fisiológica=40,43 mm para fêmeas.  

Para os pesquisadores, a determinação do tamanho de maturidade sexual de ambas as espécies são fundamentais para o estabelecimento dos tamanhos mínimos de captura e para a definição de estratégias de gestão e sustentabilidade deste importante recurso pesqueiro. 

Desta forma, os pesquisadores recomendam que os tamanhos mínimos de captura devam ser estabelecidos em 61.00 mm para C. danae e 51,00 mm para C. ornatus, a fim de garantir um melhor manejo da atividade de pesca do siri em São Francisco do Paraguaçu e outras áreas de pesca da Baía de Todos os Santos.   

Além disso, os pesquisadores observaram altas porcentagens de siris (67,9% para C. danae e 59,3% para C. ornatus) capturados abaixo do tamanho da primeira maturação. Esses percentuais indicam que a malha utilizadas na montagem dos petrechos de pesca (gaiolas) pelos pescadores artesanais de São Francisco do Paraguaçu precisa ser ajustada, a fim de evitar a captura de animais imaturos. 

Os pesquisadores recomendam que os órgãos federais competentes atualizem as normas que regulamentam a exploração de siris na costa brasileira, com a definição do tamanho mínimo de captura com base em estudos científicos recentes e preferencialmente com valores diferenciados para cada espécie em cada região do litoral brasileiro e que C. ornatus seja incluído na legislação, uma vez que esta espécie também é incluída no "catado". 

A última portaria do setor sobre o assunto - SUDEPE N° 13, de 21 de junho de 1988 -  normatiza a proibição da “captura, a industrialização e a comercialização da fêmea ovada do siri-azul (Callinectes danae e C. sapidus).”   

Segundo os professores Moacyr Serafim Júnior e Sérgio Schwarz da Rocha, estudos como este contribuem para a formação de recursos humanos qualificados e demonstram que os conhecimentos científicos gerados pela UFRB podem ser aplicados diretamente pela sociedade civil organizada na melhoria do ordenamento da pesca e manejo sustentável dos recursos pesqueiros na região da Baía de Todos os Santos. 

Siris na Baía do Iguape 
 
O litoral do estado da Bahia apresenta uma grande diversidade de comunidades pesqueiras distribuídas nos 1.100 km de extensão de sua zona costeira. A Baía de Todos os Santos concentra a maioria dessas comunidades, com destaque para aquelas localizadas na Reserva Extrativista Marinha (RESEX-mar) da Baía do Iguape. 
 
Dados estatísticos disponibilizados pelo Ministério do Meio Ambiente relatam que o Brasil chegou a produzir cerca de 3.000 toneladas de siri no ano de 1998, tendo diminuído para 2.274 toneladas em 2010. O estado da Bahia está entre os maiores produtores pesqueiros  nacionais deste crustáceo de siris (em toneladas) do País, mas a dispersão do esforço de pesca e a inexistência de uma rede de coleta de dados de produção pesqueira bem definida impedem a consolidação de estatísticas que permitam estimar com precisão o volume de desembarque desses crustáceos no País. 

De maneira geral, a captura de siris é praticada de forma artesanal por pequenas comunidades pesqueiras distribuídas por todo o litoral, por meio de embarcações não motorizadas e com artes de pesca dos tipos: puçá, armadilha (manzuá), rede-de-arrasto e rede-de-espera.  

Em trabalho anterior  realizado nas comunidades de Santiago do Iguape e São Francisco do Paraguaçu, município de Cachoeira, os pesquisadores da UFRB, Moacyr Serafim, Sergio Schwarz da Rocha, em parceria com Edson dos Reis Souza verificaram que a frequência nas capturas de siris depende da dinâmica das marés em duplo ciclo (enchente e vazante). Segundo os pescadores entrevistados pelos pesquisadores, a maré e o período lunar influenciam na produtividade, sendo que, nas marés de sizígia (maré grande), são registradas as maiores abundâncias de siris capturados. Desta forma, a pesca de siris é realizada em um período de 15 a 20 dias no mês e os outros dias são destinados à pesca de peixes e camarão. Os pesquisadores concluíram que a pesca do siri é a atividade pesqueira mais relevante nas duas comunidades, representando a principal fonte de recurso financeiro na renda familiar de todos os pescadores entrevistados. 



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