Docentes da UFRB tem projeto sobre biocombustíveis aprovado pelo CNPq

Docentes da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), vinculados ao Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas (CETEC) e ao Centro de Ciência e Tecnologia em Energia e Sustentabilidade (CETENS), tiveram o projeto de pesquisa “Produção de biodiesel, biometano e DME a partir de biomassas da região do semiárido baiano e avaliação de desempenho em motores de ignição por compressão” aprovado no Edital CNPq 18/2022 - Hidrogênio - Combustível do Futuro.

O objetivo do trabalho é a avaliação, produção e análise de desempenho, emissões e caracterização de material particulado em motores de ignição por compressão de biodiesel; biogás e dimetil éter (DME) a partir de biomassas residuais ou nativas, disponíveis na região do semiárido baiano.

A região possui rica e diversificada matriz de espécies nativas de biomassa, com grande potencial para produção de biocombustíveis. Outra fonte de biomassa são os resíduos de frigoríficos da região destinados para biocombustíveis de melhor desenvolvimento tecnológico, que contribuem para a redução da dependência de combustíveis fósseis e das emissões de poluentes, buscando a utilização sustentável de biomassa para a geração de energia.

Participam do projeto a professora Carine Tondo Alves (Engenharia de Energias) e os professores Felipe Andrade Torres (Engenharia Mecânica) e Luciano Hocevar (Engenharia de Energias).

Edital CNPq 18/2022 - Hidrogênio - Combustível do Futuro

O edital do CNPQ apoia projetos de pesquisa que visam contribuir significativamente para o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação do País, de pesquisadores ligados à Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs), isoladamente ou em parceria com empresas.

Com objetivo de solucionar gargalos e consolidar a base tecnológica das cadeias de valor de combustíveis sustentáveis de baixa intensidade de carbono para o setor de transporte, obtidos a partir de matérias-primas sustentáveis ou de resíduos/rejeitos que possam propiciar a redução das emissões de poluentes e de gases do efeito estufa e promover a sustentabilidade em toda a cadeia de produção e uso, alinhado ao Programa Combustível do Futuro e a Iniciativa Brasileira do Hidrogênio, bem como as diretrizes estabelecidas para o Programa Nacional do Hidrogênio.

Confira o resultado do edital.

Professor da UFRB tem canção gravada pelo violonista e compositor Guinga

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O professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) Anderson Brasil teve sua canção “Barqueiro Negro”, em parceria com o cineasta Celso Prudentes, gravada por Guinga, um dos principais violonistas e compositores da música popular Brasileira, considerado um dos maiores e mais importantes nomes da música mundial na contemporaneidade. A música, que foi apresentada na 18ª Mostra Internacional do Cinema Negro (Micine) pelo próprio Guinga, matiza uma poesia que transversaliza o atlântico negro, concebendo influências que perpassam Dori Caimmy e Ivan Lins, trazendo ainda uma das cantoras mais importantes do cenário musical atual, a cantora Ilessi.

O professor Anderson Brasil atua no curso de Licenciatura em Música Popular Brasileira, do Centro de Culturas, Linguagens e Tecnologias Aplicadas (CECULT), lecionando as disciplinas Violão, Harmonia e História da Música. Possui pesquisas publicadas acerca de questões emergentes, como a vulnerabilidade social e a violência que está presente em muitas comunidades tradicionais e periféricas em todo o Brasil, buscando em sua tessitura sociomusical o combate à “folclorização” de saberes e crenças das populações tradicionais. Os seus livros, “Batucando aqui, trabalhando ali” e “Música e periferia”, denunciam a violência que alcança os negros brasileiros por meio de concepções literárias visceralmente brasileiras.

Fabrício Dalla Vecchia, coordenador do curso de Licenciatura em MPB pontua a importância desta parceria para a UFRB. “Ao ouvir a obra “Barqueiro Negro” de Anderson Brasil, recentemente gravada por Guinga e Ilessi, a gente pode imaginar a proporção a que o conceito de autenticidade pode chegar. Guinga, é como uma espécie de ontem e hoje ao mesmo tempo da nossa música, uma espécie de estado da arte em pessoa. Grandes nomes não faltam para enumerar as parcerias dele no cancioneiro brasileiro. A envergadura da obra do professor Anderson Brasil motiva e orgulha discentes e comunidade do CECULT/UFRB”.

De maneira poética o professor Anderson descreve que a música é o mar que o conduziu a lugares inimagináveis. “Me transportei enquanto menino preto de um dos bairros periféricos mais violentos da cidade de Salvador na Bahia para fazer um pós-doutorado em outro continente. Foram as mesmas águas que me presentearam com a gravação de uma de minhas canções por um dos maiores gênios da música mundial”.

Cantor, compositor e instrumentista, ele celebra parcerias em algumas de suas obras com baluartes da música brasileira, como Rosa Marya Colin e Lula Barbosa. Suas canções já foram gravadas por cantores como Fabiana Cozza, Tiganá Santana, Aiace Félix e instrumentistas, tais como Fi Maróstica, Rowney Scott, Ivan Sacerdote, entre outros.

Para a estudante de Licenciatura em MPB, Suzi Jardim, visualizar um acadêmico que também trabalhe seu lado artístico é um processo rico. “ É muito importante ver um educador nesse lugar de criador em  parceria com pessoas tão potentes e importantes para a música popular brasileira, ou seja é como se a gente  pudesse ver a teoria e a pratica caminhando juntos”.

Anderson Brasil reitera que essas conquistas são importantes, pois podem reverberar, alcançando os seus alunos, alargando os seus sonhos e os lançando a enfrentar os desafios impostos a jovens negros que sonham em viver por meio da música.

Saiba mais sobre o curso de Licenciatura em Música Popular Brasileira da UFRB em ufrb.edu.br/lmpb.