O “I Workshop de Pós-Graduação em Ciências Agrárias: desafios e oportunidades” foi realizado na última sexta-feira, 02 de setembro, com abertura no auditório da Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação (PPGCI), campus Cruz das Almas. O coordenador da área de Ciências Agrárias da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Luiz Carlos Federizzi, foi o palestrante do evento.

“As ciências agrárias têm uma contribuição muito grande para o país. É a única que nasceu no interior e que está espalhada no interior de todos os estados. Trabalha-se muito para resolver problemas locais. O que as pessoas comem - alface, feijão etc - é tecnologia nossa, feita aqui no Brasil. Então, a área tem uma importância muito grande para resolver e criar tecnologia locais, além de proporcionar superávit na balança comercial em média de 80 bilhões de dólares”, declara Federizzi, que também é professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS). Ele explica ainda que a área de ciências agrárias é responsável pela diminuição do valor da cesta básica em cerca de 50% se comparado aos anos de 1970.

Para o coordenador de Ensino de Pós-Graduação da UFRB, Alexandre Almassy, o evento contou com o protagonismo dos programas de pós-graduação na área de ciências agrárias, com destaque para o programa de Microbiologia Agrícola e seu coordenador Phellippe Marbach, responsável pela organização do Workshop. “A ideia foi totalmente acolhida na PPGCI, com incentivo da pró-reitora Rosineide Mubarack, porque compreendemos a necessidade de termos informações atualizadas e orientações importantes sobre elementos que são basilares no sentido de aprimoramento das ações que a UFRB pode realizar no âmbito do ensino de pós-graduação, visando fortalecer os programas e a própria pós-graduação em si”, aponta Almassy.

Sobre os desafios relacionados aos programas de pós-graduação da área de ciências agrárias, o coordenador da Capes, Luiz Carlos Federizzi, destaca os que estão relacionados ao financiamento de pesquisas: “no mundo inteiro há dificuldades, mas alguns países investem mais, cerca de 5 a 6 % do Produto Interno Bruto (PIB). O Brasil investe próximo a 1%. Somos grandes e investimos pouco nas ciências em geral. Nosso desafio é transformar a ciência em mecanismos para resolver problemas locais. Nós avançamos muito nessa área, mas não sei se na próxima revolução tecnológica conseguiremos progredir, se não tivermos esse financiamento continuado para a pós-graduação conseguir desenvolver as ciências”.

O Workshop teve como objetivo debater junto à comunidade de pós-graduação da UFRB, em especial da área de ciências agrárias, orientações e informações acerca de ações recomendáveis para o aprimoramento dos programas de pós-graduação na atualidade. “Temos que entender a pós-graduação na sua totalidade”, declara Almassy.

No próximo ano, a Capes irá divulgar o resultado do ciclo de avaliação quadrienal, relacionado a programas de pós-graduação no país, entre eles os programas da UFRB. 

Confira fotos do evento:

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