Nota da UFRB sobre os anúncios do Governo Federal referentes ao orçamento para as IFES
6 de Junho de 2025, 11:44 - sem comentários aindaA Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), considerando os recentes anúncios do Governo Federal sobre a recomposição orçamentária das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), manifesta-se publicamente, reconhecendo os avanços apresentados, mas também reiterando as dificuldades enfrentadas pelas universidades federais para a manutenção de suas atividades essenciais.
Embora o anúncio do Ministério da Educação (MEC), em reunião realizada no dia 27 de maio de 2025, tenha indicado medidas de recomposição orçamentária, incluindo a liberação de R$ 400 milhões, a suspensão da restrição de execução orçamentária (antes limitada a 1/18 avos do orçamento) e a regularização de repasses represados, a UFRB destaca que o contexto ainda é de grandes desafios.
O esforço de recomposição orçamentária, embora bem-vindo, ainda não supre integralmente as necessidades de custeio para assegurar o pleno funcionamento das universidades federais, especialmente diante da crescente demanda por serviços públicos de qualidade, do compromisso com a inclusão e da necessidade de manutenção das atividades acadêmicas, culturais e científicas.
A UFRB reafirma seu compromisso com seus territórios, com a qualidade do ensino superior e com a democratização do acesso à educação pública, gratuita e de qualidade. Reitera, também, a necessidade de diálogo permanente com o MEC e com a sociedade civil, a fim de buscar soluções estruturantes e sustentáveis para as universidades brasileiras.
Cruz das Almas, 06 de junho de 2025
Reitoria da UFRB
Egressa da UFRB é eleita para a Academia Propriaense de Letras, Ciências, Artes e Desporto
5 de Junho de 2025, 15:00 - sem comentários aindaA cineasta, roteirista, educadora e pesquisadora Bia Víeirah, egressa do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), foi eleita para ocupar a cadeira nº 27 da Academia Propriaense de Letras, Ciências, Artes e Desporto (APLCAD), em Propriá (SE), sua cidade natal. A cadeira tem como patrono o advogado Josias Nunes e esteve anteriormente ocupada por Valdir Nunes Feitosa, membro fundador da academia.
Aos 33 anos, Bia será a mais jovem integrante da APLCAD e levará ao espaço acadêmico e literário a potência do cinema como linguagem de escrita e reexistência. Sua eleição representa um marco na renovação das instituições culturais locais, incorporando expressões artísticas contemporâneas e saberes oriundos das margens e das tradições afro-brasileiras. A cerimônia de posse será anunciada pela Academia.
“Minha formação na UFRB foi determinante para que eu pudesse entender o cinema como uma forma de escrita do mundo e da memória. Voltar para minha cidade e ser eleita para a Academia Propriaense é uma responsabilidade enorme, mas também uma forma de devolver em palavra e imagem tudo o que aprendi”, afirma Bia.
Formação e trajetória na UFRB
Graduada em Cinema e Audiovisual pela UFRB, Bia desenvolveu um percurso acadêmico-artístico fortemente vinculado à educação popular, à memória e às culturas negras. Ao longo da graduação, integrou projetos de extensão, grupos de pesquisa e coletivos de produção audiovisual, produzindo filmes e ações culturais que dialogam com questões sociais e identitárias.
Seu trabalho de conclusão de curso resultou no curta-metragem Em Busca de Lélia (2017), um tributo poético à intelectual Lélia Gonzalez. O filme foi premiado, exibido em mostras e festivais, e tornou-se referência no campo do cinema negro brasileiro.
A UFRB teve papel central na formação artística e política de Bia, sendo espaço onde ela consolidou sua visão de cinema como ferramenta de escuta, afeto e transformação. Bia é autora de textos publicados nos livros Cinema Negro Baiano (2021) e Histórias Forasteiras II (2022). Mesmo após sua graduação, Bia segue conectada à universidade, participando atualmente do projeto Axé nas Redes, como Diretora Geral das obras que serão resultadas do mesmo pelos alunos.
Atuação artística e cultural
Atualmente, Bia é pós-graduanda em Cinema e Linguagem Audiovisual e sócia-fundadora do Instituto Memorial Lélia Gonzalez (IMLG). Dirigiu e roteirizou os filmes Tinta Preta (2021), Fanfarra Polivalente (2024), Filomena e o Mar e Entre Águas e Telas (em pós-produção). Atuou ainda em produções como Narrativas Negras Não Contadas (Warner Bros/Max, 2024), Na Rédea Curta (2022) e Lápis de Cor (2014).
Bia também atuou em dois filmes dirigidos por Adélia Sampaio — em 2018 e em 2025 — a primeira cineasta negra brasileira a realizar um longa-metragem. Essa parceria reforça seu compromisso com o legado dos cinemas negros no Brasil.
Criadora dos projetos Cinemando no Quilombo e Cinema em Fluxo, voltados à formação audiovisual em comunidades quilombolas e ribeirinhas, Bia foi homenageada com o troféu “Destaque Memória e Resistência” na 9ª edição do Festival Goiamum Audiovisual.
Cinema, oficinas, rodas de conversas e música: confira a programação da 10ª edição do CachoeiraDoc
5 de Junho de 2025, 11:42 - sem comentários aindaFaltam poucos dias para o início da programação oficial do CachoeiraDoc - X Festival de Documentários de Cachoeira. Entre os dias 10 e 15 de junho, a edição - que celebra 10 anos do evento e firma a retomada do festival após um hiato de cinco anos -, vai promover uma imersão nas produções documentais independentes, com mostras gratuitas de filmes com diversos temas e categorias, rodas de conversas, oficinas, performances, shows, entre outras atividades.
A programação será espalhada por importantes espaços históricos e arquitetônicos da Cidade Heroica, como o Cine Theatro Cachoeirano, a UFRB, a Estação Ferroviária e o Largo da Igreja D'Ajuda. Entre os nomes confirmados, está a artista multilinguagens Aline Motta, a documentarista Dácia Ibiapina (apresentando um filme sobre Nêgo Bispo), entre outros cineastas locais e nacionais, além de Dona Dalva, ativista e ícone do Samba de Roda do Recôncavo Baiano, que será uma das homenageadas da edição.
“A programação X CachoeiraDoc retoma os objetivos fundantes das edições anteriores do Festival: o caráter formativo, com a presença massiva de estudantes da UFRB; o documentário como ponto de intersecção entre estética e política, cinema e luta; e a cidade de Cachoeira como ponto de encontro e proposição artística-cultural para o Cinema Brasileiro”, disse Kênia Freitas, que compõe a coordenação geral e direção artística do X CachoeiraDoc.
Mostras Competitivas
Com produções oriundas de comunidades indígenas e quilombolas, coletivos LGBTQIAPN+ e lideranças afro-religiosas, o X CachoeiraDoc, a partir do mote Terra e Território, selecionou 29 documentários para participarem das mostras competitivas de curtas, médias e longas-metragens. Com filmes nacionais, a mostra será apresentada em seis sessões de curtas e sete exibições de longas, com exibição gratuita para o público, no Cine Theatro Cachoeirano. As sessões destacam temas como ancestralidade, crise climática, organização comunitária e a celebração como resistência.
As produções em destaque desta edição são as inéditas União Sete Flexas, de Caio Dornelas (Goiana/PE) e Meu Caminho até a Escola, de Diego Jesus (Rio de Janeiro/RJ). Películas criadas por estudantes e egressos da UFRB também ganharão espaço na programação do X CachoeiraDoc, entre elas Cavaram uma Cova no meu Coração, de Ulisses Arthur; Desconstruindo Lene, de Guilherme Maia; Incêndios, de Luan Santos e Thierri Azevedo e Quilombos, de Riane Nascimento. As sessões serão realizadas com a presença dos representantes dos filmes e debates mediados pela equipe curatorial.
Foram mais de 600 documentários inscritos e o processo de seleção foi realizado através de uma curadoria especializada formada pelos e pelas pesquisadores, professores e profissionais do cinema: Evelyn Sacramento, Ingá Patriota, Jessé Patrício, Juan Rodrigues, Matheus Araújo e wellison silva. A assistência de curadoria foi realizada pelos estudantes de Cinema da UFRB: Brize Dantas, Marta Silva e Zai Moura, fortalecendo o aspecto formativo teórico-prático do CachoeiraDoc. Os três estudantes também realizaram a curadoria da Mostra Especial Terra e Território, focada em produções realizadas no Recôncavo Baiano e uma das cinco mostras paralelas realizadas ao longo do festival.
Júri e Premiações
Os longa-metragens serão avaliados por um Júri Técnico, formado pela pesquisadora e artista Anti Ribeiro, pela cineasta paraibana pioneira Antônia Ágape e pelo realizador e diretor de fotografia Thacle De Souza (egresso da graduação em Cinema e Audiovisual da UFRB). Os estudantes da UFRB de Museologia e Cinema, Adu Santos, Hemilly Araújo e Vinicius Sant’AL, comandam o tradicional Júri Jovem e escolhem o melhor média ou curta-metragem.
Além do troféu, confeccionado pelo artista Rodrigo Santana de Jesus, os filmes recebem o valor de: R$6 mil, para o Melhor Documentário Brasileiro de Longa-Metragem e R$4 mil, para o Melhor Documentário Brasileiro de Curta ou Média-Metragem. Os preferidos do público também serão condecorados com troféus na categoria Júri Popular.
Além dos filmes das mostras competitivas, um dos cinco projetos em fase de finalização selecionados para participar do Lab WIP de Roteiro e Montagem, ministrado por Fábio Rodrigues e Joyce Prado, será contemplado com R$5 mil para auxiliar na finalização.
Mostras Especiais e Ciclo de Performance
Além das mostras competitivas, as Mostras Especiais e o Ciclo de Performances Infinitos Impossíveis apresentam ainda mais filmes, imersão no território e intersecções entre o Cinema e as Artes Visuais e performáticas. Marcando a abertura das exibições dessa edição, a sessão “A Palestina ensina vida, ensina luta”, com curadoria de Carol Almeida, discute o tema do direito à terra e resistência histórica do povo palestino.
O trabalho do premiado artista e professor da UFRB, Ayrson Heráclito, marca o encontro da programação das Mostras Especiais e o Ciclo de Performance InFinitos Impossíveis, que conta com a coordenação do também professor da instituição, Matheus Araújo dos Santos. Através de uma videoinstalação, com os trabalhos Funfun (Ayrson Heráclito, 2012) e Irawo Bori: Oferenda para a Cabeça Cósmica (Ayrson Heráclito e Lula Buarque de Hollanda, 2024), o artista aborda temas como morte, transmutação e ancestralidade.
O Ciclo de Performances também contará com a apresentação de “A água é uma Máquina do Tempo” de Aline Motta, misturando projeção mapeada e leitura performática a artista confronta os legados da arquitetura colonial da cidade histórica. Fechando o ciclo, a presença internacional da documentarista e artista Portia Cobb - em uma performance mediada pelo grupo de pesquisa da UFBA, Balaio Fantasma.
Encerrando a programação das Mostras Especiais, as crianças ganham a sessão “Imagens Brincantes”, com curadoria de Ana Bárbara Ramos, que traz uma seleção de obras que exploram temas lúdicos e educativos. E a Mostra “A dança das imagens e da memória no cinema dos quilombos”, com curadoria de Alessandra Britto, traz filmes que contam o percurso histórico e sociocultural de comunidades quilombolas do Brasil, como o quilombo de Santiago do Iguape, em Cachoeira.
Homenagens e Rodas de Conversas
Para o circuito de Rodas de Conversas, o X CachoeiraDoc conta com pesquisadores, professores,artistas e lideranças negras e indígenas. A abertura oficial do evento já se dará em roda, com destaque para a homenageada dessa edição, Dalva Damiana de Freitas, conhecida como Dona Dalva, uma das maiores expoentes do samba e da cultura popular do Recôncavo Baiano. A sambadeira de 97 anos, que recebeu o primeiro título de Doutora Honoris Causa da UFRB, vai ser o centro de um apresentação musical e aula sobre a sua trajetória no ativismo negro, cultural e religioso. A matriarca receberá ainda uma honraria do Festival pela sua vasta contribuição para a difusão e valorização das tradições e riquezas culturais do território.
Outros nomes, como a líder Indígena do Povo Tupinambá de Olivença, Nádia Tupinambá e Ananias Viana, do quilombo Kaonge, ministrarão a roda com o tema “Reflorestar o cinema: comunidade, vivência e partilha”. Cineastas, artistas e pesquisadores como Anti Ribeiro, Antônia Ágape, Thacle de Souza, Danrlei De Oliveira Moreira, Everlane Moraes, Jamile Cazumbá, Anastácia Flora, Ana Carvalho e Fábio Rodrigues também participam de rodas de conversas que debatem ética, política, performance e arquivo em suas intersecções com o cinema, e em especial o documentário.
Sessão de Encerramento
Antes de serem anunciados os vencedores das premiações, a Sessão de Encerramento apresenta cinco filmes que retomam temas e estéticas debatidas durante a programação. Inédita em Cachoeira, a obra As Cegas (1982), de Antônia Ágape, vai ser exibida no X CachoeiraDoc. O filme da primeira cineasta negra da Paraíba ficou engavetado por mais de quatro décadas.
Outro título para essa sessão é Exculturas, dirigido por Emerson Santos, cineasta baiano que faleceu em 2014 e que receberá homenagem póstuma nesta edição do evento. Emerson foi estudante do curso de Cinema e Audiovisual da UFRB, lembrado pela comunidade acadêmica como um talento e foi reconhecido e premiado por seus trabalhos na área. Outros filmes que serão exibidos na sessão de encerramento são: Ternura, de Portia Cobb (EUA), Retomada, de Riane Nascimento e Heróica Dreams, de Marvin Pereira.
Uma apresentação musical de Beatriz Sena & a Cadência Afrolatina, projeto instrumental que explora ritmos afro-brasileiros e latinos, como rumba, salsa e bolero, marca o fim das mostras competitivas do X CachoeiraDoc.
O X CachoeiraDoc é uma realização da Ayabá Produtora Criativa e Audiovisual, em co-realização com o selo Pequenas Embarcações, com patrocínio master do Instituto Cultural Vale, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O festival é um programa de extensão vinculado ao Curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). O projeto foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar no 195, de 8 de julho de 2022.
Programação
10/06 a 17/06
Terça feira (10/06)
9h - Oficina Navegações Estéticas! - Everlane Moraes
15h - Mostra Especial “A Palestina ensina vida, ensina luta” - curadoria Carol Almeida
Local: Cine Theatro Cachoeirano
18h - Ciclo de Performance INFINITOS IMPOSSÍVEIS - A Água é uma Máquina do Tempo - Aline Motta
Local: Rua 13 de Maio, s/n
19h30 - Roda de Samba e Conversa com Dona Dalva Sambadeiras e Sambadeires / Projeção Iago Cordeiro
Local: Largo D’Ajuda
Quarta (11/06)
9h - Oficina Navegações Estéticas! - Everlane Moraes
10h - Roda de Conversa “Reflorestar o cinema: comunidade, vivência e partilha”, com Nádia Tupinambá, Ananias (Kaonge), mediação de Jucilene Jovelino
Local: Estação Ferroviária de Cachoeira
14h - Mostra Competitiva Curtas e Médias 1
Local: Cine Theatro Cachoeirano
Somos Herança da Memória (74 min). Seguida de debate com representantes dos filmes
Confluências, de Dacia Ibiapina (São João do Piauí/PI, 26 min, 2024)
Uma Irmã Mais Velha, de Drica Mendes (Recife/PE, 25 min, 2024)
Wamã Mēkarõ Opojdjwyj, de Bemok Txucarramãe (Colider/MT, 6 min, 2024)
Dois Nilos, de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro (Rio de Janeiro/RJ, 18 min, 2024)
16h30 - Mostra Competitiva Longas Sessão 1
Local: Cine Theatro Cachoeirano
Vasta Natureza de Minha Mãe, de Aristótelis Tothi e Inez dos Santos (Aparecida de Goiânia/GO, 80 min, 2025)
18h - Mostra Competitiva Longas Sessão 2 - Seguida de debate com representantes dos filmes das Sessões 1 e 2 de longas
Local: Cine Theatro Cachoeirano
Antes do Último voo, de Natália Keiko (São Paulo/SP, 70 min, 2025)
20h - Mostra especial / Ciclo de Performance INFINITOS IMPOSSÍVEIS: “Mostra Ayrson Heráclito” + conversa com o artista.
Funfun (Ayrson Heráclito, 2012)
Irawo Bori: oferenda para a cabeça cósmica (Ayrson Heráclito e Lula Buarque de Hollanda, 2024)
Local: Galeria do CAHL - UFRB (Exposição aberta até 14/06)
Quinta (12/06)
9h - Ciclo de Performance INFINITOS IMPOSSÍVEIS , Performing Grace [Performando Graça] com Portia Cobb (+ conversa mediada pelo Balaio Fantasma)
Local: Estação Ferroviária de Cachoeira
11h - Roda de Conversa “Ética e Política das Imagens”, com Anti RIbeiro e Antônia Ágape e mediação de Thacle de Souza
Local: Estação Ferroviária de Cachoeira
14h - Mostra Competitiva Curtas e Médias 2
Local: Cine Theatro Cachoeirano
Do que resta na ruína (60 min). Seguida de debate com representantes dos filmes
Cavaram uma cova no meu coração, de Ulisses Arthur (Maceió/AL, 24 min, 2024)
A Nave Que Nunca Pousa, de Ellen Morais (Campina Grande/PB, 15 min, 2025)
Vollúpya, de Éri Sarmet e Jocimar Dias Jr. (Niterói/RJ, 21 min, 2024)
16h - Mostra Competitiva Curtas e Médias 3
Local: Cine Theatro Cachoeirano
A gente se pôs a caminhar (75 min). Seguida de debate com representantes dos filmes
Os Sonhos Guiam, de Natália Tupi (São Paulo/SP, 20 min, 2024)
Mar de Dentro, de Lia Letícia (Recife/PE, 8 min, 2024)
Arte Quilombola, o legado continua, de Claudia Chávez (Salvador/BA, 25 min, 2025)
Mulher Maracatu, de Carlota Pereira e Dani Cano (Jaboatão dos Guararapes/PE, 22 min, 2024)
18h - Mostra Competitiva Longas Sessão 3
Local: Cine Theatro Cachoeirano
Quem é essa mulher?, de Mariana Jaspe (Salvador/BA, 70 min, 2024)
19h30 - Mostra Competitiva Longas Sessão 4 - Seguida de debate com representantes dos filmes das Sessões 3 e 4 de longas
Local: Cine Theatro Cachoeirano
Meu caminho até a escola, de Diego Jesus (Rio de Janeiro/RJ, 91 min, 2025)
Sexta (13/06)
9h - Oficina de Distribuição, com Talita Arruda
10h - Roda de Conversa “Performance, Negritude e Além”, com Danrlei De Oliveira Moreira e Everlane Moraes, com Mediação de Jamile Cazumbá
Local: Estação Ferroviária de Cachoeira
14h - Lab WIP - Joyce Prado e Fábio Rodrigues
Local: Auditório do CAHL/UFRB
14h - Mostra Competitiva Curtas e Médias 4
Local: Cine Theatro Cachoeirano
Amarra teu arado em uma estrela (81 min) Seguida de debate com representantes dos filmes
Nossa Primavera Começa Em Agosto, de Maria Estélia de Araújo, Chica Andrade, Rafael Mellim e Thiago Cervan (Ariquemes/RO, 41 min, 2024)
Mopái Pjuta Ãkakje'y – a roça e os alimentos Myky, de Kamtinuwy Myky, Kojayru Myky, Mãnynu Myky, Njãkyru Myky, Njãwayru Myky, Takarauku Myky, Tipuu Myky
(Aldeia Japuíra - Terra Indígena Menkü/MT, 18 min, 2024)
O Som da Pele, de Marcos Santos (Recife/PE, 22 min, 2024)
16h - Mostra Competitiva
Local: Cine Theatro Cachoeirano
Curtas e Médias 5 - Festejar um hiato de paz na guerra (66 min) Seguida de debate com representantes dos filmes
João de Una tem um Boi, de Pablo Monteiro & Coletivo LAB+ (São Luís/MA, 24 min, 2024)
Pagode do Didi, nosso ponto de encontro, de Maysa Carolino (Recife/PE, 22 min, 2025)
Olha a hora de entrar na roda, de Rodrigo Carvalho (Cachoeira/BA, 20 min, 2024)
18h - Mostra Competitiva Longas Sessão 5
Local: Cine Theatro Cachoeirano
A Mulher Sem Chão, de Auritha Tabajara e Débora McDowell (Belém/PA, 79 min, 2024)
19h30 - Mostra Competitiva Longas Sessão 6 - Seguida de debate com representantes dos filmes das Sessões 5 e 6 de longas
Local: Cine Theatro Cachoeirano
União Sete Flexas, de Caio Dornelas (Goiana/PE, 87 min, 2025)
Sábado (14/06)
9h - Oficina de Distribuição, com Talita Arruda
10h - Roda de Conversa “Rituais dos arquivos: percorrendo acervos e álbuns”, com Anastácia Flora e Ana Carvalho, mediação de Fábio Rodrigues
Local: Estação Ferroviária de Cachoeira
14h - Lab WIP - Joyce Prado e Fábio Rodrigues
Local: Auditório do CAHL/UFRB
14h - Mostra Competitiva Curtas e Médias 6 - Começo, meio, Começo (80 min) Seguida de debate com representantes dos filmes
Local: Cine Theatro Cachoeirano
Desconstruindo Lene, de Guilherme Maia (Santo Amaro/ BA, 15 min, 2024)
Talvez Meu Pai Seja Negro, de Flávia Santana (Salvador/BA, 25 min, 2025)
Pedagogias Da Navalha: Se a palavra é um feitiço, minha língua é uma encruzilhada, de Colle Christine, Tiana Santos, Alma Flora (Rio de Janeiro/RJ, 16 min, 2024)
Incêndios, de Luan Santos e Thierri Azevedo de Ornela (Cachoeira e Salvador/BA, 14 min, 2025)
Quilombos, de Riane Nascimento (Comunidade Quilombola Santiago do Iguape - Cachoeira/BA, 9 min, 2025)
16h30 - Mostra Competitiva Longas Sessão 7 - Seguida de debate com representantes do filme
Local: Cine Theatro Cachoeirano
Yõg Ãtak: Meu pai, Kaiowá, de Sueli Maxakali, Isael Maxakali, Roberto Romero, Luisa Lanna (MG/MS, 93 min, 2024)
19h30 - Sessão de Encerramento (25 min) - Homenagem a Emerson Santos e Premiação das Mostras Competitivas
Local: Cine Theatro Cachoeirano
As cegas, de Antônia Ágape (Paraíba, 10 min, 1982)
Ternura, de Portia Cobb (Tenderness, EUA, 4 min, 2006)
Retomada, de Riane Nascimento (Bahia, 4 min, 2024)
Exculturas, de Emerson Santos (Bahia, 5 min, 2014)
Heróica Dreams, de Marvin Pereira (Bahia, 7 min, 2021)
20h30 - Show de Encerramento com Beatriz Sena e Cadência AfroLatina
Local: Cine Theatro Cachoeirano
Domingo (15/06)
10h - Lab WIP - Joyce Prado e Fábio Rodrigues
Local: Auditório do CAHL/UFRB
16h - Mostra Especial Infantil: “Imagens Brincantes” - curadoria de Ana Bárbara Ramos recebido por Fernanda Nascimento (Gente Miúda)
Local: Cine Theatro Cachoeirano
18h - Premiação Lab WIP
Local: Faceira
19h - Mostra especial “Terra e Território” - curadoria Brize Dantas, Marta Silva e Zai Moura
Local: Faceira
Sons da Superação - A jornada de Dedinho do Pandeiro, de Fábio Dutra (São Félix/BA, 28 min, 2024)
Brotando da Terra, de Zai Moura e Ybypotyrá Juerana Anté Krén (Valença/BA, 10 min, 2024)
Meu amor sempre dará um jeito de chegar até você, de Vitória Luz (Cachoeira/BA, 10 min, 2024)
Erva que Cura, Erva que Benze, de Caroline França (Cachoeira/BA, 9 min, 2023)
Se Essa Rua Fosse Minha, de Sheila M. Santana (Cachoeira/BA, 8 min, 2023)
Terça-Feira 17/06
19h - Mostra Especial “A dança das imagens e da memória no cinema dos quilombos”
Curadoria Alessandra Britto, recebida por Bárbara Manuela (Coletivo de Jovens Quilombolas)
Local: Comunidade Quilombola do Engenho da Praia, Vale do Iguape.
Diretor do CNPq analisa caminhos da ciência no Brasil em palestra realizada na UFRB
4 de Junho de 2025, 14:38 - sem comentários ainda“A multiplicidade de perspectivas e de vivências em torno de um dado objeto de estudo produz um conhecimento mais robusto e de melhor qualidade”, destacou Olival Freire Junior, atual diretor científico do CNPq, na palestra que realizou na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). O diretor foi recebido na última sexta-feira, dia 30 de maio, no auditório da Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação, Criação e Inovação (PPGCI), para uma fala sobre as perspectivas e os desafios da pesquisa no Brasil.
Para Olival Freire, um dos desafios atuais que o país enfrenta é a diáspora científica. “O Brasil acumulou, ao longo das últimas décadas, um número expressivo de brasileiros bem qualificados que estão espalhados pelo mundo e que desejam voltar a atuar no país", disse. Para lidar com a situação, ele apontou ações variadas que estão sendo postas em prática no âmbito do Governo Federal, desde acordos de cooperação até programas para inserção e fixação de pesquisadores no mercado brasileiro.
Como exemplo das iniciativas em andamento consideradas prioritárias pelo Conselho, o diretor destacou o programa Conhecimento Brasil, que trará de volta ao país cientistas brasileiros que atualmente residem em 34 países de todos os continentes. A primeira edição teve seu resultado recém-divulgado pelo CNPq e a expectativa, segundo Freire, é que novas edições sejam lançadas futuramente.
O diretor também falou sobre a nova sistemática de avaliação do pesquisador para a obtenção de bolsa de produtividade em pesquisa e desenvolvimento tecnológico do CNPq. Já a partir deste ano, o processo avaliativo da produção intelectual passou a adotar o critério qualitativo, baseado em fatores e metodologias definidos pela área de avaliação da CAPES, com o objetivo de avançar na análise conceitual, na pertinência e nas contribuições científicas advindas dos estudos. “A publicação não pode ser feita a qualquer custo; é preciso levar em conta o impacto daquilo que vai ser publicado”, ponderou Olival Freire.
Quanto aos programas de desenvolvimento acadêmico voltados a estudantes autodeclarados pretos, pardos, indígenas, quilombolas, população do campo e estudantes com deficiência, a exemplo do Programa Abdias Nascimento, a sua expectativa é que possam ser cada vez mais fortalecidos. “Quando a gente consegue desenhar uma ação que visa um público-alvo específico, é mais eficaz do que manter nos editais uma consideração genérica”, afirmou o diretor.
Avanços na Federal do Recôncavo
Sobre a UFRB, Olival Freire falou com entusiasmo do aumento na qualidade da pesquisa na instituição, tendo em vista a diversificação das suas áreas de investigação. “Isso desenha um projeto de Universidade que tem um componente de pesquisa acentuado”, ressaltou. O mérito desse projeto foi atribuído à ação coletiva: “Esse é o resultado acumulado da atuação das gestões anteriores, da gestão atual e dos servidores que chegam e vestem a camisa da Universidade”.
Atuação política e científica
Bacharel e Licenciado em Física pela UFBA, Olival Freire assumiu a diretoria do CNPq em março de 2023. Mestre em Ensino de Física e Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (USP), o professor pesquisa sobre a história da Física e da constituição do campo científico no Brasil. Fez estágio pós-doutoral em várias universidades como Harvard e MIT. Foi presidente da Sociedade Brasileira da História da Ciência, de 2010 a 2012, e pró-reitor de Pesquisa da UFBA, de 2014 a 2019.
A palestra do professor Olival Freire está disponível na TV UFRB:
UFRB fortalece cooperação acadêmica com França em missão do Programa BRAFAGRI
3 de Junho de 2025, 16:04 - sem comentários aindaComo parte das ações de cooperação acadêmica entre a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e instituições francesas, a Superintendência de Assuntos Internacionais (SUPAI) realizou uma missão de trabalho na França voltada ao fortalecimento do Programa Brasil, França, Agricultura (BRAFAGRI), desenvolvido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) para promover o intercâmbio de estudantes de graduação entre os dois países.
Durante a missão, foram realizadas visitas técnicas a instituições parceiras, além da participação na 10ª edição do Fórum Brasil-França-Agricultura, evento dedicado ao estreitamento das relações acadêmicas entre instituições de ensino superior brasileiras e francesas.
Entre os dias 12 e 21 de maio de 2025, os professores Roberta Bruschi, chefe do Núcleo de Cooperação Internacional da SUPAI, e Mário Sérgio Almeida, docente do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas (CETEC), visitaram as instituições VetAgro Sup, em Clermont-Ferrand, e Bordeaux Sciences Agro (BSA), no município de Bordeaux. De 13 a 16 de maio, participaram do Fórum BRAFAGRI, sediado na VetAgro Sup, em Lyon, que reuniu representantes brasileiros e franceses com o objetivo de consolidar e ampliar as parcerias no setor agrícola e acadêmico.
10º Fórum BRAFAGRI
Reunindo mais de 70 participantes, entre professores, coordenadores, estudantes e representantes institucionais), a programação do Fórum BRAFAGRI contou com conferências plenárias, workshops temáticos e momentos de convívio, promovendo o intercâmbio de boas práticas e parcerias duradouras.
Organizado a cada dois anos, o Fórum conta com o apoio da Diretoria Geral de Ensino e Pesquisa do Ministério da Agricultura e Soberania Alimentar da França e da CAPES.
A representante da UFRB destacou a importância do evento como uma oportunidade para refletir coletivamente sobre perspectivas futuras e dar continuidade à construção compartilhada por meio do Programa.
Sobre o BRAFAGRI
O programa consiste em projetos de parcerias universitárias nas áreas de ciências agronômicas, agroalimentares e veterinária, disciplinas correlatas, exclusivamente em nível de graduação, para fomentar o intercâmbio em ambos os países e estimular a aproximação das estruturas curriculares, inclusive a equivalência e o reconhecimento mútuo de créditos obtidos nas instituições participantes.
Para além da mobilidade estudantil, o BRAFAGRI constitui uma alavanca estruturante para a cooperação acadêmica e científica nas áreas de agricultura, alimentação e ciências da vida. Segundo Bruschi, “é o vetor de uma colaboração duradoura e bem estruturada, baseada em intercâmbios de alunos, de professores-pesquisadores em projetos compartilhados de formação e pesquisa”.
Nova parceria
Além do foco no BRAFAGRI, a missão teve como objetivo a construção de uma nova parceria dentro do Programa Brasil France Ingénieur Technologie (BRAFITEC), também da CAPES, voltado para estudantes das engenharias.
Atualmente, a UFRB possui dois projetos BRAFAGRI/CAPES em funcionamento e um projeto BRAFITEC/CAPES aprovado em 2024. A expectativa da SUPAI é que com a aprovação do segundo projeto BRAFITEC/CAPES, aumento o número de estudantes contemplados com o Programa.
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