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Encerramento do Fórum 2022 é marcado por leitura de carta de compromissos 

18 de Novembro de 2022, 13:37 , por UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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A última atividade da programação virtual de encerramento do 16º Fórum Pró-Igualdade Racial e Inclusão Social do Recôncavo (Fórum 2002) foi a leitura da Carta de Recomendações denominada “Que compromissos podem ser assumidos pela UFRB para com a Juventude Negra?”. A estudante de Enfermagem Adrielle de Jesus Silva (CCS) leu o documento elaborado por estudantes com uma pauta de reivindicações e defesa da garantia de direitos sociais. O evento de encerramento aconteceu na última sexta-feira, dia 11, e foi transmitido pela TV UFRB. 

Antes, na programação, aconteceu a palestra “O que quer a juventude negra?” com a estudante de História Sued Nunes (CAHL), que rememorou suas trajetórias de vida estudantil e profissional. Sued contou que seu ingresso em um curso superior na UFRB representou o empoderamento feminino em sua família, com o orgulho de sua mãe que “colocou a universidade como um lugar de poder para o povo preto”. “Como é satisfatória para minha geração e para a geração dela, me ver dentro da universidade, também”, afirmou. 

Atriz, compositora e cantora negra. Sued Nunes tem o álbum “Travessia” com grande repercussão nacional, alcançando mais de 1 milhão de visualizações nas plataformas digitais. “Utilizo a música para fazer política, é importante frisar este lugar dentro do universo cultural e estudantil”. 

A estudante Líslia Ludmila, do bacharelado em Ciências Exatas e Tecnológicas (BCET), fez a apresentação poética do dia do encerramento. 

O Fórum teve o tema "Juventude Negra e Democracia: Viver, Esperançar e Transformar" e aconteceu no período de 08 a 11 de novembro, na modalidade híbrida (atividades presenciais e virtuais). O evento celebrou o protagonismo da juventude negra no processo de reconstrução do país, além de enfatizar a importância histórica, política e pedagógica do Dia Nacional da Consciência Negra - 20 de novembro. 

A extensa programação registrou interferências artísticas, apresentações de trabalhos em sessões temáticas, publicações em anais, oficinas e minicursos, lançamento de livros e a entrega do título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) ao educador negro, ativista da luta antirracista, intelectual e pesquisador de estudos negros e afro-brasileiros, Kabengele Munanga, 79 anos, em sessão solene do Conselho Universitário (CONSUNI).    

Avaliações 

A coordenadora-geral do Fórum 20 de Novembro, professora Ionara Magalhães, avaliou que o “Fórum buscou evidenciar o protagonismo da juventude negra na luta pela democracia e reconstrução do país e contou com o envolvimento de todas as Pró-Reitorias, Centros de Ensino; reuniu artistas, ativistas, pesquisadoras/es, lideranças comunitárias, religiosas, colaboradoras/es de todo o Recôncavo, de outros estados e de outros países”. Segundo Ionara, foram vários meses de preparação do evento, que exigiu muita dedicação de todas as Comissões: “Depois de dois anos realizando o evento virtualmente, nos desafiamos a desenvolver um evento híbrido, no qual 80% das atividades foram presenciais a despeito da dificuldade orçamentária que enfrenta a UFRB e todas as universidades públicas do Brasil”, descreveu.  

“Contudo, o saldo é bastante positivo e, sobretudo, político e educacional. O Fórum não é um evento isolado. Ele é pavimentado ao longo do ano mediante o desenvolvimento de projetos, programas, ações que objetivam promover reparação histórica e social e transformar a UFRB numa Universidade efetivamente afirmativa”, explicou a docente. Para ela, a participação foi bastante expressiva e a expectativa é de que toda a Universidade, nas diversas dimensões (ensino, pesquisa e extensão), possa defender, qualificar e implementar mais políticas de ações afirmativas.  

Ionara define o Fórum como “o grande marco referencial político de nossa universidade e deve ser mobilizador, celebrativo e propositivo, de modo a provocar a universidade a olhar para si, refletir sobre sua constituição, cumprir a legislação, avaliar sua missão institucional e os esforços que estão sendo empreendidos, visando sedimentar as ações afirmativas, promover a equidade racial e a inclusão social”. 

O pró-reitor Carlos Alberto Santos de Paulo (PROPAAE) avaliou que estamos em um País em reconstrução e que os jovens têm que fazer parte da grande roda de discussões sobre o presente e o futuro que queremos, por isso surgiu o tema "Juventude Negra e Democracia: Viver, Esperançar e Transformar", que originou as discussões do Fórum 2022. “Era necessária convocar e afirmar a potência da juventude no processo democrático”. “É necessário que se renove as nossas lutas e fileiras para que possamos transformar aquilo que é necessário transformar”, com o trabalho de cada geração no processo de reconstrução democrática, da diversidade social e da universidade pública. 

“Nós, os mais velhos, estamos aqui passando o bastão para os jovens e dizendo que a travessia é longa, mas vamos estar juntos para que possamos avançar na consolidação da democracia, da diversidade e da universidade, que são plurais, e acima de tudo, desafiadoras”, afirmou Carlos Alberto. 

O reitor Fábio Josué disse que “é enorme a alegria de muitos de nós de termos participado, presencialmente, das atividades do Fórum”, depois de dois anos seguidos no formato virtual, em decorrência da pandemia do COVID-19. Fábio Josué destacou a programação presencial realizada nos Centros de Ensino pelos atores envolvidos, mobilizando a comunidade acadêmica e externa. O Magnífico considera o Fórum 2022 um evento que reuniu nossa comunidade acadêmica, pesquisadores e ativistas comprometidos com as transformações sociais, com o combate ao racismo e à construção de uma sociedade mais plural e diversa.  

Segundo o reitor Fábio Josué, o Fórum foi e continua sendo o espaço ideal “para celebrarmos a memória e a luta ancestral do povo negro, debatermos as relações étnico-raciais da sociedade brasileira e da nossa universidade; refletirmos sobre as políticas que estão sendo implantadas no Brasil e no âmbito da UFRB e se constitui um espaço de formação da comunidade acadêmica”. 

“Nessa perspectiva se soma o projeto da UFRB numa região marcada pela presença majoritária da população negra, que se traduz em 82% dos estudantes da UFRB que se autodeclaram negros e pardos, colocando-nos com a universidade mais negra e inclusiva do Brasil e os desafios enormes sobre o orçamento para mantermos e ampliarmos as políticas de assistência estudantil e de inclusão”, disse Fábio Josué. 

Encerramento do Fórum 20 de Novembro: 

{youtube}EcWVJWjVCzE{/youtube}


Fonte: https://www.ufrb.edu.br/portal/noticias/6727-encerramento-do-forum-2022-e-marcado-por-leitura-de-carta-de-compromissos

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