Entre os dias 15 e 19 de fevereiro, a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) realizou a exposição didática da sua coleção de vertebrados. A mostra aconteceu no saguão da Biblioteca do Campus de Cruz das Almas e apresentou para a comunidade animais taxidermizados e esqueletos da fauna silvestre brasileira, além de promover um ciclo de palestras sobre o tema, com a participação de ONGs como o Projeto Tamar e o Instituto Baleia Jubarte.

A iniciativa foi do projeto “Aprimoramento, manutenção e exposição da coleção zoológica didática de vertebrados da UFRB”, coordenado pelo Laboratório de Ecologia Acústica e Comportamento Animal (LEAC), como parte integrante do Programa Institucional de bolsas de Extensão Universitária (PIBEX). De acordo com o coordenador do projeto, professor Marcos Rossi, foram meses de organização e limpeza de algumas peças e de preparação de novos materiais para deixá-los adequados para a exposição. As carcaças dos animais foram doadas pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) do IBAMA.

A ideia da exposição foi mostrar como a técnica da taxidermia contribui para a elaboração de material de apoio para ensino da Zoologia. “A taxidermia, além de ser uma arte, serve também para o aprendizado e não pode ficar restrita à Universidade”, disse Ana Luiza Conceição, estudante do Bacharelado em Biologia e bolsista do projeto. “Além de trocar informações, os visitantes estão descobrindo os animais que, muitas vezes, estão próximos e eles não conhecem”, complementou a estudante, que trabalhou ao lado do colega George Vita, do curso de Licenciatura em Biologia, na preparação das peças.

Interação com as escolas

Na quarta-feira, dia 17, a exposição recebeu a visita de alunos do 7º ano do Colégio Municipal Jorge Guerra. A vice-diretora Crislane Vieira e a professora Osdi Ribeiro acompanharam as turmas. “É sempre importante essa parceria firmada entre a instituição de ensino superior com a educação básica, principalmente na nossa cidade, uma vez que os alunos não têm muitas oportunidades de contato com exposições, museus, zoológicos”, diz a professora. “Quando a universidade proporciona esses momentos de irmos a campo, a construção do conhecimento se efetiva de forma mais interessante para os alunos”, afirma.

Para a estudante Emanuelle Brito, 12 anos, a sensação foi de curiosidade ao visitar pela primeira vez uma exposição. Ela ainda não se decidiu se quer ser psicóloga ou médica veterinária, mas não teve dúvidas sobre qual o animal mais gostou: “Tartaruga! Como eu tenho uma pequeninha em casa, gosto de ficar observando”. Já para Maiara Santos, de 13 anos, o interesse foi outro: “eu amei as aves, são lindas!”. Sua escolha foi compartilhada com o colega Pablo Souza, também de 13 anos. Ele disse que ficou admirado com as aves, mas ao mesmo tempo com medo de alguns esqueletos. “Parece do tempo das cavernas!”, brincou.

Instalação e novas visitas

A exposição foi dividida pelos cinco grandes grupos de vertebrados: aves, mamíferos, peixes, anfíbios e répteis. A instalação dos cenários e algumas peças da mostra foram doadas pelo artista plástico Eduardo Rodrigo, especialista em modelos de animais silvestres. Ao todo 10 monitores explicavam as características de cada grupo e respondiam as curiosidades dos visitantes.

Os interessados ainda conferir o acervo nos laboratórios da UFRB. Para os grupos que queiram conhecer e visitar qualquer campus da universidade, bastar entrar acessar o site da UFRB e preencher a solicitação de Visita Social. A coordenação do LEAC pretende como continuidade do projeto levar a exposição às escolas.

Confira as fotos:

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