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Notícias

January 12, 2009 22:00 , by Unknown - | 1 person following this article.
Notícias publicadas no portal oficial da UFRB e clonadas nessa comunidade.

Caderno Sisterhood discute os impactos do genocídio na população negra

March 13, 2019 12:20, by UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - 0no comments yet

O Núcleo de Estudos e Pesquisas em Gênero, Raça e Saúde (NEGRAS), da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), lança o terceiro volume do Caderno Sisterhood, que discute, em suas 197 páginas, a intolerância e o preconceito nas mais diversas esferas da sociedade contra a população negra, manifestada pelo crescente número de mortes e pelo desrespeito aos direitos que proporcionariam melhores condições sociais de vida.

Essa edição traz como temática “O Genocídio negro: impactos na saúde das mulheres, juventude, comunidades tradicionais e comunidade LGBT”. O genocídio é o extermínio deliberado, parcial ou total, de uma comunidade, grupo étnico, racial ou religioso.

Embora considerado um Estado Democrático, as pesquisas apontam que a população negra, no Brasil, tem seus direitos negligenciados na saúde, educação, segurança pública e que isso tem reflexos nas estatísticas de mortes. Não é casualidade que, no país, o número de jovens negros e negras assassinados seja três vezes maior do que o de jovens brancos.

Os artigos publicados tratam de “Mortes praticadas pela Polícia Militar da Bahia: uma revisão de literatura”; “Autoavaliação negativa de saúde em mulheres negras e brancas associada às características sociodemográficas no Brasil”; “Juventude negra no Brasil: para uma desconstrução de um corpo marginal e descartável”; “A questão racial no discurso de guerra às drogas”; “Violência institucional contra a mulher negra em situação de abortamento”; “Feminicídio no Brasil e os impactos do racismo: Uma Revisão da Literatura”; “Mulheres apenadas no conjunto penal feminino: a função ressocializadora na prevenção da reincidência”; “Pertencimento Étnico e a Formação da Identidade do Homem Quilombola: Diante da Paternidade na Comunidade de Barra do Brumado Rio de Contas Bahia”; “Estudo sistemático sobre a prevalência/incidência de doenças hipertensivas específicas da gravidez (DHEG), segundo raça/cor no Brasil (2010-2015)” e “O Genocídio do povo negro no Brasil de Abdias do Nascimento ao Mapa da Violência”. 

A terceira edição do Caderno Sisterhood tem, também, relatos de experiências, poesias e resenhas.
O Caderno Sisterhood, com periodicidade semestral, tem como compromisso incentivar e divulgar artigos científicos, resenhas, relatos de experiências, entrevistas e outras modalidades de produção que tenham como escopo a saúde da população negra e suas interfaces.

NEGRAS

O Núcleo de Estudos e Pesquisas em Gênero, Raça e Saúde (NEGRAS) é um grupo de estudo e pesquisa de natureza interdisciplinar que se propõe a discutir o processo saúde-adoecimento-cuidado, nas perspectivas de gênero e de raça.

O grupo tem por objetivo promover estudos, pesquisas e intervenções que possibilitem a reflexão sobre a situação de saúde de grupamentos e coletividades, considerando as dimensões raciais e de gênero.

No Brasil, o racismo permeia as relações, interfere na mobilidade social e dá suporte à manutenção das desigualdades. A luta da sociedade civil, através de diversas organizações, intituladas como "Movimento Negro" provocou a resposta do governo através de algumas ações como a criação da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR, a promulgação da Lei 10639, que inclui a história e cultura afro-brasileira nos currículos do ensino fundamental e médio, e em 2009, a promulgação da Política Nacional de Saúde da População Negra pelo Ministério da Saúde, com o objetivo de responder às demandas específicas de saúde desse grupo populacional.

Apesar de todos os esforços, o racismo continua sendo uma mazela da sociedade brasileira e o racismo institucional é uma das vertentes mais fortes da ideologia racista, pois está localizado e se manifesta através de ações discriminatórias e na oferta de serviços de má qualidade por parte das instituições governamentais e não governamentais, particularmente, a determinados grupos sociais por conta do seu pertencimento étnico racial, ou por sua orientação religiosa, sexual, de gênero, geração, entre outros.

O grupo entende que para que o Brasil se torne uma nação mais justa e humana, livre de iniquidades e respeitando a diversidade característica de sua formação, se faz necessária uma mudança de comportamento ou de atitude, que é precedida pela mudança de valores e concepções. Neste sentido, não basta a criação de leis e políticas. É preciso garantir que estas se tornem efetivas e sejam incorporadas ao cotidiano da vida social. Para tal, o debate sobre equidade em saúde, nas perspectivas racial e de gênero deve estar presente em todos os níveis da sociedade.

A universidade, nesse contexto, possui uma grande responsabilidade, na medida em que é formadora não só de profissionais, mas de cidadãos com o compromisso de melhoria das condições sociais de vida. Portanto, a formação de um grupo de estudo e pesquisa sobre saúde, na perspectiva racial e de gênero é um ponto de partida para a assunção deste compromisso.

A publicação está disponível em: https://www2.ufrb.edu.br/cadernosisterhood/edicao-atual

www2.ufrb.edu.br/negrasccs

E-mail: [email protected]



EDUFRB publica livro Ser Baiano na Medida do Recôncavo, do professor Diniz

March 12, 2019 18:50, by UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - 0no comments yet

O que é ser baiano? E baiano na medida do Recôncavo? 

Para responder a esse processo de formação de identidade, o jornalista, professor e pesquisador José Péricles Diniz, estudou o jornalismo regional, especificamente a localidade de Cachoeira, por seu pioneirismo e intensa produção jornalística, sobretudo a partir do Século XIX e até a primeira metade do Século XX, atrás de respostas.

Desse estudo, nasceu a tese de seu doutoramento em Cultura e Sociedade, na Universidade Federal da Bahia (UFBA) e o livro físico e digital Ser baiano na medida do recôncavo, publicado e reproduzido pela Editora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (EDUFRB). O livro físico custa R$ 30,00 (trinta reais) e está disponível na sede da EDUFRB, em espaço localizado na Biblioteca Central, Campus Cruz das Almas.

Diniz também é autor do livro O Jornal na Escola, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB). O livro é parte integrante e importante de sua dissertação de mestrado em Educação, pela UFBA.

Para este Ser baiano na medida do recôncavo, contendo 252 páginas, Diniz iniciou o levantamento de informações pelo ano de 1823 – quando surgiu o primeiro jornal impresso em uma localidade do interior da Bahia, O Independente Constitucional, da cidade de Cachoeira – até pelo menos o encerramento do ciclo da cana-de-açúcar, entre o final do Século XIX e a primeira metade do século passado. Estudou as páginas de 28 periódicos de diferentes matrizes ideológicas.

O objetivo foi levantar, na trajetória destes periódicos, as principais influências à construção simbólica que permeia aquilo que está escrito, inspirando e orientando a formação da identidade baiana e, principalmente, do Recôncavo.

Diniz reconhece que “para analisar a produção discursiva da imprensa não se deve, portanto, deixar de considerar a sua condição institucional de poder, o seu lugar de fala”.

Com o recorte espacial dos periódicos cachoeiranos, no período de 1832 até 1946, Diniz buscou identificar e levantar na trajetória dos veículos da imprensa periódica regional as influências mais significativas na formação da identidade sociocultural do Recôncavo da Bahia, buscando estabelecer como foi articulado historicamente o discurso predominante, em suas dimensões política e ideológica, bem como demonstrar como essa imprensa efetivamente participa desse processo de produção de representações e de sentidos.

“Nos periódicos impressos é possível encontrar os temas e problemas mais caros e urgentes para dado período histórico”, destaca Diniz, que exerceu as funções de revisor (1985), repórter (1985 a 1991), chefe da Sucursal Recôncavo (1991 a 2003), chefe da Sucursal Metropolitana (2003 a 2004), editor e repórter especial (2004 a 2005) do jornal A Tarde.

Ao selecionar e classificar para análise uma mostra significativa daquilo que foi veiculado na imprensa em relação à criação, legitimação e reforço de representações sociais, atribuição de valores ou cristalização de estereótipos, é possível compreender como foram configurados e articulados ideologicamente os discursos destinados à formação da identidade regional.

Diniz aponta que a própria imprensa é de importância sociocultural inquestionável para o desenvolvimento daquilo que o organismo midiático nacional convencionou chamar de baianidade, bem como seus arquétipos tão difundidos pelo turismo e através de produtos como a música, a literatura, o humor e até mesmo a chamada crítica social veiculada através dos artigos e editoriais desta mesma imprensa.

Para ele, é preciso propor e defender a tese de que o discurso jornalístico é, efetivamente, um instrumento tão eficaz e influente quanto às tradições, as práticas culturais e formais de ensino na formação de valores e no estabelecimento de noções como cidadania, urbanidade, progresso ou nacionalismo.

Traços culturais

Estudando o período histórico destacado, o autor, diz que “aqui, as palavras-chave para decifrar as motivações que alimentam tão efusivas mágoas contra o próprio local de nascimento estão enumeradas entre aquilo que a Bahia não pouparia ou respeitaria, principalmente nome, posição e reputação”.

Afinal, quem os tem são aqueles detentores de algo sobre o qual possa cair a inveja e a intriga dos tais guerrilheiros, aqueles covardes que maldizem, especulam e dilaceram justamente por não terem família (no sentido de berço, de procedência, herança), não terem poder (cargo público, ascensão, hierarquia) e não terem o respeito (celebridade, glória, honra) dos seus pares.

Por fim, cabe a consideração de que tal herança – de que as coisas na Bahia são diferentes, em geral piores, embora também melhores que a dos outros, quando conveniente – permanece arraigada, legitimada e reproduzida insistentemente pela estrutura midiática até hoje.

Tal qual as queixas de lideranças empresariais, políticas, intelectuais e artísticas contra uma certa ingratidão da Bahia para com os seus expoentes. Além desta tendência em ser ingrata para com os seus filhos ilustres, a ótica de grande parte dos redatores cachoeiranos do Século XIX também acusa a Bahia de padecer de determinados problemas relacionados às vocações e aptidões naturais do seu povo.

O livro demonstra claramente como foram construídas, “através das páginas dos mais importantes periódicos cachoeiranos de um período bastante extenso que vai do ano de 1832 até 1946, arquétipos e estereótipos como do povo festivo, porém preguiçoso e carente de um líder, fruto de uma mestiçagem que inclui ainda a morena sedutora e o mulato pachola’.

Todos enredados em um rol de referências, estigmas e preconceitos que mais tarde seriam fartamente utilizados tanto pelas narrativas literárias e musicais – como os romances de Jorge Amado e os sucessos radiofônicos de Dorival Caymmi – quanto pelos personagens de humor, do cinema e da televisão, com a intenção de vender produtos, apelos turísticos ou mesmo manipulações de cunho político-populistas os mais diversos.

Como estas conclusões evidenciam, todos eles estão lá, o mulato pachola, a morena sedutora e o preto preguiçoso, estereotipados nas páginas da imprensa regional cachoeirana.

Para a identidade baiana, esses periódicos ajudaram a “demarcar e afirmar a medida do baiano enquanto povo indolente e mestiço, musical, hospitaleiro e festivo, embora ingrato e governado por ladrões” e relegando, ainda, a explorar um eventual potencial turístico ou em promover ou valorizar a identidade cultural ou o patrimônio musical, culinário, artístico nas páginas dos jornais daqueles anos.

“De fato, produzidas pelos redatores de jornais cachoeiranos desde as primeiras décadas do Século XIX, são recorrentes e eloquentes ideias de Bahia e de ser baiano. Ou seja, noções construídas e legitimadas de como deve ser e se comportar os indivíduos do Recôncavo, como sementes daquilo que mais tarde seria definido como baianidade”, define o autor.

Periódicos pesquisados

O autor selecionou os jornais de maior destaque, a partir de parâmetros como a periodicidade, formato e tiragem até a sua longevidade, o tempo em que esteve em circulação, abrangência, influência política ou algum detalhe curioso ou peculiar em sua trajetória.

O levantamento de tais características, complementado e enriquecido com testemunhos e relatos de época, certamente forneceu pistas seguras para balizar a efetiva abrangência e poder político de cada publicação. Desse recorte foram pesquisados O Recopilador Cachoeirense (1832), O Constitucional Cachoeirano (1837), O Paraguassu (1847), O Povo Cachoeirano (1849), O Argos Cachoeirano (1850), A Voz da Mocidade (1850), O Almotacé (1850), O Vinte e Cinco de Junho (1853), Jornal da Cachoeira (1855), O Progresso (1860), O Americano (1867), A Formiga (1869), A Grinalda (1869), A Ordem (1870), Sentinella da Liberdade (1870), Echo Popular (1874), A Verdade (1876), O Guarany (1877), O Futuro (1878), O Santelmo (1880), Diário da Cachoeira (1880), Echo do Povo (1881), A Imprensa (1884), O Brazil (1886), O Tempo (1887), O Republicano (1890), A Cachoeira (1896) e Pequeno Jornal (1912).

Leia essa e outras publicações em https://www1.ufrb.edu.br/editora/titulos-publicados.

 



EDUFRB publica livro Ser Baiano na Medida do Recôncavo, de autoria do professor Diniz

March 12, 2019 18:50, by UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - 0no comments yet

O que é ser baiano? E baiano na medida do Recôncavo? 

Para responder a esse processo de formação de identidade, o jornalista, professor e pesquisador José Péricles Diniz, estudou o jornalismo regional, especificamente a localidade de Cachoeira, por seu pioneirismo e intensa produção jornalística, sobretudo a partir do Século XIX e até a primeira metade do Século XX, atrás de respostas.

Desse estudo, nasceu a tese de seu doutoramento em Cultura e Sociedade, na Universidade Federal da Bahia (UFBA) e o livro físico e digital Ser baiano na medida do recôncavo, publicado e reproduzido pela Editora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (EDUFRB). O livro físico custa R$ 30,00 (trinta reais) e está disponível na sede da EDUFRB, em espaço localizado na Biblioteca Central, Campus Cruz das Almas.

Diniz também é autor do livro O Jornal na Escola, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB). O livro é parte integrante e importante de sua dissertação de mestrado em Educação, pela UFBA.

Para este Ser baiano na medida do recôncavo, contendo 252 páginas, Diniz iniciou o levantamento de informações pelo ano de 1823 – quando surgiu o primeiro jornal impresso em uma localidade do interior da Bahia, O Independente Constitucional, da cidade de Cachoeira – até pelo menos o encerramento do ciclo da cana-de-açúcar, entre o final do Século XIX e a primeira metade do século passado. Estudou as páginas de 28 periódicos de diferentes matrizes ideológicas.

O objetivo foi levantar, na trajetória destes periódicos, as principais influências à construção simbólica que permeia aquilo que está escrito, inspirando e orientando a formação da identidade baiana e, principalmente, do Recôncavo.

Diniz reconhece que “para analisar a produção discursiva da imprensa não se deve, portanto, deixar de considerar a sua condição institucional de poder, o seu lugar de fala”.

Com o recorte espacial dos periódicos cachoeiranos, no período de 1832 até 1946, Diniz buscou identificar e levantar na trajetória dos veículos da imprensa periódica regional as influências mais significativas na formação da identidade sociocultural do Recôncavo da Bahia, buscando estabelecer como foi articulado historicamente o discurso predominante, em suas dimensões política e ideológica, bem como demonstrar como essa imprensa efetivamente participa desse processo de produção de representações e de sentidos.

“Nos periódicos impressos é possível encontrar os temas e problemas mais caros e urgentes para dado período histórico”, destaca Diniz, que exerceu as funções de revisor (1985), repórter (1985 a 1991), chefe da Sucursal Recôncavo (1991 a 2003), chefe da Sucursal Metropolitana (2003 a 2004), editor e repórter especial (2004 a 2005) do jornal A Tarde.

Ao selecionar e classificar para análise uma mostra significativa daquilo que foi veiculado na imprensa em relação à criação, legitimação e reforço de representações sociais, atribuição de valores ou cristalização de estereótipos, é possível compreender como foram configurados e articulados ideologicamente os discursos destinados à formação da identidade regional.

Diniz aponta que a própria imprensa é de importância sociocultural inquestionável para o desenvolvimento daquilo que o organismo midiático nacional convencionou chamar de baianidade, bem como seus arquétipos tão difundidos pelo turismo e através de produtos como a música, a literatura, o humor e até mesmo a chamada crítica social veiculada através dos artigos e editoriais desta mesma imprensa.

Para ele, é preciso propor e defender a tese de que o discurso jornalístico é, efetivamente, um instrumento tão eficaz e influente quanto às tradições, as práticas culturais e formais de ensino na formação de valores e no estabelecimento de noções como cidadania, urbanidade, progresso ou nacionalismo.

Traços culturais

Estudando o período histórico destacado, o autor, diz que “aqui, as palavras-chave para decifrar as motivações que alimentam tão efusivas mágoas contra o próprio local de nascimento estão enumeradas entre aquilo que a Bahia não pouparia ou respeitaria, principalmente nome, posição e reputação”.

Afinal, quem os tem são aqueles detentores de algo sobre o qual possa cair a inveja e a intriga dos tais guerrilheiros, aqueles covardes que maldizem, especulam e dilaceram justamente por não terem família (no sentido de berço, de procedência, herança), não terem poder (cargo público, ascensão, hierarquia) e não terem o respeito (celebridade, glória, honra) dos seus pares.

Por fim, cabe a consideração de que tal herança – de que as coisas na Bahia são diferentes, em geral piores, embora também melhores que a dos outros, quando conveniente – permanece arraigada, legitimada e reproduzida insistentemente pela estrutura midiática até hoje.

Tal qual as queixas de lideranças empresariais, políticas, intelectuais e artísticas contra uma certa ingratidão da Bahia para com os seus expoentes. Além desta tendência em ser ingrata para com os seus filhos ilustres, a ótica de grande parte dos redatores cachoeiranos do Século XIX também acusa a Bahia de padecer de determinados problemas relacionados às vocações e aptidões naturais do seu povo.

O livro demonstra claramente como foram construídas, “através das páginas dos mais importantes periódicos cachoeiranos de um período bastante extenso que vai do ano de 1832 até 1946, arquétipos e estereótipos como do povo festivo, porém preguiçoso e carente de um líder, fruto de uma mestiçagem que inclui ainda a morena sedutora e o mulato pachola’.

Todos enredados em um rol de referências, estigmas e preconceitos que mais tarde seriam fartamente utilizados tanto pelas narrativas literárias e musicais – como os romances de Jorge Amado e os sucessos radiofônicos de Dorival Caymmi – quanto pelos personagens de humor, do cinema e da televisão, com a intenção de vender produtos, apelos turísticos ou mesmo manipulações de cunho político-populistas os mais diversos.

Como estas conclusões evidenciam, todos eles estão lá, o mulato pachola, a morena sedutora e o preto preguiçoso, estereotipados nas páginas da imprensa regional cachoeirana.

Para a identidade baiana, esses periódicos ajudaram a “demarcar e afirmar a medida do baiano enquanto povo indolente e mestiço, musical, hospitaleiro e festivo, embora ingrato e governado por ladrões” e relegando, ainda, a explorar um eventual potencial turístico ou em promover ou valorizar a identidade cultural ou o patrimônio musical, culinário, artístico nas páginas dos jornais daqueles anos.

“De fato, produzidas pelos redatores de jornais cachoeiranos desde as primeiras décadas do Século XIX, são recorrentes e eloquentes ideias de Bahia e de ser baiano. Ou seja, noções construídas e legitimadas de como deve ser e se comportar os indivíduos do Recôncavo, como sementes daquilo que mais tarde seria definido como baianidade”, define o autor.

Periódicos pesquisados

O autor selecionou os jornais de maior destaque, a partir de parâmetros como a periodicidade, formato e tiragem até a sua longevidade, o tempo em que esteve em circulação, abrangência, influência política ou algum detalhe curioso ou peculiar em sua trajetória.

O levantamento de tais características, complementado e enriquecido com testemunhos e relatos de época, certamente forneceu pistas seguras para balizar a efetiva abrangência e poder político de cada publicação. Desse recorte foram pesquisados O Recopilador Cachoeirense (1832), O Constitucional Cachoeirano (1837), O Paraguassu (1847), O Povo Cachoeirano (1849), O Argos Cachoeirano (1850), A Voz da Mocidade (1850), O Almotacé (1850), O Vinte e Cinco de Junho (1853), Jornal da Cachoeira (1855), O Progresso (1860), O Americano (1867), A Formiga (1869), A Grinalda (1869), A Ordem (1870), Sentinella da Liberdade (1870), Echo Popular (1874), A Verdade (1876), O Guarany (1877), O Futuro (1878), O Santelmo (1880), Diário da Cachoeira (1880), Echo do Povo (1881), A Imprensa (1884), O Brazil (1886), O Tempo (1887), O Republicano (1890), A Cachoeira (1896) e Pequeno Jornal (1912).

Leia essa e outras publicações em https://www1.ufrb.edu.br/editora/titulos-publicados.

 



Estão abertas as inscrições da 14ª edição do Prêmio Para Mulheres na Ciência

March 12, 2019 18:34, by UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - 0no comments yet

Estão abertas as inscrições para a 14ª edição do prêmio Para Mulheres na Ciência. Realizado desde 2006, o prêmio tem como objetivo promover e reconhecer a participação da mulher na ciência, favorecendo o equilíbrio dos gêneros no cenário brasileiro. Todo ano, sete jovens pesquisadoras das áreas de Ciências da Vida, Ciências Físicas, Ciências Químicas e Matemática são contempladas com uma bolsa-auxílio de R$ 50 mil cada para dar prosseguimento aos seus estudos.

As inscrições vão até o dia 30 de abril e as vencedoras serão conhecidas a partir de agosto. Para participar, é necessário que a candidata tenha concluído o doutorado a partir de 2012, tenha residência estável no Brasil, desenvolva projetos de pesquisa em instituições nacionais, entre outros requisitos. O regulamento completo está disponível no site www.paramulheresnaciencia.com.br.

Ao longo destes 14 anos, o prêmio Para Mulheres na Ciência, realizado pela L´Oréal, em parceria com a UNESCO no Brasil e a Academia Brasileira de Ciências, já reconheceu e incentivou cerca de 90 cientistas brasileiras, premiando a relevância dos seus trabalhos, com a distribuição de aproximadamente R$ 4 milhões em bolsas-auxílio.



UFRB abre seleção de tutor para curso de Tecnologias e Educação Aberta e Digital

March 12, 2019 13:13, by UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - 0no comments yet

A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), por meio de sua Superintendência de Educação Aberta e a Distância (SEAD), divulga o processo de seleção de tutor para o Curso de Especialização em Tecnologias e Educação Aberta e Digital, ofertado na modalidade à distância pelo Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas (CETEC).

As inscrições estarão abertas no período de 14 a 21 de março por meio de formulário no site da SEAD, no qual os candidatos devem anexar os documentos solicitados no formato PDF. Não será cobrada taxa de inscrição. Podem concorrer à vaga portadores de diploma de curso de graduação em qualquer área com pós-graduação Lato ou Stricto Sensu na área de Tecnologia Educacional ou Educação a Distância. É exigida também experiência profissional mínima de um ano no magistério de ensino básico ou superior.

A vaga é para atuar nos seguintes componentes curriculares: Sociedade e Culturas Digitais, Jogos Digitais e Gamificação na Educação, Tópicos Especiais em Educação Digital. O candidato deve possuir habilidade e facilidade de acesso ao uso de  computadores/recursos de conectividade à internet e ter disponibilidade de horário para trabalho com 20 horas semanais para desenvolver atividades de tutoria, para participar das reuniões presenciais e a distância e para viajar aos encontros presenciais que poderão ocorrer nos Polos de EAD.

Todos os candidatos inscritos deverão participar do Programa de Habilitação em Tutoria no período de 14 a 29 de março. A participação nos cursos do programa é obrigatória, tendo em vista que o candidato em qualquer tempo que for convocado para atuar como tutor da UFRB deverá obrigatoriamente apresentar os certificados de conclusão dos cursos.

O processo seletivo será realizado em três fases. A primeira será a análise da inscrição online e dos documentos enviados, de caráter eliminatório; a segunda será a análise da pontuação do Barema, na qual se verificará a veracidade do que o candidato pontuou na inscrição online com o descrito no seu currículo Lattes, de caráter eliminatório e classificatório; e a terceira será o resultado final. Serão classificados os candidatos que obtiverem pontuação igual ou superior os 50 pontos.

A lista com o nome do candidato aprovado e seus suplentes será divulgada no site da SEAD, no dia 02 de abril. O candidato convocado deverá apresentar os documentos exigidos no edital, pessoalmente, no dia 03 de abril, na sede da SEAD, localizada no campus Cruz das Almas.

A seleção não gera vínculo empregatício com a UFRB, sendo de caráter temporário. O tutor convocado e em exercício fará jus a uma bolsa mensal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), atualmente no valor de R$ 765,00, pelo período de atuação definido pela coordenação do curso.

Confira o Edital SEAD Nº 04/2019 - Seleção de Tutor.

Mais informações: www.ufrb.edu.br/sead.



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